Bom dia, Hoje é quarta-feira (15.07). Esse episódio da fala do ministro Gilmar Mende, do Supremo Tribunal Federal (STF) insinuando que a permanência de um general da ativa do Exército -Eduardo Pazuello-, no comando do Ministério da Saúde poderia levar aquela instituição de Estado a ser acusada de genocídio por conta das dezenas de milhares de mortes causadas pelo Covid19 fez o maior banzeiro. E mais uma vez, as energias das instituições estatais brasileiras que deveriam ser dedicadas ao salvamento de muitas pessoas ficam desviadas de foco. A questão não é seguramente sobre o fato do ministro da saúde, utilizar farda, mas sua experiência e habilidades técnicas para comandar as ações, no âmbito federal, para que no prazo mais curto possível, os brasileiros e as brasileiras voltem a ter uma vida normal. Do ponto de vista político, esse banzeiro provocado pela opinião emitida por Gilmar Mendes faz lembrar os anos 70 e 80 do Século passado, durante os vários governos comandados por generais do Exército. Naquele tempo, os analistas políticos e os políticos militantes -a população em sua esmagadora maioria fica alheia a tais discussões-, ficava na expectativa do pronunciamento dos ministros do Exército, da Marinha e da Aeronáutica – naquele tempo não existia o Ministério da Defesa-, para saber o futuro próximo do país. Tais pronunciamentos aconteciam em datas especiais como o 31 de Março, e nas datas comemorativas a cada força, ou em momentos que o Brasil enfrentava algum problema de natureza política ou econômica. A chegada de Jair Bolsonaro (sem partido) ao Palácio do Planalto, e sua declarada predileção por trabalhar com auxiliares recrutados das Forças Armadas, reintroduziu na cena política tupiniquim a fala de comandantes militares. Só este ano, em várias ocasiões esses comandantes emitiram opinião sobre, inclusive, aquela esdrúxula história de atribuir às Forças Armadas o papel de Poder Moderador na República Federativa do Brasil. E até mesmo, alguns militares em função civil se viram com o direito de ameaçar os demais poderes da República, como foi o caso do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o general Augusto Heleno, contra uma decisão de um ministro do STF. Na verdade, o que falta no Brasil é elevar o nível do debate político, dominado por paixões ideológicas e por interesses corporativos muitas das vezes, sem qualquer valor republicano. No caso da permanência de um militar da ativa, com experiência em logística -e este é o caso do general Eduardo Pazuello-, no comando do Ministério da Saúde, a responsabilidade é do próprio Supremo Tribunal Federal quando decidiu tirar do governo central a competência para gerir as ações nacionais contra a pandemia do Covid19, transferindo-a para os governos estaduais e municipais. No fundo, o que restou ao governo federal, especialmente através do Ministério da Saúde, foi o de dar suporte financeiro e material aos estados e aos municípios. Ora, isso é basicamente um trabalho que exige experiência em logística.
TIROTEIO 1 E as redes sociais continuam sendo o principal veículo para a troca de farpas entre os políticos. Primeiro, o ex-senador Romero Jucá (MDB) acusou o presidente da Assembleia Legislativa do Estado (ALE), o deputado estadual Jálser Renier (Solidariedade) de mandar servidores comissionados daquela instituição agredi-lo em suas aparições na internet. Jucá disse que isso não o amedrontava, ao contrário, servia de estímulo. Jálser respondeu na mesma medida acusando Jucá de não representar mais nada na política roraimense. Os dois como se sabe foram aliados na eleição passada pedindo, reciprocamente, votos um para o outro.
TIROTEIO 2 Depois foi a vez da prefeita Teresa Surtia (MDB) e do ex-prefeito Iradilson Sampaio (PSB), que foram aliados por mais de uma década, protagonizarem uma troca de farpas. Teresa sem provar nada, acusou a administração de Iradilson Sampaio de lhe ter entregado uma prefeitura sucateada, uma cidade abandonada e uma dívida de mais de R$ 150 milhões. Iradilson não aceitou as acusações, taxando a atual prefeita de mentirosa, de ter parentes seus envolvidos em processos judiciais por conta de acusações de corrupção.
TIROTEIO 3 Esta semana foi a vez do duelo entre o ex-senador Romero Jucá e o atual senador Mecias de Jesus (Republicanos). Tudo começo quando Jucá anunciou pelas redes sociais que ainda goza de bastante prestígio em Brasília, a ponto de ter conseguido liberar R$ 20 milhões para ajudar a Prefeitura Municipal de Boa Vista a enfrentar a pandemia do Covid19 no município. Mecias não gostou e negou essa propalada influência de Jucá, que ainda remanesce no governo de Jair Bolsonaro. Sem dúvida essa troca de farpas vai se amiudar quando mais próximas estiveram as eleições municipais de novembro próximo.
BOA Enfim, uma boa notícia! A taxa média de óbitos semanais por conta do Covid19 em Roraima foi a que teve a maior queda (cerca de 60%) dentre todos os estados brasileiros, inclusive, o Distrito Federal. Tomara que o estado mantenha essa liderança. É o que todos desejamos.