Bom dia,
Hoje é segunda-feira (27.07). Os brasileiros e as brasileiras começam a semana sem novidades no front do combate à pandemia do Covid19, tendo que reabrir o funcionamento da economia sem qualquer segurança contra a possibilidade de agravamento do quadro de contaminação e mortes; sendo obrigados a enfrentar uma orquestrada e poderosa pressão de grupos nacionais e internacionais pela mudança da política ambiental e indigenistas -as duas políticas se entrecruzam-; além de começar a prestar a atenção no processo eleitoral que se avizinha. São desafios gigantescos que exigirão de todos uma postura que tem de ficar muito longe do simples estado de contemplação. É preciso agir antes das coisas piorarem.
PROVA INCONTESTE
O número de casos e de mortes no Brasil por conta do Covid19 é prova inconteste da falência do Estado brasileiro, em seus três níveis -federal, estadual e municipal-, para lidar com políticas públicas de saúde. Infelizmente, os números indicam que desde o governo central, passando pelos governos estaduais e pelos municipais -que existem aos milhares no país-, não existe um único exemplo de eficácia no combate à pandemia. O número de contaminados e de mortos -aliado à falta de uma ação convincente no enfretamento da pandemia-, são o dado mais concreto da falência desses governos que, literalmente, falharam e deviam ser punidos de alguma forma por conta do fracasso.
QUESTÃO AMBIENTAL
Na questão ambiental e indígena, especialmente sobre a Amazônia, os três níveis de governo também estão falhando. Embora a pressão se concentre especialmente contra o governo federal, estados e municípios também têm responsabilidade, mas governadores e prefeitos parecem fazer questão de agir como se não tivessem nada a ver com isso. Até agora, o governo federal não indicou qualquer rumo na direção que vai seguir quanto a proteção da floresta amazônica e com relação ao tratamento aos direitos da população indígena, e por isso, as pressões internas e externas devem aumentar, o que pode resultar em prejuízos irreparáveis às exportações brasileiras, sendo que a nível regional continuaremos patinando, sem encontrar um caminho que possa respeitar os direitos legítimos da população local, que não é constituída apenas de indígenas.
PINÓQUIOS
Com relação ao pleito municipal que se aproxima, a Rádio Folha FM 100.3 encerrou no último domingo (19.07), um ciclo de entrevistas com pré-candidatos à Prefeitura Municipal de Boa Vista (PMBV). Ontem, domingo (26.07), no mesmo programa Agenda da Semana, da Rádio Folha FM 100.3, o economista e professor da Universidade Federal de Roraima (UFRR), Haroldo Amoras, concedeu uma imperdível entrevista no programa Agenda da Semana, sobre as reais possibilidades orçamentárias/financeiras da PMBV, a partir de 2021, que deverá balizar a capacidade dos candidatos de cumprir suas promessas. E o cenário futuro não recomenda promessas de grandes obras, mesmo que se tenha a expectativa de obtenção de recursos federais. O eleitor/eleitora precisa ficar atento a esse cenário futuro para evitar que as eleições sejam transformadas em um campeonato de pinóquios, no qual saia vencedor aquele, ou aquela, que embale melhor a mentira.
VICE 1
Noutro dia, a Parabólica anunciou uma eventual resistência, no âmbito do Solidariedade, à indicação da ex-secretária municipal Simone Queiroz (PSB) como vice na chapa que será encabeçada pelo deputado federal Otaci Nascimento. Sobre o assunto, dirigentes do PSB de Roraima disseram à Coluna que a sugestão para que o partido indicasse o nome do vice na chapa de Otaci Nascimento foi do deputado estadual Jálser Renier, maior líder regional do Solidariedade, em compromisso firmado com o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira. Também foi informado à Parabólica que o PSB não cogita outro nome, num eventual veto à candidatura de Simone Queiroz. Até porque, outra possibilidade seria a indicação da ex-deputada federal Maria Helena, que descarta de pronto, sua participação como vice de Otaci.
VICE 2
Com o anúncio de quase todos os pré-candidatos -o número já supera uma dezena-, as expectativas agora se concentram na revelação dos nomes dos vices que irão integrar as chapas majoritárias. Nesse sentido, o jogo parece estar na retranca, ninguém está conseguindo avançar nesta direção. De um pré-candidato, a Coluna colhei o seguinte desabafo: “Todos os partidos com os quais estamos conversando e que lançaram nomes, com o adiamento das eleições andam resistindo a compor neste momento. Impressionante”. De fato, quem lançou o nome para negociar está esticando a corda em busca de melhores propostas, que pode ser, inclusive na base de grana. Pura, e simplesmente.
LDO
Apesar do governo estadual já ter enviado a Assembleia Legislativa do Estado (ALE), o Projeto de Lei da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o exercício de 2021, o presidente da instituição Jálser Renier (Solidariedade) ainda não indicou quem vai ser o relator da matéria. E não vai ser fácil convencer os demais poderes e órgãos com autonomia orçamentária/financeira de atender a decisão do governador Antônio Denárium de manter, de novo, o congelamento dos tetos orçamentários pelo terceiro ano consecutivo. Alguns órgãos, como a Defensoria Pública do Estado (DPE), sequer consegue fechar o orçamento do corrente exercício.