Bom dia, Hoje é sexta-feira (11.09). E a semana termina com os brasileiros e as brasileiras assustados com o aumento repentino no preço do arroz, componente básico e indispensável na mesa de todos. Os produtores do grão no Brasil alegam entre outras coisas; a redução na oferta, o aumento dos custos e a disparada do dólar estadunidense, que fez aumentar as exportações do arroz neste primeiro semestre de 2020. E numa economia de mercado é assim; todas as vezes que a demanda aumenta, frente a uma oferta existente -e no caso do Brasil atual isso foi ajudado pela distribuição, pelo governo federal, do auxílio emergencial para combater os efeitos da pandemia do Covid19-, o preço sobe.
Além do susto dos brasileiros e das brasileiras, o aumento substancial no preço do arroz deixou o governo Bolsonaro, outra vez, com a tarefa de enfrentar o dilema de ser ou não ser, liberal, como quer o poderoso ministro da Economia, Paulo Guedes. Alguns integrantes chegaram a admitir a possibilidade da volta do tabelamento de preço -uma prática sabidamente ineficiente-, mas o Ministério da Economia logo desmentiu. Preferiu uma forma menos incisiva de intervenção, optando pela redução dos impostos na importação de arroz até o limite de 400 mil toneladas importadas. Com essa medida, o governo espera regularizar a oferta interna do produto, acalmando o aumento dos preços.
Já os donos de supermercados sugerem como medida de reação do mercado, que os consumidores substituam na mesa nossa de cada dia, o arroz pelo macarrão. Faz sentido, desde que o aumento da demanda do macarrão não eleve também seu preço. De qualquer forma, como predição para os próximos meses, é bem possível que os consumidores diminuam a procura pelo arroz em função da redução do valor do auxílio emergencial do governo federal, que saiu de R$ 600,00/R$ 1.200,00, para as últimas quatro parcelas.
ARROZ Faz tempo que o Brasil não exporta tanto arroz. De janeiro a agosto de 2020, foram vendidos US$ 407,2 milhões em arroz por produtores brasileiros. O dado é do Sistema Comex Stat do Ministério da Economia, e indica alta de 81,4% na comparação com o mesmo período de 2019. Isso significa que foram embarcados 1,15 milhão de toneladas em oito meses deste ano – o equivalente a 230 milhões de sacos de arroz de 5 quilos ou o equivalente de um pacote para cada cidadão brasileiro. Logo…
VICE
A deputada estadual Lenir Rodrigues (Cidadania) poderá ser anunciada, hoje, como pré-candidata a vice na chapa do pré-candidato à Prefeitura Municipal de Boa Vista (PMBV), o deputado federal licenciado Ottaci Nascimento (Solidariedade). Aparentemente o martelo está batido, pelo menos se depender de alguns dos mais influentes correligionários do deputado estadual Jálser Renier (Solidariedade), presidente da Assembleia Legislativa do Estado (ALE).
IMBRÓGLIO
A iminente indicação da deputada estadual Lenir Rodrigues como pré-candidata a vice na chapa encabeçada pelo deputado federal Ottaci Nascimento poderá criar um imbróglio na coligação do PSB com o Solidariedade. Ontem, o ex-prefeito de Boa Vista Iradilson Sampaio, que preside o partido em Roraima, disse que apesar das qualidades pessoais da deputada estadual Lenir Rodrigues, o entendimento entre a direção nacional do Solidariedade e do PSB, é de que os socialistas devem indicar o vice da chapa majoritária da coligação.
SEM COLIGAÇÃO
“Se o PSB não indicar o vice, não haverá coligação com o Solidariedade. Esta história de que a posse de Renato Queiroz (MDB) na Câmara Federal por conta do licenciamento do deputado federal Ottaci Nascimento já estaria contemplando o PSB é furada. Na verdade, a posse do Renato Queiroz contempla o MDB, do ex-senador Romero Jucá e a atual prefeita de Boa Vista, Teresa Surita, que comandam este partido em Roraima. O fato de que o nome da ex-secretária municipal Simone Queiroz, mãe de Renato Queiroz, ter sido cogitado para indicação do partido como vice de Ottaci Nascimento, não significa que ela represente os interesses do PSB. Ela, Simone, nunca visitou nossa sede”, disse Iradilson Sampaio.
DESTINO
Se não coligar com o Solidariedade, de deputado federal Ottaci Nascimento, o PSB poderá sair sem coligação na eleição majoritária para a prefeitura de Boa Vista e disputará apenas a eleição proporcional, isto é, para vereador da capital. O PSB também poderá optar por coligar-se com a REDE, do vereador Linoberg Almeida, que deverá ser o candidato do partido da deputada federal Joênia Wapichana. Esse pelo menos é o destino dos socialistas já manifestado pela direção nacional. A direção estadual e os pré-candidatos do PSB deverão reunir-se neste final de semana para decidir o rumo que deverá ser seguido pelo partido nestas eleições municipais de Boa Vista.
MUDANÇAS
Dependendo do resultado da eleição para prefeito/prefeita de Boa Vista poderá haver mudança na composição da bancada de deputados federais de Roraima em Brasília. Se a deputada federal Sheridan Oliveira (PSDB) vencer o pleito, sua vaga passará a ser ocupada a partir de 2021 pelo suplente Lurenes Avelino (Democratas). Caso saia vencedor o deputado federal Antônio Nicoletti quem vai para a Câmara Federal é o ex-deputado federal. atual assessor especial do Ministério da Saúde, Airton Cascavel (Republicanos). Finalmente. Se Ottaci Nascimento virar prefeito de Boa Vista, Renato Queiroz -que já virou vereador em 2015, como suplente de Massamy Eda, eleito deputado estadual em 2014, complementará seu mandato até 2022.