ENTRADA
Olá queridos leitores!
Estive participando do lançamento virtual do livro Fermentação à Brasileira e como os novos tempos pedem, tivemos uma platéia virtual com apresentação da grande dama do comércio brasileiro, Luiza Helena Trajano.
A receita de hoje é de Kombucha à base de chá-verde fraco, elaborado pela chef Ana Luiza Trajano do Instituto Brasil a Gosto.
Mas vocês sabem o que é um Kombucha?
É uma bebida probiótica obtida a partir de um chá adoçado que é fermentado por leveduras e bactérias que fazem bem à saúde, sendo por isso uma bebida que fortalece o sistema imunológico e melhora o funcionamento intestinal.
Na receita vocês vão encontrar a palavra SCOBY, que é “cultura simbiótica de bactérias e leveduras”. É um ingrediente usado na fermentação e produção de kombucha.
Para produzir Kombucha tem que fazer e cuidar do Scoby, também conhecido como “Mãe”.
Para quem curte fermentados o livro chegou em boa hora.
E o recado de hoje continua o mesmo, se cuidem, estamos com aumento dos casos e das mortes por Covid-19, então sigam as regras. Você se cuida e cuida de todos a sua volta usando máscara e fazendo o distanciamento.
Até a próxima semana!
PRATO DO DIA
Kombucha à base de chá-verde fraco
Chef Ana Luiza Trajano
INGREDIENTES:
01 litro de água
06 g de chá-verde
850 g de açúcar
100 ml de um kombucha anterior (starter)
01 SCOBY de kombucha
MODO DE PREPARO:
1. Aqueça a água, mas não deixe ferver.
2. Adicione as folhas secas e aguarde 5 minutos.
3. Coe e espere esfriar até atingir a temperatura ambiente.
4. Adicione o açúcar, o kombucha anterior (starter) e o SCOBY.
5. Feche com um pano de algodão e prenda com um elástico.
6. Aguarde o período da primeira fermentação. Prove o kombucha a cada 2 dias até que chegue ao sabor mais agradável ao seu paladar.
7. Ao atingir o sabor ideal, retire o líquido e siga para a segunda fermentação. Maturação: 2 – 14 dias Rendimento: 1 litro
FERMENTAÇÃO À BRASILEIRA CHEGA ÀS LIVRARIAS NAS VERSÕES IMPRESSA E E-BOOK, COM TÉCNICAS MILENARES E RECEITAS ATUAIS
Do leigo ao especialista, o lançamento da Editora Melhoramentos, de autoria de Fernando Goldenstein e Leonardo Andrade, da Companhia dos Fermentados, em parceria com o Instituto Brasil a Gosto, traz conteúdo teórico e saboroso sobre o tema.
Pão de queijo, coalhada, vinho, cerveja, vinagre, tucupi, puba, polvilho azedo. Cada um deles passa por um processo de fermentação. Ou melhor, por processos de origem ancestral capazes de tornar os alimentos mais deliciosos, nutritivos e estáveis para o armazenamento. Esses alimentos, em seu formato mais abrasileirado, dão corpo ao livro Fermentação à Brasileira.
Há quatro anos, a dupla formada pelo físico Fernando e pelo designer e fotógrafo Leonardo iniciava um projeto pioneiro: uma mini cozinha-laboratório especializada nos mais diversos tipos de fermentações – espontâneas, rudimentares, caseiras e modernas.
A chef Ana Luiza Trajano, por sua vez, fazia sua própria movimentação: convertia o Brasil a Gosto, um restaurante de sucesso, em um instituto focado em pesquisas e fomento à cultura brasileira por meio da gastronomia. Cada um de um lado, dava um passo à manutenção da autêntica culinária dentro dos lares do Brasil.
É exatamente a união das forças que se nota neste primeiro lançamento editorial sob curadoria do Instituto Brasil a Gosto. Se até hoje o país não tinha uma obra de referência e autoria nacional sobre o assunto, agora, há um volume de embasamento teórico denso e com 89 receitas práticas, testadas e bem ilustradas.
“A fermentação tem pelo menos 10 mil anos de história e coincide com o início do sedentarismo humano, porém, deixamos de praticar as técnicas autênticas desse conservar e reproduzimos simulacros, do pão à cerveja, passando pelo vinho e pela mostarda. A ciência é uma ferramenta para donas de casa, bruxas, professores e pesquisadores contra essa alienação”, explica Fernando.
Ao resgatar técnicas esquecidas e humanizar os processos de conservação, Fermentação à Brasileira não só aproxima os leitores dos tempos da natureza, como permite que eles identifiquem o que encontram nas prateleiras dos mercados e possam, conscientemente, escolher o que consumir. “A divulgação científica é um ato de cidadania”, reforça o físico.
Ativistas da fermentação, ele e Leonardo evidenciam igualmente os benefícios de alimentos fermentados e a simplicidade de implementá-los. Apresentam conceitos, processos e receitas passo-a-passo. Fornecem profundidade a quem já tem experiência com o tema, ao mesmo tempo em que sugerem caminhos simples para o cotidiano de todos. Resultado? Criações incríveis em termos de rendimento, sabores e descobertas.
Nesse sentido, há possibilidades das mais variadas: kombucha de mate com limão, vinagre
de limão-galego, vinho de jabuticaba, cuscuz de uarini com tucupi e camarão, kimchi de frutas, bolo de mandioca pubada, biscoito de polvilho com óleo de urucum, rabada no tucupi e falafel fermentado estão entre elas – algumas com assinatura da chef Ana Luiza Trajano.
“Disponibilizamos as fórmulas dos nossos produtos, as mesmas que são usadas por restaurantes premiados como Tuju e Maní, sem segredos”, revela Fernando. Fã de puba (a massa extraída da mandioca fermentada), aliás, ele aponta as populações indígenas brasileiras como grandes mestres da fermentação: “A mandioca começa a estragar assim que sai da terra. Imergir na água muda tudo, é uma forma genial de conservar e nunca foi escondida”.
Uma das receitas ancentrais de uma bebida fermentada indígena, o caxiri, está no livro como uma das referências aos povos originários.
Para os mais teóricos, os fundamentos bioquímicos estão logo na parte introdutória da edição. “Mas quem só quiser fazer um bom kombucha pode ir direto à segunda parte. Quem quiser fazer o verdadeiro chucrute, por exemplo, à terceira. O livro é democrático em todos os sentidos”, garante Leonardo. Regras de higiene, paciência com as tentativas e propriedades nutricionais também integram os ensinamentos.
O livro tem 320 páginas, é bilingue, está nas versões impressa e e-book, ao preço de R$120,00. Pode ser adquirido diretamente nos sites do Magazine Luiza; Amazon; Americanas.
4ª EDIÇÃO DO FESTIVAL MERCADO DAS TULHAS – GRANDES DESCOBERTAS SERÁ ONLINE
A combinação do tempero, frutos do mar, frutas e outros elementos da gastronomia maranhense, com a sua base da cultura tradicional indígena, africana e europeia são fontes de inspiração para as Grandes Descobertas da 4ª Edição do Festival Mercado das Tulhas. O festival será totalmente virtual pelo instagram e youtube do evento, de 13 a 15 de outubro, uma realização da Associação Maranhense de Artesãos Culinários – AMAC, em parceria com os mais conceituados representantes dos diversos setores, público e privado do Maranhão.
O Festival terá a participação de chefs do Maranhão e de todo o Brasil, de renome nacional e internacional, contará com 120 convidados, que serão sommeliers, mixologistas, mestre cervejeiro, pesquisadores, técnicos, empresários do ramo gastronômico, de bebidas, de cerimonial, alunos, jornalistas, designers, artesãos, representantes de instituições do Turismo, do poder público e de ensino.
O grande objetivo do evento é a troca de conhecimento e experiências, criação de redes de relacionamento entres pessoas, empresas e instituições através da cultura gastronômica, promovendo o que é do Maranhão e apresentando tecnologias da produção de alimentos. O festival já está consolidado no calendário do estado, e é voltado a um variado público.
Sabor e Memórias
O que traz de lembrança àqueles que já conheceram o Maranhão: tempero seco (cominho + pimenta do reino), corante de urucum (colorau), folha de louro, cheiro verde (coentro+cebolinha), azeite de coco babaçu, leite de coco, pimenta de cheiro, porco preto, castanha do Maranhão, queijo de são bento, juçara, manga, maracujá, caju, tiquira, compotas, zé pereira, peixe da água doce e salgada? O Festival Mercado das Tulhas 2020 pretende aguçar as memórias afetivas dos participantes, do sabor, do cheiro, da troca de calor humano (mesmo em tempos de distanciamento social) é o que promete Júnior Ayoub, idealizador e coordenador do evento, membro da AMAC. “Contaremos a história que cada um de nós tem construído a cada dia. Dividiremos, com todos, nossas experiências, vivências, seja nos Mercados do Mundo, na Cozinha, no Balcão do Bar, colocando Água na Brasa ou a Mão na Massa, sempre exercendo a Arte de Receber Bem, Harmonizando, Ao Vivo e em cores, gravado em Vídeos, Áudios ou Textos e até mesmo com Fotos, Músicas e Danças. Deixando nosso Estado no Mapa”, descreve poeticamente a programação o chef Júnior Ayoub.
Do virtual ao presencial
A programação será composta por vídeos, intercalados por lives, ao longo de três dias, das 9h às 21h , e irão ter os seguintes objetivos:
•Divulgar ingredientes, produtos e serviços relacionados à gastronomia;
•Promover a vivência no Mercado das Tulhas;
•Dialogar sobre Turismo de Experiência;
•Discutir a produção cultural e econômica de comunidades tradicionais para a culinária contemporânea;
•Promover o intercâmbio de conhecimento entre os diversos agentes empreendedores, profissionais da gastronomia e produtores;
•Articular a formação de rede criativa para cooperação entre diversos organismos e atores sociais com interesse na economia da cultura e da gastronomia;
•Incentivar a agricultura familiar e a produção sustentável;
•Estimular o empreendedorismo e a inovação.
Acompanhem as novidades no instagram @amac.ma.