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LEÃO DERRUBOU O LÍDER

A vitória do Fortaleza por 2 a 1 sobre o Atlético-MG passa por vários aspectos, mas a execução perfeita de um plano tático montado para anular o líder do Campeonato Brasileiro merece destaque especial. O técnico Rogério Ceni surpreendeu logo na escalação, com Ronald e Gabriel Dias, mas a estratégia se mostrou eficaz para neutralizar o time de Jorge Sampaoli de forma que nenhum clube havia feito na competição. Dentro da proposta de cada equipe, o Fortaleza foi melhor. Muito seguro na marcação, sem dar espaços ao Galo e mantendo a intensidade, conseguiu equilibrar a intensidade do Galo e até criou as melhores chances para marcar. O resultado foi fruto de imensa entrega coletiva. O jogo foi emocionante até o final. No fim, o Leão se deu melhor e está com 20 pontos, em nono na tabela. Ceni venceu Sampaoli pela terceira vez no duelo particular dos treinadores.

Fortaleza x Atlético-MG, comemoração

Fortaleza x Atlético-MG, comemoração (Foto: Dudu Oliveira/Fortaleza EC)

CLÁSSICO FRACO

O Corinthians passou a funcionar só depois do intervalo, mesmo tendo feito o gol na etapa inicial. Dono de uma primeira meia hora de jogo muito ruim, o Timão sofreu o gol aos dez minutos, depois de algumas boas chegadas do Santos, que invadiu a área com facilidade.

Com espaço entre as linhas, Coelho posicionou Jô e Luan como os homens mais avançados sem a bola. O problema é que nenhum dos dois tem caraterísticas de marcação forte. O espaço deixado entre essa primeira linha e o restante do time possibilitou ao Peixe avançar pelo meio. O cenário começou a mudar quando Coelho orientou a equipe a subir a marcação de maneira mais consistente e agrupada. Com uma equipe remendada, o Peixe começou a sofrer um pouco. A oscilação é frenética, e a transição de Tiago Nunes para Coelho é lenta. O Corinthians precisa achar seu 11 titular. É a partir de uma base que a evolução pode se tonar mais perceptível. Há quatro jogos sem vitória, o trabalho do interino até aqui não se sustenta nos números.

Danilo Avelar empatou clássico no fim do primeiro tempo — Foto: Marcos Ribolli

Danilo Avelar empatou clássico no fim do primeiro tempo — Foto: Marcos Ribolli

SANTOS

O Santos abriu o placar ainda no primeiro tempo, no único momento em que foi melhor do que o Corinthians no clássico desta quarta-feira. Pela esquerda, Jean Mota cruzou com perfeição para Madson desviar e tirar todas as chances de Cássio defender.  Os melhores do Santos foram o lateral-direito Madson, que jogou como atacante e zagueiro, e os volantes Jobson e Diego Pituca. Cheio de desfalques, o Santos sofreu para criar jogadas, fugir da pressão do Corinthians e apostar em contra-ataques, mas o setor de marcação do meio de campo funcionou bem. Diego Pituca e Jobson conseguiram também ajudar na ligação entre defesa e ataque.

Madson festeja gol contra o Corinthians — Foto: Marcos Ribolli

VOLTOU A VENCER

Bastaram 10 minutos para atropelar o adversário direto na parte de baixo da tabela. Luiz Fernando abriu a conta de cabeça, num belo cruzamento de Diogo Barbosa. Depois, David Braz tocou para o fundo das redes numa falha da defesa paranaense.Aquele time que envolvia menos seus rivais nos últimos jogos parecia ter evaporado. E a decolagem de Renato estava se confirmando. Porém, o que se viu foi o voo enfrentar uma turbulência. Perto do fim do primeiro tempo, Robson passou por trás de Paulo Miranda, recebeu sem marcação próxima e descontou para o Coxa. Mas o lance foi invalidado com o auxílio do VAR por impedimento. O que não exime a desatenção da defesa gremista. Faltaram melhores aparições de Diego Souza e Pepê, os artilheiros da equipe na temporada. Mas bom mesmo foi que o resultado afastou o Grêmio da zona de rebaixamento. O Tricolor agora é 11º colocado, com 17 pontos. Renato terá mais um voo a planejar para o fim de semana. No domingo, o Grêmio visita o Santos na Vila Belmiro, pela 15ª rodada do Brasileirão, às 16h.

Renato Portaluppi reconheceu problemas da equipe na partida — Foto: Lucas Bubols/ge.globo

Renato Portaluppi reconheceu problemas da equipe na partida — Foto: Lucas Bubols/ge.globo

PERDEU A INVENCIBILIDADE

Sem o paraguaio, convocado para defender a seleção de seu país nas Eliminatórias Sul-Americanas, Felipe Melo e Luan sofreram com questões de entrosamento e também individualmente, como no lance do primeiro gol botafoguense. No ataque, novamente o Palmeiras apresentou problemas de criatividade e dependeu durante a maior parte do confronto da individualidade de atletas. No primeiro tempo, por exemplo, foram apenas 4 finalizações, segundo o site “SofaScore”. O time terminou com 17 arremates no fim do confronto.
 Na segunda etapa, principalmente após diminuir a vantagem do Botafogo, a equipe cresceu, mas na “marra”. Foram muitas bolas na área, especialmente no momento de maior pressão sobre a equipe alvinegra, porém sobraram chances. Willian, apesar do gol, falhou quando poderia mudar a sorte do time no duelo.

Vanderlei Luxemburgo, técnico do Palmeiras, contra o Botafogo — Foto: Cesar Greco / Ag. Palmeiras

Vanderlei Luxemburgo, técnico do Palmeiras, contra o Botafogo — Foto: Cesar Greco / Ag. Palmeiras

ALÍVIO NO FOGÃO

Para voltar a vencer depois de 10 rodadas, o Botafogo mostrou uma eficiência que não se via há tempos e contou com um reforço que mudou a organização do time no meio de campo: a volta de Keisuke Honda. Recuperado de lesão, o japonês comandou os 2 a 1 sobre o Palmeiras junto do centroavante Pedro Raul. O camisa 4 voltou depois de duas semanas no departamento médico em um novo esquema tático: o time abandonou os três zagueiros e colocou mais jogadores no meio de campo. Junto de Rafael Forster e Caio Alexandre, Honda teve mais liberdade para criar e menos obrigações defensivas. No lado direito do meio de campo, o meia participou menos do jogo sem a bola e se poupou para organizar o time. A estratégia deu certo, principalmente no primeiro tempo, quando o Bota foi melhor e teve chances de abrir o placar. Apesar do domínio, os gols só saíram no segundo tempo, com o brilho do outro protagonista da vitória: Pedro Raul. O centroavante abriu o placar após cruzamento de Kevin e, depois, deu o passe para Caio Alexandre aumentar o marcador. Além dessas jogadas, o camisa 9 deu trabalho à defesa do Palmeiras, ajudou a segurar a bola e fez bem o trabalho de pivô.

Pedro e Caio marcaram os gols do jogo — Foto: Vitor Silva/Botafogo

Pedro e Caio marcaram os gols do jogo — Foto: Vitor Silva/Botafogo

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SELEÇÃO FEMININA

A técnica Pia Sundhage divulgou na manhã desta quinta-feira a lista de convocadas para um período de treinamentos entre os dias 19 a 27 de outubro, em Portimão, Portugal, mesma localidade usada em 2019 para a preparação do Brasil à Copa do Mundo do último ano. Entre os nomes está o retorno de Marta, que voltou a jogar com o Orlando Pride nos Estados Unidos pela NWSL Fall Series no último mês . No restante da lista, diversas novidades. Entre elas, Valéria, que marcou o gol da vitória do Madrid CFF contra o Tenerife na primeira rodada do Espanhol, e Giovanna, jovem revelação brasileira e que atua pelo Barcelona.

Portimão recebeu a seleção feminina em período de treinamentos antes da Copa da França, em 2019 — Foto: CBF

Portimão recebeu a seleção feminina em período de treinamentos antes da Copa da França, em 2019 — Foto: CBF

Confira a lista de convocadas:

Goleiras: Aline Reis – UD Granadilla Tenerife (Espanha) Daniele Neuhaus – Benfica (Portugal) Natascha – Paris FC (França)

Defensoras: Antonia – Madrid CFF (Espanha) Kathellen – Internacional de Milão (Itália) Jucinara – Levante UD (Espanha) Rafaelle – Changchun Dazhong (China) Rayanne – Sporting Club Braga (Portugal)

Meio-campistas: Ana Vitória – Benfica (Portugal) Andressa Alves – Roma (Itália) Debinha – North Carolina Courage (EUA) Formiga – Paris St Germain (França) Giovanna – Barcelona (Espanha) Laís Araújo – Apollon Limassol (Chipre) Luana – Paris St Germain (França) Maria – Juventus (Itália) Millene – Wuhan Xinjiyuan (China)

Atacantes: Bia Zaneratto – Wuhan Xinjiyuan (China) Ludmila – Atlético de Madrid (Espanha) Marta – Orlando Pride (Estados Unidos) Mylena – FC de Familicão (Portugal) Nycole Raysla – Benfica (Portugal) Raquel – Sporting Lisboa (Portugal) Valéria – Madrid CFF (Espanha)

SEM TÉCNICO

Aderbal Lana não é mais técnico do Baré, em nota oficial, o ex treinador informou sua saída.

Aderbal Lana não faz mais parte do Índio da Consolata. Foto: João Paulo Oliveira - Site oficial do Baré /Copyright © 2020 Baré Esporte Clube – Agência Índio Guerreiro todos os direitos reservados

Nota Oficial

Eu, Aderbal Lana, comunico que não faço mais parte do elenco do Baré Esporte Clube, a partir da presente data. Minha decisão foi tomada após conversa com o presidente, Oziel Araújo. 

Eu vim para Boa Vista-RR, para assumir o Baré, na disputa da Série D do Campeonato Brasileiro, após acordo com o presidente, de que poderíamos conseguir patrocínio, mas que infelizmente não aconteceu. No entanto, a equipe cresceu, os resultados positivos dentro de campo vieram, mas lamentavelmente começamos a ter problemas com campo para treinar. Vimos que para o time evoluir na competição era preciso reforçar o elenco e a contratação de jogadores se tornou impossível. O clube não tem condições financeiras. Fiz o que pude, dentro e fora de campo, mas estou me sentindo sobrecarregado e não será mais possível continuar no cargo.

Saio de cabeça erguida, pela porta da frente, ciente de que fiz tudo o que estava ao meu alcance para honrar minha palavra e o nome desse grande clube.

Deixo aqui meus agradecimentos, primeiramente ao estimado presidente, Oziel Araújo, assim como, todos os colaboradores e jogadores.