Cotidiano

Índios não aceitam acordo e BR-174 continua bloqueada

Como não chegaram a um entendimento com o Governo do Estado, o tráfego pela rodovia vai continuar sendo liberado apenas por duas horas, no horário das 6h às 8h

Mesmo com a presença da governadora Suely Campos (PP) e da secretária estadual de Educação (Seed), Selma Mulinari, no local onde acontece o protesto dos professores indígenas, para tentar uma negociação para o fim do bloqueio da BR-174, os manifestantes não entraram em acordo com o Governo do Estado e a rodovia vai continuar interditada.

O principal ponto abordado pelos indígenas com a governadora foi quanto à lei 892/2013, que trata do Plano de Cargos e Salários (PCCR) dos profissionais da educação do estado. Os professores queriam uma definição hoje sobre o cumprimento da lei por parte do Governo, mas isso, segundo a governadora, não é possível ser feito.

Segundo Suely, para que a lei seja cumprida é necessário mais tempo para que seja analisada e corrigida. No acordo homologado esta semana na Justiça, ficou acertado que o Governo iria encaminhar um projeto de lei para a Assembleia Legislativa dentro de 15 dias com as alterações necessárias a serem feitas na lei.

Outro ponto questionado pelos professores é quanto a falta de profissionais de apoio para as escolas, que foi um dos acordos feito entre o Executivo e os indígenas para saíssem da greve. Eles alegam que deixaram o movimento em setembro e até hoje as escolas continuam sem profissionais da limpeza, por exemplo.

Sobre essa questão, a governadora informou aos indígenas que foi um problema técnico com a empresa contratada para oferecer mão de obra para o apoio e garantiu que tudo já está resolvido. Os professores indígenas solicitam ainda uma troca de alimentos na merenda escolar, pois reclamam que só é enviado sardinha.

A governadora e a secretária explicaram que este ano não terá como alterar ou incluir novos produtos no contrato, mas que isso poderá acontecer para o ano letivo de 2016. Portanto, no entendimento dos professores indígenas.

Diante desse impasse, os indígenas vão manter a rodovia fechada, liberando o tráfego apenas por duas horas, no horário das 6h às 8h.