Bom dia,

Hoje é quarta-feira (11.11). Impossível não tratar desse assunto, mesmo na reta final das eleições municipais. Dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) mostram que o Brasil não está mais entre as 10 maiores economias do Mundo, e para ser preciso, nossa economia deve ficar na 12ª no cotejo com as demais economias do Planeta. Já fomos, durante o governo militar, o 7º maior Produto Interno Bruto (PIB), chegando a integrar o grupo dos 8, uma elite de países industrializados que comandava a economia planetária, fazendo com que brasileiros e brasileiras sentissem orgulho do país em que nasceram e moravam. A queda vertiginosa da economia tupiniquim nos últimos anos decorre, especialmente neste ano, de dois fatores principais: de um lado, a queda da economia brasileira que nos últimos anos acumula uma perda de mais de 20% do PIB. De outro lado, as economias mundiais são medidas em dólar estadunidense para que seja possível a comparação entre elas, e o real foi a moeda de países emergentes que mais se desvalorizou neste acidentado ano de 2020.

A vergonhosa queda do Brasil no ranking das economias mais industrializadas do país é pior quando inserida no atual cenário político brasileiro, marcado pela profunda divisão da população; e com episódios lamentáveis entre as principais lideranças do país, de que é exemplo este recente episódio sobre a questão da vacina chinesa Coronavac, que está sendo pesquisada, para posterior fabricação pelo Instituto Butantã, uma respeitável instituição do governo de São Paulo. Embora as agricultura brasileira venha batendo recordes de produção nos últimos anos, e como exporta seus grãos in natura -com baixíssimo valor agregado-, não dá para vislumbrar uma saída para crise que se torna crescentemente mais grave.

VOLTOU

O presidente da República parece que decidiu voltar a ter o estilo Jair Bolsonaro de ser. Numa mesma semana, depois de nomear seu vice, o general Hamilton Mourão (PRTB), como o coordenador das ações do governo federal para a Amazônia, disse com todas as letras que não conversa com ele sobre qualquer assunto. Isso é, uma desautorização pública, que desmerece qualquer coisa que Morão possa falar sobre a região. A outra atitude do presidente de desagradou meio mundo no país foi sua reação, quase comemoração, quando foi informado de que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mandara suspender os testes finais com a Coronavac: “Jair Bolsonaro venceu mais uma”, disse o presidente.

RESULTADO

Seja qual for o resultado final das eleições municipais, especialmente em Boa Vista, o certo é que ele apontará vencedores e perdedores tendo em vista as eleições gerais de 2022. Tem caciques que sairão  menores depois das eleições e outros com cacifes eleitorais que farão a diferença, especialmente na disputa pelo governo do estado e da única vaga disponível para o Senado Federal, que é a do atual senador Telmário Mota (PROS). Já é possível vislumbrar quem tende a sair fortalecido do pleito, mas a Parabólica prefere esperar as urnas falarem.

HOSPITAL DE CAMPANHA

Durante entrevista concedida na tarde desta terça-feira, 10, à jornalista Cida Lacerda, do programa Quem é Quem, da Rádio Folha FM 100.3, o governador Antônio Denárium deu detalhes, e afirmou que o governo estadual assumirá a administração do Hospital de Campanha, do Exército Brasileiro, a partir de 1º de dezembro. Confirmou que o Governo vai utilizar aquela estrutura como hospital de retaguarda, enquanto reforma todo o Hospital Geral de Roraima (HGR), que vai transformar aquela unidade num grande complexo hospitalar, que vai desde a praça Airton Sena até a Secretaria de Saúde.

MUDANÇA

O boato de que haverá troca no comando da Delegacia Geral de Polícia Civil correu igual rastilho de pólvora nesta terça-feira, 10. A informação foi desmentida de forma imediata negado pelo governo de Roraima. De qualquer forma, o governador Antônio Denárium viajou para o interior, e só deve chegar em Boa Vista no sábado, véspera da eleição. Ao que parece  se houver a substituição do delegado-geral Herbert de Amorim, só será feita após o período eleitoral.

REABERTA

A Venezuela reabriu sua fronteira com o Brasil, mas o governo de Roraima pediu ao Ministério da Justiça que mantenha a fronteira brasileira fechada. A justificativa é que o Estado não teria condições de continuar recebendo os cerca de 700 venezuelanos que entram no Estado todos os dias. No total cerca de 100 mil migrantes entraram em Roraima, mas a Operação Acolhida, apesar de sua eficiência, só cuida de cerca de 6 mil pessoas que estão nos abrigos da capital. Com a abertura é provável o crescimento do fluxo de chagada dos venezuelanos a Roraima, apesar da queda do poder aquisitivo do real.

ENTEVISTADO

O vice-presidente Hamilton Mourão será entrevistado hoje à tarde pela jornalista Cida Lacerda, que apresenta o programa Quem é Quem, na Rádio Folha FM 100.3. Mourão vai falar sobre a política do governo Bolsonaro para a Amazônia, que deverá ser questionada pelo novo governo dos Estados Unidos da América (EUA), se e quando, for declarado vencedor o democrata Joe Biden.

ERRADO

De um leitor, que pediu anonimato, a Parabólica recebeu o seguinte texto, via Whats: “Eu sei de duas tentativas de presidentes da República tentarem interferir em eleições roraimenses. Primeiro foi Collor de Mello, que em 1990 tentou empurrar goela abaixo, com a ajuda de Romero Jucá, o nome de João Lyra para o Senado Federal. A outra foi do ex-presidente Michel Temer que fez de tudo para reeleger o mesmo Romero Jucá para senador em 2018. As tentativas foram frustradas pelo leitor roraimense, como se sabe”. O leitor se referia ao apoio e pedido de voto do presidente Jair Bolsonaro ao candidato a vereador Deilson Bolsonaro, feito em lives.