Bom dia,
Hoje é terça-feira (24.11). O presidente do Supremo Tribunal Federal, o ministro Luís Fux tem votado quase sempre a favor da condenação de políticos, empresários e dirigentes públicos flagrados em atos de desvio de dinheiro público, ou seja, de corrupção. Talvez por tal convicção, ele tenha dito ontem, segunda-feira (22.11) que o povo brasileiro não tolerará que se abandone o processo iniciado com a Lava Jato que levou quase duas centenas de canalhas que desviaram bilhões de reais dos cofres públicos. Será que o ministro tem razão, ou está expressando a opinião, que parece ser minoritária, de um segmento específico da sociedade brasileira e de um núcleo resumido de agentes públicos como aqueles magistrados, procuradores federais e policiais federais de Curitiba?
Os resultados das eleições municipais, ainda que restem para definir em segundo turno resultados em 57 capitais de estados, e médias cidades brasileiras, parecem demonstrar que os eleitores e as eleitoras tupiniquins estão pouco interessados em filtrar pelo voto, políticos ou grupos liderados por envolvidos em um dos maiores escândalos de desvio de dinheiro público. Basta olhar, mesmo que superficialmente, sobre os partidos que tiveram, e ainda terão, bom desempenho eleitoral nestas eleições municipais. Sem qualquer dúvida, ou mantiveram seus tamanhos ou até cresceram em número de vereadores/vereadoras e prefeitos/prefeitas eleitos/eleitas. Corruptos de alto coturno -sem nenhuma alusão a militares, por favor-, manipularam os cordões para eleger prepostos com a necessária subserviência para manter seus esquemas de desvios de dinheiro público.
Por isso, as declarações de Luís Fux, que parecem sinceras, não podem ser vistas como fundadas no exemplo recente dado pelos eleitores/eleitoras tupiniquins. Tudo indica ser mera intenção do ministro que preside a Suprema Corte -ela mesma cheia de exemplos de conivência com a corrupção-, de estimular que não se perca no país a discussão em torno da ladroeira, quase institucionalizada na vida pública e privada do Brasil. Ou será mera quimera, que não bate quando comparada à conduta majoritária de gente brasileira?
VISITA
As jornalistas Fernanda Ferreira (gerente de comunicação) e Simone Lanes (assessora de imprensa), da Eneva, empresa proprietária da usina termoelétrica Jaguatirica II, visitaram, ontem, segunda-feira, a redação da Folha. A usina vai utilizar gás, trazido do Amazonas, para movimentar suas turbinas, e vai gerar, quando posta em funcionamento, 117MW de energia elétrica, cerca de 70% do atual consumo do isolado sistema elétrico roraimense. A conclusão das obras da Jaguatirica II e funcionamento da usina estão previstos para o segundo semestre do próximo ano. O custo de operação de uma usina movida a gás é menor e muito menos poluente que uma usina termoelétrica que consome diesel, como é a atual geração de energia para Roraima.
30 ANOS
A Amatur, a empresa local pioneira no transporte intermunicipal e interestadual em Roraima, completará, no próximo dia 26, quinta-feira, 30 anos de existência. A Amatur é uma empresa familiar, que tem à frente o empresário e ex-deputado federal Remídio Monai. A empresa roraimense já opera em outras rotas interestadual, além da rota Boa Vista/Manaus, e deve ser a primeira credenciada para fazer o trecho Boa Vista/Georgetown.
RÁPIDAS
O ministro Onix Lorenzoni, da Cidadania, outrora todo poderoso ministro-chefe da Casa Civil, do governo de Jair Bolsonaro, visita desde ontem, Boa Vista. Veio anunciar a liberação de recursos para programas sociais, em parceria com o governo estadual, inclusive, o já conhecido Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). ### Ontem, por volta das seis da tarde, várias viaturas da Polícia Rodoviária Federal (PRF) faziam a segurança do comboio que conduzia o ministro numa visita a Área de Proteção e Cuidado (APC)/Hospital de Campanha, da Operação Acolhida, do Exército Brasileiro. ### Enquanto sua militância promove atos para colher assinaturas de apoio à criação do Aliança pelo Brasil -inclusive, aqui em Roraima, o presidente Jair Bolsonaro diz ser muito difícil a criação de um partido e admiti a possiblidade de filiar-se a uma sigla já existente. A declaração foi feita, dois dias após a última mobilização dos correligionários, realizada em várias cidades, no último sábado (21.10). ### Dá para acreditar em políticos, que faz poucos dias disse poucas e boas sobre candidato que lhe era adversário, e em menos de uma semana, o indica como a melhor das opções? A observação vale para os dois lados. ### E enquanto fazem uma campanha sem críticas ao adversário, os operadores de apoio a cada candidatura mandam distribuir pelo sujo exército de internautas pagos, acusações ao adversário, com base verídica, ou mesmo utilizando notícias falsas, as famosas Fakes News. Que gente dissimulada! ### Até amanhã.