Bom dia,

Hoje é quinta-feira (17.12). Os brasileiros e as brasileiras acordam nesta quinta feira seguramente mais assustados ainda com os números da Covid19. Ontem, quarta-feira, morreram 962 pessoas em decorrência do vírus, e nestes números não estão contabilizados os falecimentos do estado de São Paulo, principal epicentro da pandemia no país. Segundo as informações do governo paulista, não foi possível contabilizar o número de pessoas que morreram no estado em função da problemas no sistema de coleta de dados do Ministério da Saúde.

O problema é que diante de todo o comportamento quase errático do governo federal no enfrentamento da pandemia, e também da forma midiática como o problema é tratado pelo governo de São Paulo; não é possível dizer com tranquilidade se o “problema” no sistema de acesso aos dados no Ministério da Saúde não foi coisa pensada, com o objetivo de evitar que o número de mortes divulgado ultrapassasse a barreira dos 1.000 no Brasil; ou ainda pior, batesse todos os recordes diários de mortes no país. E a justificativa do governo paulista para não divulgar suas estatísticas pode, diante desse cenário de briga política, perfeitamente ser mais um episódio da tentativa de mostrar ao povo brasileiro a incompetência do governo federal no trato da pandemia.

Estamos vivendo esse ambiente de brigas absolutamente desnecessárias, enquanto a pandemia avança. É absolutamente inaceitável que o pequeno Chile já tenha começado a vacinar sua população contra o Covid19, enquanto no Brasil os poderes da República e os governos federal e estadual ainda discutem se a vacinação será obrigatória, ou se as pessoas terão de assinar um termo de compromisso para liberar o governo da responsabilidade sobre possíveis efeitos adversos da vacina ou de sua ineficácia. Tal termo de compromisso é absolutamente inaceitável, mesmo que exigível apenas quando se tratar da aprovação da vacina em regime emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A indicação do atraso do Estado brasileiro, em todos os níveis de governo, com relação à vacinação da  população tupiniquim contra a Covid19, pode ser constatada pelo fato de que, rigorosamente, até ontem, nenhum pedido de liberação de qualquer vacina foi dado entrada ainda na Anvisa. E, por mais incrível que pareça, ainda se discute no país, qual o prazo que aquela agência vai ter para analisar os pedidos de registros? Um absurdo, afinal, as autoridades, técnicos e cientistas, estiveram realmente comprometidos em evitar que mais brasileiros e brasileiras morram por conta do vírus chinês, esse prazo seria logicamente o menor possível.

ERRATA

Na edição de ontem, dissemos que o conselheiro Brito Bezerra seria o responsável no Tribunal de Contas do Estado (TCE) pelo acompanhamento das contas da Secretária Estadual da Saúde (Sesau) nos dois últimos anos do governo de Antônio Denárium (sem partido). Erramos duplamente, primeiro porque essa indicação é anual, e depois porque o conselheiro indicado para acompanhar as contas da Sesau para o exercício de 2021 é Célio Wanderley, que além de médico tem muito conhecimento da situação vigente na saúde estadual. Fontes da Coluna dizem que o conselheiro Célio Wanderley.

REASFALTAMENTO

Como virou habitual, o presidente da República divulgou em sua conta do Twiter, a informação de que o Ministério da Infraestrutura acaba de assinar o contrato que vai permitir o reasfaltamento de 52km da BR-319, que liga Manaus a Porto Velho. Aquela rodovia, que muitos consideram importante para Roraima, foi  asfaltada pelo governo militar no final da década de 70, do Século passado, mas a obra restou mal feita, até porque seu leito não teve a devida altura recomendada para uma região como aquela. Bolsonaro diz agora que a obra vai ser um exemplo da preocupação de seu governo para com a proteção do meio ambiente.

Ontem, o prefeito reeleito Bruno Covas (PSDB), de São Paulo, o município mais rico do país, anunciou a distribuição de uma bolsa de estudos no valor de mais de R$ 200 milhões, para que os pais de crianças pobres da rede municipal paulistana possam comprar o uniforme de seus filhos. A justificativa de Covas para instituir o programa é que a medida vai propiciar que esses uniformes sejam adquiridos de empresas sediadas da própria cidade de São Paulo, evitando que o dinheiro seja transferido para outras cidades, gerando emprego em outros municípios. Para amarrar essa aquisição, o dinheiro do programa só poderá ser pago a empresas previamente selecionadas pela prefeitura paulistana.

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No município de Boa Vista, a segunda menor capital de estado do Brasil, com mais de 1/3 da população vivendo abaixo do linha de pobreza e um desemprego grassando em toda o município, a Prefeitura Municipal de Boa Vista (PMBV) pagou a uma empresa paulista cerca de R$ 500 milhões – meio bilhão-, nos últimos 8 anos. No mesmo período, comprou de empresas de fora do município, por alguns milhões de reais um tal de uniforme eletrônico que nunca foi usado pelos alunos da rede municipal. Dá para entender por que São Paulo continua liderando a economia do país, e nós continuamos patinando na economia do contracheque? Mas, que fazer? As últimas eleições disseram que o boa-vistense aprova essa forma de governar. 

                

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