Opinião

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TODOS SOMOS VÍTIMAS DA VIOLENCIA

*Dolane Patrícia

Falar de violência não é tão fácil como parece.

Existem situações em que passamos a refletir. Por exemplo, como um ser humano é capaz de praticar tanto gesto eivado de crueldade?

É mais chocante quando a violência é cometida contra criança ou outro incapaz, no entanto, todos os tipos de violência são reprováveis.

A violência não é um ato inteligente! Apenas pessoas fracas e desinteligentes se submetem a prática de uma conduta violenta!

O mal permanente que a violência faz, é um dos motivos pelo qual ela precisa ser evitada.

A violência tem atingido as mulheres, em maior escala, mas o brasileiro tem sido vítima de todas as espécie de violência. A própria corrupção é um tipo de violência, se levarmos a fundo o seu conceito.

No que diz respeito a mulher, de acordo com o artigo 7º da Lei nº 11.340/2006 são formas de violência doméstica, dentre outras: “a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal, violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação.”

Além dessas, traz ainda a violência sexual e a patrimonial, muito comum nos dias de hoje.

Segundo o CNJ, a violência intrafamiliar/violência doméstica – acontece dentro de casa ou unidade doméstica e geralmente é praticada por um membro da família que viva com a vítima. As agressões domésticas incluem: abuso físico, sexual e psicológico, a negligência e o abandono.

Aqui chamo a atenção para os bebês que são jogados no lixo, abandonado nas praças ou para o adolescente que tem sua vida violentada pelo abandono dos pais. Órfãos de pais vivos.

Mas, na verdade, esses não são os únicos tipos de violência que existe. O Brasil passa por um momento negro da história da política nacional e estadual, mas é a corrupção, também um tipo de violência?

Segundo Marilena Chauí, um dos significados da violência seria “todo ato de violação da natureza de alguém ou de alguma coisa valorizada positivamente por uma sociedade” (Folha de S.Paulo, 14/03/99: 5-3).

“A corrupção pode ser percebida como um mal público, cuja noção só é passível de construção quando existe algo percebido como um “bem público”, digno de defesa. Nesta lenta e conflituosa construção da noção de um bem público, de uma nova noção de qual será o conteúdo de uma vida justa em comum, insere-se a tentativa de compreensão da corrupção como uma violência, um mal público, um crime.”

A propósito, viver no país com o maior índice de homicídios no mundo, não é algo que se possa orgulhar, pelo contrário, está na hora de refletir, onde está o problema.

O sitewww.valor.com.br, informa que “o Brasil registrou 59.627 homicídios em 2014, o maior número já registrado em território nacional e uma estatística, que coloca o país no primeiro lugar no ranking mundial desse tipo de crime.“

O site http://www.inf.ufes.br, noticia que trezentos milhões de reais por dia é o custo estimado da violência no Brasil, o equivalente ao orçamento anual do Fundo Nacional de Segurança Pública, e um valor superior ao envolvido na reforma da Previdência que tanto mobilizou os governos.

Importa ressaltar, que esses valores não contabilizam o sofrimento físico e psicológico das vítimas da violência brasileira, uma das mais dramáticas do mundo. Com 3% da população mundial o Brasil concentra 9% dos homicídios cometidos no planeta.

Para o site brasilescola.uol.com.br, a solução para a questão da violência no Brasil envolve os mais diversos setores da sociedade, não só a segurança pública, mas também demanda com urgência, profundidade e extensão a melhoria do sistema educacional, saúde, habitacional, oportunidades de emprego, dentre outros fatores.

Nesse sentido, requer principalmente uma grande mudança nas políticas públicas e uma participação maior da sociedade nas discussões e soluções desse problema de abrangência nacional.

Dessa forma, é preciso banir todas as espécies de violência e isso começa com cada um, na maneira como trata as pessoas, na consciência de que, pode-se está roubando algo que alguém levou anos para adquirir, ou seja, simplesmente se colocar no lugar do outro.

Assim, é preciso tomar a decisão de ir à luta e conquistar seus próprios objetivos, com trabalho e honestidade, respeitando mulheres, crianças, idosos, enfim, todos os seres humanos precisam de respeito.

É necessário tornar outras vidas melhores e não tirar delas a esperança e a dignidade.

Afinal, é preciso uma reflexão geral, dos pequenos e dos grandes, ricos e pobres, pois, é preciso contribuir para um mundo melhor, começando dentro da nossa própria família, na certeza de que: “se o mal nunca desiste, o bem nunca se cansa.”

*Advogada, Juíza Arbitral, Mestre em Desenvolvimento Regional da Amazônia. Personalidade da Amazônia e Personalidade Brasileira. #dolanepatricia – Acesse: dolanepatricia.com.br

Limite o falar

Afonso Rodrigues de Oliveira

“A natureza deu ao ser humano uma língua, porém dois ouvidos, a fim de que pudéssemos escutar dos outros o dobro do que falamos.” (Epicteto)

Dona Vitalina, minha queridíssima mãe, costumava nos alertar, sempre que falávamos de mais: “Quem muito fala, muito erra.” Ríamos sempre que ela falava essa pérola. Mas depois, com o passar do tempo, aprendemos. Aprendemos que aprendemos mais com o que ouvimos do que com o que falamos. Não importa o quanto sabemos no que conhecemos. O importante é que saibamos transmitir aos outros, o que sabemos, mas com parcimônia. Já sabemos que o bom conversador não é o que fala mais, mas o que escuta mais. É quando começamos a dar mais importância ao que ouvimos no que escutamos.

Nunca se aborreça quando não concorda com o que os outros dizem. Todos nós expressamos na fala, o que guardamos nos pensamentos. E nem todos pensamos a mesma coisa. Então vamos respeitar os pensamentos dos outros. E isso não quer dizer que devemos concordar, mas quer dizer que ignoremos sem arrufos. Controle-se mais numa conversa. Só dê sua opinião quando alguém a pedir. Mas seja sempre sincero ou sincera. Não tente concordar, se você discorda. A verdade sempre prevalece.

Evite discussões. Elas não levam a lugar nenh
um. Ninguém ganha uma discussão. Na maioria das vezes pensamos que ganhamos quando, na verdade, o opositor fingiu que perdeu, para evitar o aborrecimento. É uma questão de inteligência. Então seja inteligente não mergulhando nas águas turvas das discussões. É quando aprendemos com os erros tanto nossos quanto dos outros. Sempre que você evita uma discussão, sai ganhando. Mas não caia na esparrela de ficar odiando o seu opositor. Ele está com a mesma razão que você. Cada um na sua. E cada um está no seu grau de evolução racional. O que nos coloca na posição de todos iguais nas diferenças.

Participe sempre nas conversas. O importante é que você seja comedido na participação. Sempre que expressar sua opinião, faça-o com sinceridade e naturalidade. Não tente impô-la. Cabe ao seu opositor aceitar ou não, o que você expressa. Por isso esteja sempre preparado para o contraditório. Porque é assim que você mostra sua superioridade sem exibicionismo. Você já sabe que somos o que pensamos, mas nem sempre somos o que pensamos que somos. Então vamos ser comedidos no que pensamos sobre nós mesmos.

Começamos uma nova tarefa na tarefa de viver. Temos mais trezentos e tantos dia pra viver como eles devem ser vividos. E a tarefa não é tão fácil assim. Mas é muito simples. Acredite e confie em você, e a caminhada tornar-se-á mais agradável. Pense nisso.

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