Bom dia,
Hoje é segunda-feira (18.01). Ufa! Finalmente, temos vacinas contra a Covid19 no Brasil, e não importa que tenhamos saído bem atrás de outros países, até menores e mais pobres que o nosso. Não importa também que algumas lideranças do país e, vez de comorarem a chegada da vacina, aproveitem da oportunidade para mais uma vez trocarem farpas entre si. Igualmente, não tira o brilho da alegria entre os brasileiros e as brasileiras o fato da aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ter sido em caráter emergencial. Quem assistiu a entrevista pública dada por diretores e técnicos daquela agência para anunciar a aprovação, por unanimidade, das duas vacinas teve a nítida impressão do contentamento e da convicção de todos eles.
Não citamos os nomes das duas vacinas aprovadas premeditadamente, para chamar a atenção de todos nós de que isso agora é o que menos importa. Os cientistas disseram que elas são eficazes, mesmo que em gradação diferente, e eles merecem nossa irrestrita confiança, daí pouco importa suas origens. O que resta agora é a tarefa inadiável do governo federal de adquirir mais doses das vacinas já aprovadas, e de outras que eventualmente venham ter pedido de aprovação pela Anvisa. Esta é uma tarefa que está muito atrasada, o que tem causado o desinteresse de muitos fabricantes de vender ao governo brasileiro, que afinal, sempre menosprezou a importância da vacinação.
Falta às principais lideranças do governo federal brasileiro, a partir do próprio presidente da República, a convicção de que não há outra saída para evitar mais desastre humano, e econômico no Brasil, que não seja a vacinação em massa da população tupiniquim. Que bom, se o governo brasileiro seguisse o exemplo dado novo presidente norte-americano Joe Biden -assume daqui a dois dias-, que estabeleceu como prioridade e meta inicial de seu governo, a vacinação diária de um milhão de pessoas que ao cabo dos 100 primeiros dias de governo chegarão, a 100 milhões de norte-americanos, cerca de um terço da população daquele país.
E o Brasil, caso consiga adquirir as vacinas, tem condições de sobra de vacinar muito mais que os Estados Unidos da América (EUA), afinal a estrutura e organização da saúde pública no nosso país é muito melhor que a de lá. No caso do Brasil, é só uma questão de vontade política e de postura frente a situação sanitária dramática que vive a população brasileira. Não faz sentido, o presidente dizer a seus apoiadores que já temos remédios para curar os que são infectados, sem qualquer evidência científica, e estimular a população a não se vacinar. É um contrassenso, o governo federal comprar vacinas contra a Covid19, e o presidente estimular sua não utilização.
ORÇAMENTO MUNICIPAL
A nova Câmara Municipal de Boa Vista (CMBV) tem hoje sua primeira reunião importante da legislatura. E tudo indica que a sessão, que começa as 10h, vai ser discussões e polêmicas acirradas, em torno da aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2021, do município. A CMBV está literalmente dividida sobre a aprovação da LOA: metade quer aprovar emendas que alteram a proposta original encaminhada pela ex-prefeita Teresa Surita (MDB), ainda em outubro do ano passado; e outra metade quer manter a proposta original. Não será surpresa se a matéria for aprovada pelo voto de minerva do presidente da CMBV, o vereador Genilson Costa (Solidariedade). Assim nada o regimento daquela Casa Legislativa.
REGIMENTO
Ontem, domingo (17.01), em entrevista concedida ao programa Agenda da Semana, da Rádio Folha FM 100.3, o vereador Sandro Baré (Republicanos), que tende a integrar a bancada de apoio ao prefeito Arthur Henrique (MDB), disse que não fazer sentido aprovar emendas modificativas à LOA/2021 do município porque o prazo regimental para apresentá-las é de 20 dias, contados a partir da leitura do recebimento e leitura da matéria em plenário. Este prazo, segundo Sandro Baré, teria transcorrido ainda na legislatura passada, cuja Mesa Diretora tentou por várias convocações votar a LOA/2021, mas não teve êxito por conta da falta de quórum.
ALTERAÇÕES
Segundo fontes da Parabólica -a cópia da proposta original e as cópias das emendas propostas, nunca foram disponibilizadas para a imprensa-, as três emendas modificativas que os novos vereadores querem fazer à proposta original da LOA/2021 do município, que mais preocupam a nova administração da PMBV são: redução drástica no orçamento da Secretaria Municipal de Comunicação; redução significativa no orçamento da Fetec; e estabelecimento de um percentual máximo de 2%, a autorização para que o prefeito possa alterar o orçamento através de decreto, sem autorização legislativa. Segundo as mesmas fontes, a distribuição dos recursos oriundos dos cortes feitos pelas emendas iria para a Secretaria Municipal de Saúde, e para o orçamento da própria Câmara.