A autoestima é a maneira de julgamento, ou seja, o apreço que cada indivíduo faz de si mesmo, ou seja, a capacidade de amar a si. Para os especialistas, a autoestima é essencial para a sobrevivência psicológica, pois a vida se torna muito sofrida sem as medidas de valores pessoais. Ela expressa o quanto nos respeitamos e nos queremos bem, e isso é refletido nas situações em que nos colocamos e nas decisões que tomamos para nós mesmos.
De acordo com a psicóloga Marta Ribeiro, existem formas de estimular a autoestima e contribuir com uma vida mais saudável. Para ela, o caminho mais viável para uma autoavaliação positiva é o autoconhecimento. “Conhecer seu próprio Eu é fundamental, pois implica ter consciência de seus aspectos positivos e negativos, e valorizar as virtudes encontradas. O diálogo interior exige um olhar para si mesmo, despir-se do domínio do ego. A determinação de empreender essa jornada rumo à essência do ser”, relata.
A terapeuta afirma que a falta de conhecimento próprio e a imagem distorcida são as causas da falta de autoestima. Segundo explica, durante a infância, os pais (ou criadores) da criança precisam lhe dar atenção e reconhecimento. Aos poucos, esses “modelos” vão contando à criança quem ela é e dando-lhe parâmetros. Assim, ela desenvolverá sua autoimagem e, consequentemente, seu amor próprio.
“Um exemplo é quando o indivíduo se olha no espelho pensa: “Puxa! Como meu cabelo está feio! Este tipo de pensamento mina sua autoestima. Mas, e se o indivíduo pensar, da seguinte maneira, ao olhar-se no espelho: “Bom, se eu arrumar meu cabelo desta forma, eu fico bem”? Os efeitos em relação à autoestima serão melhores. A imagem no espelho será a mesma, mas os pensamentos mudarão. O indivíduo está vendo uma imagem real, porém com uma solução para o que poderia se tornar um problema trazendo a baixa autoestima”, exemplifica.
Malefício da baixa estima
A psicóloga Marta Ribeiro explica que a falta de autoestima pode reduzir as chances de uma pessoa ter um relacionamento amoroso, de conseguir uma promoção no trabalho, de sair-se bem nos trabalhos escolares, etc.
“Pois a falta de autoestima pode inibir a pró-atividade, a iniciativa ou, até mesmo, avanços e progressos naturais. Quando o indivíduo rejeita partes de si mesmo, danifica, de forma significativa, as estruturas psicológicas que o mantém literalmente vivo” ressaltou.
A autorejeição e o autojulgamento provocam enorme sofrimento. O indivíduo ergue barreiras de defesa, tais como: culpa, fúria, perfeccionismo, também há casos que se vangloriam, inventam desculpas para tais atos, ou até mesmo recorrem a drogas lícitas, como o álcool, e às ilícitas, como drogas destrutivas. Nestas circunstâncias, percebe-se a necessidade de procurar ajuda de um profissional de psicologia, pois o indivíduo não tem percepção de quão profundo é seu problema de autoestima. E com a ajuda de um profissional adequado (psicólogo), ele poderá evitar as armadilhas que caracterizam a baixa autoestima, tais como: a insegurança, a inadaptação, o perfeccionismo, as dúvidas, as incertezas, a falta de confiança na sua capacidade, o medo de errar, a busca incessante de reconhecimento e de aprovação, entre outros.