Opinião

Artigos 11393

O BRASIL DE SEMPRE

J.A.Puppio*

Como início dessa análise, vamos apenas atualizar algumas poucas passagens que o povo brasileiro teve que enfrentar nos últimos 40 anos no Brasil, é possível compreender a decaída constante do nosso país. Em 1980, que não faz tanto tempo assim, nosso país tinha dois milhões de desempregados, mas, no final do último governo, quando a pandemia ainda não havia chegado, nós já contabilizávamos 15 milhões de desempregados. Mesmo em uma região do mundo que não há grandes desastres naturais, como tsunamis e terremotos, a falta de oportunidade no mercado e o desemprego são preocupantes.

Somente podemos estabelecer qualquer tipo de comparação com algum país que seja bem mais decente que o nosso. Não podemos nos comparar a nações que vivem do narcotráfico, como Colômbia, México e outras da América Central. Também não podemos nos comparar àquelas que se sustentam de auxílios, como Bolívia, Equador e outros que vivem em regime de ditadura, igual a Venezuela. Contudo, a lógica nos leva a nos compararmos aos EUA.

Vejamos o sistema bancário americano. Os bancos pagam juros para o aplicador de 2% ao ano, mas somente cobram do emprestador ou tomador de empréstimo entre 3% a 3,5% no período de 12 meses. Então, se comparado ao nosso sistema que paga ao aplicador 2% anualmente e ao tomador do empréstimo 8% ao mês, ou seja, 96% ao ano, ficaremos altamente indignados e com a convicção de que não existe no mundo um absurdo igual.

Portanto, o que podemos esperar dos nossos políticos? É notável que há um empobrecimento em nossa população e de uma forma extrema. Os deputados, senadores e demais participantes do supremo ganham aproximadamente R$ 900.000,00 por mês, mas, o professor que estudou, prestou concurso e está em constante atualização, ganha cerca de R$ 3.000,00 mensalmente. Veja, cada 30 dias trabalhados dos políticos é equivalente a 300 meses de um educador ou 692 de um trabalhador que exerce uma atividade comum.

Dentro desse contexto, de uma despreocupação dos políticos com os brasileiros desempregados e que não tem o que comer, podemos esperar a pandemia do desemprego e, com ela, a pandemia da fome e, por último, a pandemia dos assaltos e roubos de uma população empobrecida. Então, o nosso maior medo é ver o Brasil derrotado e os políticos corruptos de sempre, saindo novamente vitoriosos.

*Empresário, diretor presidente da Air Safety e autor do livro “Impossível é o que não se tentou”

GUERRA SEM BOMBAS  

Marlene de Andrade* 

Os céus e a terra passarão, mas as minhas palavras jamais passarão. (Mateus 24:35

Quanta confusão esta guerra biológica tem trazido ao mundo inteiro, pois uns dizem que a pessoa falece, por exemplo, de infarto e sai no atestado de óbito Covid-19. Outros afirmam que o tratamento precoce é a melhor escolha e há os  que não concordam com esse protocolo.  

Dr. Drauzio Varella em 30 de janeiro de 2020, há exatamente um ano, afirmou que esse vírus era só um “resfriadinho” e muita gente foi na onda dele, inclusive médicos. Quando ele viu que o vírus era maligno, afirmou tudo ao contrário. Esse vídeo gravado pelo Dr. Drauzio, praticamente, já sumiu da internet e por isso está difícil encontrá-lo, visto que o mesmo foi removido de quase todas as plataformas. 

Nesse dia, citado acima, ele afirmou que o coronavírus, com certeza, iria chegar aqui no Brasil, quando então declarou que continuaria a andar nas ruas, pois àquela altura, ele entendia que não se justificava qualquer mudança nos hábitos. Como se vê, Dr. Drauzio deixou claro, que o coronavírus provocava somente um “resfriadinho”.  

Que guerra e quanta confusão estamos enfrentando, porém, há que ficar bem esclarecido, o seguinte: esse equívoco do Dr. Drauzio é totalmente compreensivo. Àquela altura ninguém sabia nada acerca desse monstro virótico.   

É bom sabermos que existe uma diferença entre resfriado e gripe. No resfriado, os sintomas parecem com gripe, todavia são quadros clínicos totalmente diferentes, pois os sinais e sintomas são muito mais brandos e duram menos tempo, no máximo três a quatro dias,  cursando com congestão nasal, coriza, tosse, dor no corpo e, às vezes, dor de garganta, ou leve ocorrência de febre. 

Por seu turno, a gripe dura, geralmente de cinco a sete dias, e os sintomas são mais intensos com febre alta, mal-estar geral, dor generalizada, tosse com secreção catarral, muita fadiga, calafrios, desidratação, perda de apetite, náuseas, dor de cabeça, dificuldade para se levantar da cama e, entre outros, aumento dos gânglios. Na gripe pode ser desencadeada pneumonia, sinusite e dores nas articulações. 

Coronavírus não é “resfriadinho” e tem tirado a vida de muitas pessoas. Que doença traiçoeira e sem protocolo padrão! Uns defendem a vacina, outros não, e há aqueles que não aceitam a cloroquina. Há médicos que não acreditam em ivermectina, anita e a confusão, de fato, está generalizada. 

*Médica Especialista em Medicina do Trabalho/ANAMT-AMB- CFM 

Técnica de Segurança do Trabalho – SENAI/IEL 

CRM-RR/339 RQE-431

 

A CRISE É O MOMENTO

Afonso Rodrigues de Oliveira*

“Os pontos culminantes na vida dos bem-sucedidos geralmente chegam no momento de alguma crise, através da qual são apresentados ao seu outro eu.” (Napoleon Hill)

Seria bom se não víssemos as crises como um desastre, mas como uma indicação de mudanças. O problema é que nunca estamos preparados, nem para as crises nem para as mudanças. Ainda não aprendemos a pensar no futuro.  Se não pensamos nele, não pensamos em mudar. Administradores públicos nem sempre são devidamente preparados para administrar. Assim como nós que ingenuamente nos julgamos cidadãos, não estamos preparados para eleger os administradores. E quando a crise chega, eles não sabem o que fazer. Aí recorrem ao que realmente sabem fazer: sumir com os recursos que deveriam ser usados para administrar a crise.

Vamos parar de chorar e reclamar. Vamos nos preparar para a próxima crise. Porque quando ela chegar, o corona ainda estará atormentando os que não se vacinaram. Vamos procurar aprender com os horrores que o vírus está nos trazendo. Porque todos os outros anteriores fizeram a mesma coisa. O problema é que não aprendemos com eles. Assim como não vamos aprender com este. Ou acordamos ou continuaremos vítimas do nosso despreparo. Então vamos nos preparar para o futuro. Sem nos esquecermos de que cada um de nós é responsável pelo seu futuro. E o futuro de cada um deve estar concentrado no futuro dos seus descendentes. São seus filhos, netos, bisnetos, e descendentes deles que vão viver o mundo que você está criando hoje.

Que é preocupante é. Mas vamos prestar mais atenção. Dale Carnegie nos dá o recado: “Em todas as ocasiões, mantenha a mente aberta para a mudança. Receba-a de braços abertos. Corteja-a. somente através do exame e reexame de suas ações e idéias você poderá evoluir.” Se não nos prepararmos para as crises elas sempre nos matarão. Porque podemos estar morrendo na permanência do atraso. Vamos encarar a crise com inteligência, harmonia e muita coragem. Nada de ceder ao desespero. Vamos cuidar da nossa educação. Porque sem ela não seremos mais do que meras vítimas de nós mesmos.

Mantenha sua mente aber
ta, sempre. Não deixe que nada nem ninguém, dirija sua vida. Mas você tem que estar preparado para as crises que virão no futuro. Não perca seu tempo com críticas nem arrufos. Tudo que está errado na ineficiência das administrações públicas é resultado do nosso despreparo para sermos cidadãos de fato e de direito. Faça sua parte independentemente da sua condição social, intelectual, ou seja, lá o que for. O importante é que você se saiba e sinta-se dono de você mesmo ou mesma. Pense nisso.

*Articulista

E-mail: [email protected]

95-99121-1460