Opinião

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A PANDEMIA E O APOCALIPSE

Dolane Patricia*

Ailton Ribeiro**

Desde que surgiu, na China ainda em 2019, o novo Corona-vírus tem se espalhado pelo Planeta. Todos os dias, milhares de pessoas ao redor do mundo, são surpreendidas com novas descobertas daquele que viria a ser um dos mais temidos vírus da história da humanidade.

Milhões de pessoas estão isoladas em suas casas. Escolas e igrejas igualmente fechadas. Um cenário que jamais poderia ter sido retratado em uma tela de cinema.

Na verdade, nenhum filme seria capaz de demonstrar o cenário vivido hoje pelas pessoas infectadas pelo Corona-virus.

Países como Inglaterra, Itália, Espanha, Estados Unidos e o Brasil, dentre outros, travam uma luta incessante diante de um inimigo invisível que desafia a ciência e a sociedade como um todo. A vida e o mundo inteiro foram condicionados por essa nova pandemia. Será que a humanidade está se aproximando do fim de sua existência?

Com a chegada do novo vírus, começaram a surgir diversas especulações sobre o livro do apocalipse, o último livro da Bíblia dos cristãos. Agravado por uma série de catástrofes naturais que assolaram o mundo no início do ano 2020, muitos têm questionado se, de fato, estamos vivendo os dias das profecias do apocalipse.

Antes de qualquer ponderação, é bom confirmar a verdade de que o livro do apocalipse não é um livro místico, tenebroso ou que foi escrito para provocar pânico e temor nas pessoas. Embora use linguagem profética e uma simbologia que aponta para o fim de todas as coisas, o livro de apocalipse é uma revelação de esperança, para anunciar ao mundo as coisas que em breve deverão acontecer (Ap 1:1). Também anuncia a proximidade da tão aguardada 2ª vinda de Jesus a este mundo e o consequente início da vida eterna prometida por ele.

O que a Bíblia diz sobre algumas questões levantadas por pessoas do mundo inteiro nos últimos dias: Primeiro, o covid-19 é um sinal do fim e do apocalipse?

Na verdade, o livro do apocalipse não fala do covid-19 especificamente. Embora epidemias façam parte de um cenário profético do fim e faz parte do conjunto de sinais que Jesus apontou como anunciadores da vinda de seu reino e do fim de todas as coisas. Assim como terremotos, guerras, fome, maldade, falsos profetas, enchentes etc. as pestilências e epidemias figuram sim como um dos sinais do fim e da 2ª vinda de Jesus. Como está escrito no livro de Lucas 21:11 “Haverá grandes terremotos, fomes e epidemias em vários lugares, e acontecimentos terríveis e grandes sinais provenientes do céu”.

Importa mencionar ainda o segundo questionamento: Porque Deus não evitou essa pandemia, Ele não é todo poderoso?

Há uma tendência natural de o ser humano culpar a Deus pelas calamidades humanas. Muitas pessoas adeptas de filosofias ateístas (não crê na existência de Deus) e deístas (crê que Deus existe e criou o mundo, mas o abandonou à sua própria sorte), tendem a atribuir as mazelas do mundo à autoria de Deus. Mas, partindo do pressuposto de que o vírus do covid-19 tenha sido transmitido a partir do consumo da carne de morcegos, entendemos que a responsabilidade da pandemia é mais humana que divina.

No livro de Levíticos 11:19, Deus advertiu acerca do consumo de vários animais que são imundos, ou seja, impróprios para o consumo e saúde humanos. Não é de se admirar que o morcego faz parte dessa lista. O povo de Deus ao longo da história se manteve livre de diversas doenças por se abster desses alimentos prejudiciais à saúde. Em outras palavras, Deus é soberano sobre o universo, mas respeita a liberdade de suas criaturas. Daquilo que o homem planta isso colherá.

Além disso, existe mais um questionamento que ainda precisa ser respondido: Fechar as igrejas seria falta de fé? Deus não protegeria os seus filhos?

Ocorre que há uma diferença clara entre fé e presunção. Fé é acreditar que Deus pode realizar coisas naturais e sobre naturais dentro de acordo com a sua vontade. Presunção é testar ou tentar a Deus com pressuposição incrédula para ver se ele age ou não. Nesse sentido, fechar as igrejas por recomendação das autoridades civis e os órgãos de saúde nosso país não é falta de fé, é sensatez.

É prudente seguir as recomendações sim, pois a igreja está sujeita às autoridades (Romanos 13:1), desde que suas imposições não afetem a consciência e os seus princípios religiosos. Por outro lado, a fé pode ser mantida através da comunhão com Deus, da oração, do estudo da palavra e da busca pessoal pela presença do Espirito Santo de Deus até que esse período de isolamento social passe.É preciso preservar a fé, nesse momento dramático da historia da humanidade.

No entanto, diante de um quadro tão dantesco, a humanidade pode ser inclusive surpreendida por um vilão ainda mais avassalador: A crise econômica mundial gerada pelo isolamento. Profecias se cumprindo diante dos nossos próprios olhos. Terremotos, filhos contra pais, pais contra filhos, crimes bárbaros sendo cometidos no seio da família, por não conseguirem viver juntos por um período mais longo de tempo.

A Oxfam, entidade de sociedade civil que atua em 90 países com campanhas, programas e ajuda humanitária, revelou que o corona vírus pode levar 500 milhões para a pobreza se medidas emergenciais não forem tomadas. Ricos cada vez mais ricos e pobres cada vez mais pobres, a tecnologia se multiplicando e o amor esfriando de quase todos.

Sendo assim, qual esperança podemos ter quanto ao futuro? Do ponto de vista bíblico, a esperança que a palavra de Deus nos traz é a de que Deus tem tudo sob controle. Nada escapa ao crivo do todo poderoso. Tanto o passado, presente quanto o futuro estão debaixo do poder e da supervisão divina. Ele deixou a seguinte promessa para cada um de nós: “Não se perturbe o coração de vocês. Creiam em Deus; creiam também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu lhes teria dito. Vou preparar-lhes lugar. E quando eu for e lhes preparar lugar, voltarei e os levarei para mim, para que onde eu estou, vocês estejam também.” João 14:1-3.

Deus criará um novo céu e uma nova terra onde morte, dor, doença e sofrimento não mais existirão. Essa é a maior esperança para todo aquele que acredita.

Por outro lado, há uma esperança terrena de que dias melhores virão. Há uma esperança de que vacinas em fase de pesquisa e teste possam ser eficazes; há uma esperança que a curva de contaminação logo comece a decrescer e as rotinas do dia a dia voltem ao normal; há uma esperança de que em pouco tempo a população esteja imune ao vírus e possa vencê-lo; há uma esperança de que o amanhã será melhor do que hoje, porque a esperança sempre se renova.

Sendo assim, qual esperança podemos ter quanto ao futuro? A esperança que a palavra de Deus nos traz é a de que Deus tem tudo sob controle. Nada escapa ao crivo do todo poderoso. Tanto o passado, presente quanto o futuro estão debaixo do poder e da supervisão divina. Ele deixou a seguinte promessa para cada um de nós: “Não se perturbe o coração de vocês. Creiam em Deus; creiam também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu lhes teria dito. Vou preparar-lhes lugar.

E quando eu for e lhes preparar lugar, voltarei e os levarei para mim, para que onde eu estou, vocês estejam também.” João 14:1-3. Deus criará um novo céu e uma nova terra onde morte, dor, doença e sofrimento não mais existirão. Essa é a maior esperança para todo aquele que crê.

A vida no Planeta Terra não terminará por um declínio ecológico. A Terra só será definitivamente destruída pela vinda do Filho do Homem.

Será como descrito no livro do
Apocalipse, parafraseado na letra da canção de Nadson Portugal:

“Eu quero agora cantar, um hino de louvor. Um hino que fale, do dia final. Quando a natureza em terrível comoção, anunciar que é chegado o dia do Senhor. Quero lhe dizer que o caminho aberto está. Que já posso ouvir, os passos de um Deus que se aproxima!”

*Advogada, juíza Arbitral, Coach, Analista de Sistemas, Apresentadora de TV, Escritora, Mestre em Desenvolvimento Regional da Amazônia, Pós Graduada em Direito Processual Civil, Pós Graduada em Direito de Família, Personalidade Brasileira e Personalidade da Amazônia. #dolanepatricia. Baixe o Aplicativo Dolane Patricia.

**Teólogo, escritor, Bacharel e Mestre em teologia pelo Seminário Adventista Latino Americano de Teologia. Pastor da Igreja Adventista do Sétimo Dia, Distrito Central, Boa vista-RR. Email: ailtonartur87@gmail

VOCÊ SABE COMO REGULARIZAR O “PUXADINHO” CONSTRUÍDO NA LAJE?

Sabrina Torezani da Fonseca Gava*

Em nosso país, é muito comum, por exemplo, os pais cederem a laje de suas casas para que os filhos construam o famoso “puxadinho”.

O direito de laje foi criado para regularizar tais construções.

Como se sabe essa prática é bem antiga em nosso país, mas apenas em 2017 foi editada a Lei nº 13.465/17, a qual reconheceu o direito de laje.

Dessa forma, o direito de laje é quando o proprietário de um bem cede de forma onerosa ou por meio de doação, a outra pessoa (que pode ser parente ou não), o direito de construir na superfície de sua casa. Essa construção pode ser na parte inferior ou superior de sua construção base.

Ocorre que, se essa construção não estiver devidamente regularizada, o terceiro que construiu  esta nova habitação pode perder o seu “puxadinho”.

Para se regularizar esta construção é necessário atender alguns requisitos, quais sejam:

– O imóvel que foi cedido pelo proprietário deve estar devidamente regularizado e registrado no Cartório de Registro de Imóveis;

– Esta construção deverá ser  averbado na certidão do imóvel;

– A construção deve ser regularizado na Prefeitura;

– As entradas das construções devem ser autônomas.

Dessa forma, estando o “puxadinho” devidamente regularizado, criam-se duas unidades autônomas no mesmo terreno.

É muito importante mencionar, que caso você tenha interesse em regularizar esta construção, você deve pedir orientação ao seu advogado de confiança, para que ele analise a melhor forma de realizar a regularização.

Gostou do post? Marque aqui embaixo um amigo que possa estar precisando ter acesso a esta informação.

*Advogada cível especialista em Direito Imobiliário e Contratos. Conselheira Estadual da OAB/ES. Membro da Comissão de Direito do Consumidor da OAB/ES. Sócia do escritório Oleare e Torezani Advocacia e Consultoria (www.oleareetorezani.com.br), contato: [email protected].

POR QUE NÃO EDUCAMOS?

Afonso Rodrigues de Oliveira*

“No Brasil só há um problema nacional: a educação do povo.” (Miguel Couto)

Recentemente assisti a um programa famoso e respeitado, pela televisão. A entrevistada era uma vereadora recém-eleita para a Câmara Municipal de São Paulo. É uma mulher negra, e maravilhosamente instruída. O que me preocupou foi que durante quase todo o programa ela só falou sobre a negritude. Sempre inflamada, ela quase gritava contra a discriminação racial, o preconceito, e coisas análogas. Realmente preocupei-me.

Enquanto assistia ao programa lembrei-me de lembrar à Vereadora, para ela ler o Bob Marley: “Enquanto a cor da pele for mais importante do que o brilho dos olhos haverá guerra.” Acho que estamos exagerando nessa batalha vazia sobre o preconceito. A coisa está se tornando perigosa. Já não podemos mais brincar com uma pessoa negra, chamando-a de negra.  Isso enquanto ela defende rigorosamente a sua cor negra. E por que ela se aborrece quando a chamam de negar? Não dá pra eu entender. Eu tenho uma neta negra que eu adoro. Adoro-a e a amo tanto quanto às netas de cor branca. Talvez por isso eu não entenda a tolice da discriminação. Como não entendo, por que uma pessoa negra se aborrece quando a chamam de negra. O que indica que é ela que está discriminando.

Outra arenga que me deixa fora de foco é a luta da mulher pela igualdade. Nunca entendi o que há de inferior numa mulher. Elas se preocupam com o número de mulheres que não conseguiram se eleger nas eleições. E a preocupação as impede de analisar quantos homens também não conseguiram. O que me parece uma igualdade. Pensando nisso pensei no risco que corremos se essa luta sem sentido continuar por longa estrada. Porque se elas, as mulheres, alcançarem a superioridade, que certamente virá depois da igualdade, e antes do próximo dilúvio, voltaremos à era das Amazonas. Já pensou nisso?

Vamos nos educar para que vivamos civilizadamente num mundo civilizado. Já lhe falei várias vezes que quem luta pela igualdade é porque se sente inferior. Vamos pisar no breque e nos dar o valor que realmente temos, independentemente da cor da nossa pele, do estilo do nosso cabelo, ou coisa assim. Quando sabemos o que realmente somos, somos o que somos. O que indica que quem nos dá o valor que merecemos, somos nós mesmos. Nossa felicidade está no valor que nos damos. Enquanto você continuar lutando por uma coisa que está em você mesmo ou mesma, nunca a alcançará.

Procure o exemplo nas lições das mulheres negras que marcaram a historia do mundo com sua superioridade como mulher, independentemente da cor da sua pele. Pense nisso.

*Articulista

[email protected]

95-99121-1460