Bom dia,
Hoje é quarta-feira (03.02). Pois é, o Brasil que se desenha neste limiar de ano, e de década, é um país de memória curtíssima, e que parece estar jogando no lixo da história, experiências terríveis que aconteceram faz menos de uma década. É um país que nunca teve sua maior estatal entregue a uma quadrilha, que quase a levou a falência; ou que teve desviado de seu maior banco de desenvolvimento bilhões de reais para financiar obras em país governados por ditadores ao redor do mundo, dinheiro que nunca voltou ou voltará aos cofres públicos de onde saíram. É um país onde nunca foi descoberto apartamento com mais de R$ 50 milhões escondidos, desviados que foram dos cofres púbicos. É igualmente um país, onde nunca se viu um assessor presidencial sair correndo de um restaurante com uma mala cheia de dinheiro para entregar ao chefe.
O Brasil do limiar deste ano; e desta década, a terceira do Século XXI; é um país onde a sangria desatada por descoberta de corrupção e de corruptos, está finalmente, estancada. Os agentes públicos e políticos descobertos com a mão na massa, roubando o dinheiro público, voltam lampeiros comandando a República, como se nada houvessem feitos. O ambiente de um aparente reencontro do país com a dignidade e a decência no trato da coisa pública, e que parecia ter forte apoio popular virou coisa do passado, e os heróis de ontem viraram os vilões de hoje. Toneladas de evidências, confissões e provas são consideradas hoje, frutos de uma armação para atingir objetivos meramente políticos e eleitorais. É assim, que caminha nossa amada Pátria.
CONVIDADO
Adversários do atual governo brasileiro vibram com a vitória do democrata Joe Biden, que desalojou da Casa Branca, o conservador republicano Donald Trump. Imaginavam que o novo presidente estadunidense enquadraria Jair Bolsonaro e sua política ambiental. Pois bem, Jen Psaki, a porta-voz do presidente Joe Biden, foi indagada por jornalistas se o presidente brasileiro seria convidado a participar do encontro de cúpula que será realizado em Washington, no próximo mês de abril. “Claro, o Brasil é um parceiro indispensável. Não se pode falar em política ambiental mundial sem contar com a parceria daquele país”, respondeu Jen Psaki. E alguém duvida disso?
SÓ AGORA
A realização de um evento pela ex-prefeita Teresa Surita (MDB), Natal da Paz 2020, em 19 de dezembro passado, foi na época objeto de muitas críticas por promover a aglomeração desnecessária de pessoas em plena pandemia. Pois bem, agora se sabe que o referido evento foi realizado sem a necessária Licença Ambiental. Tanto que a Autorização Especial Nº 098/2020, só foi publicada no Diário Oficial do Município (DOM) de Nº 5304, de 29.01.2021, já na administração do atual prefeito Arthur Henrique (MDB). Será que esqueceram de mandar publicar na época, ou estão corrigindo erros e omissões.
CASA CIVIL
Depois de ser cotado para assumir a função de diretor-geral da Assembleia Legislativa do Estado (ALE), a convite do presidente Soldado Sampaio, o ex-governador Flamarion Portela (PDT), foi convidado pelo governador Antônio Denárium (sem partido) para ocupar a Chefia da Casa Civil do Palácio Senador Hélio Campos. O movimento de Denárium ao levar um político, experiente e respeitado, para atuar na coordenação política de seu governo é visto por analistas, como sinal de que já está trabalhando para ampliar o arco político/partidário que irá sustentar sua candidatura à reeleição em 2022. A eleição do deputado estadual Soldado Sampaio (PC do B) para presidir a ALE-RR é outro passo nesta direção.
RESPEITOSA
Muita gente tem elogiado o comportamento cordial e elegante com que o novo presidente da ALE-RR, Soldado Sampaio tem tratado o ex-presidente daquela instituição, o deputado estadual Jálser Renier (Solidariedade). Sampaio, segundo fontes ouvidas pela Parabólica, tem inclusive freado o ânimo de vendeta de alguns colegas que antes eram parceiros muito próximos de Jálser Renier. A Coluna conta o fato, mas não revela o nome dos protagonistas.
CLAREZA
O Tribunal de Contas do Estado (TCE) e o Ministério Público do Estado (MPE) deveriam exigir mais clareza dos órgãos públicos na publicação de extratos de contratos, ou de aditivos a contratos firmados com administração pública. Muitos não definem com objetividade os objetos contratados e sequer trazem o valor contratado. A redação é feita, ao que parece, para despistar a atenção dos órgãos de controle e da imprensa. Um desses casos, é o Extrato de Termo Aditivo, relativo ao processo nº 332/2018/SMEC, assinado no dia 31 de dezembro de 2º2º, mas só agora publicado no Diário Oficial do Município. É o quarto termo aditivo do contrato.