Bom dia,
Hoje é segunda-feira (08.02). Estamos iniciando mais uma semana com a angustia de sempre. Além das enrascadas que o Brasil tem enfrentado para conseguir aumentar a oferta de vacinas para imunizar a população, agora vem esta história sobre a possibilidade de que as vacinas atualmente disponíveis no mercado não tenham eficácia contra as novas cepas da Covid19. Nos dois casos, tudo por conta de deixar a ciência e os cientistas à margem, quando se trata de avaliar a gravidade da pandemia e a definição das armas para combatê-la. Foi por conta disso que o governo federal demorou tanto a aceitar comprar vacinas para imunizar a população; e também essa história de nova cepa da Covid19 resistente a vacinas, que não foi dita por qualquer cientista, só aumenta a angústia dos que querem verdadeiramente voltar a viver normalmente.
Ninguém mais suporta viver se escondendo do vírus, prova disso é a resistência que a população demonstra de ficar em casa, ou mesmo utilizar a incômoda máscara protetora. No fundo, esta vida de contar os mortos e infectados quando vai dormir, e amanhecer procurando saber das mesmas trágicas estatísticas, ou se alguma nova cepa da Covid19 vai infectar e matar mais gente naquele dia, é cada dia mais insuportável. Estamos nesta vida, faz mais de um ano, sem enxergar uma saída mais próxima. Na verdade, o que queremos é voltar à normalidade de nossas vidas: acordar toda manhã fazendo planos para o futuro e aproveitar o dia para realizar nossos sonhos mais acalentados.
EMERGENCIAL 1
De repente, não mais que de repente, até Paulo Guedes, o poderoso e liberal ministro da Economia, decide falar na volta do Auxílio Emergencial para a parte mais pobre da população tupiniquim. Ele, e sua equipe, haviam dito ainda em dezembro do ano passado, e repetiram a mesma coisa em janeiro último, que não havia mais necessidade, e nem possibilidade de continuar o programa em 2021, entre outras coisas, pela inexistência de recursos para financiá-lo. Nem mesmo a evidente onda de reinfecção da Covid19, pareceu suficiente para amolecer o coração da equipe econômica de Jair Bolsonaro.
EMERGENCIAL 2
Bastou que os deputados federais e os senadores elegessem dois aliados do presidente Jair Bolsonaro para comandar a Câmara dos Deputados (Arthur Lira) e o Senado Federal (Rodrigo Pacheco) para que o governo mudasse o discurso. Ao lado deles, um constrangido Paulo Guedes disse que é possível voltar o Auxílio Emergencial desde que seja reduzido pela metade o número de beneficiários. Depois disso, todos estão falando; e pedindo, a volta do programa; incluindo parlamentares, prefeitos e governadores.
EMERGENCIAL 3
Não há mais dúvida de que o Auxílio Emergencial voltará, por proposição do governo e ampla aprovação do Congresso Nacional. A Parabólica até arrisca o palpite de que o valor a ser atribuído ao auxilia deverá ser de no mínimo de 200 reais, e no máximo 300 reais. Além de marcar pontos na popularidade do governo, a volta do Auxílio Emergencial, vai com certeza, ser utilizado pela militância bolsonarista para desgastar politicamente o ex-presidente da Câmara Federal, o deputado federal carioca Rodrigo Maia (DEM), o mais novo desafeto do presidente Jair Bolsonaro.
BUROCRATA
Um comentário feito aqui na Parabólica, na última sexta-feira, sobre a natureza burocrática das atividades de elaboração e acompanhamento do orçamento estadual gerou um descontentamento do ex-secretário de Planejamento, Diego Prandino. Na verdade, a afirmação foi feita com base na rigidez orçamentária, uma vez que quase todas as despesas constantes na Lei Orçamentária Anual (LOA) do estado não são discricionárias, o que impede a destinação de verbas mais significativa para investimentos, o que pode mudar definitiva, e estruturalmente, a realidade do estado. Em tempo: Diego Prandino, como secretário, deu importantes contribuições para a prática orçamentária estadual, dentre elas a explicitação do déficit primário anual do estado e a tentativa de dar mais transparência aos gastos e receitas estaduais.
RÁPIDAS
Em entrevista à Rádio Folha FM 100.3, ao programa Agenda da Semana, ontem, domingo, o novo secretário estadual de Agricultura, Aluísio Nascimento, disse que apesar de seguir as linhas gerais da política do secretário anterior, Emerson Baú, ainda não é possível deixar de dar auxílio aos pequenos agricultores. ### Aluísio Nascimento disse ainda que a safra 2021, de soja e de milho, será recorde no estado, podendo atingir conjuntamente algo em torno de 82.000ha. Somas as outras culturas, a área plantada em Roraima este ano pode chegar a 100.000ha. ### Já o ex-governador Flamarion Portela (PDT), que assumiu a chefia da Casa Civil do governo do estado esta semana, diz não ter dúvida de que o governo de Antônio Denárium (sem partido) vai ter seu trabalho reconhecido pela população muito brevemente. ### Flamarion disse ainda que brevemente, talvez no próximo dia 22.02, o governador do estado deve assinar um decreto estabelecendo as principais linhas da governança do estado, com alcance de todas as atividades da administração estadual. ### Até amanhã.