Bom dia,
Hoje é sexta-feira (12.02). Quando assumiu o ministério do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse acertadamente que a poluição mais grave a ser enfrentada pelo Brasil era aquela proveniente das áreas e atividades urbanas. De fato, tem razão o atual ministro, afinal o Brasil é eminentemente urbano, com quase 90% das pessoas vivendo em cidades de todos os portes. E o pior é que o percentual do lixo reciclado é muito baixo no país, fazendo com que a quase totalidade do lixo produzido seja jogada em lixões, ou em mananciais d’água, cada dia com a sustentabilidade comprometida. O problema requer um esforça bem maior do que reduzir o desmatamento da Amazônia.
O caso de Roraima é exemplar. Com 15 municípios, inclusive o que abriga a Capital do estado, e com num total de nucleamentos que ultrapassa a 50 centros urbanos, Roraima joga em lixões quase todo o lixo produzido por aqui. Nenhuma das 15 capitais dos municípios roraimense dispõe de aterro sanitário, o que torna o estado o mais atrasado dentre todas as unidades da federação em termos de destinação dos resíduos sólidos. Boa Vista, que os administradores cantam aos quaro ventos que é uma cidade moderna, mantém um grande lixão, que desafiou a última administração municipal, sem que qualquer providência tenha adotada para a construção de um aterro sanitário. Embora tenha sido paga uma montanha de dinheiro para coletar lixo urbano e jogar no lixão.
VIOLÊNCIA 1
Três venezuelanos foram assassinados em Boa Vista em 24 horas. Esse tipo de homicídio vem se tornando uma rotina sem que as autoridades policiais adotem uma política de enfrentamento contra o ingresso de migrantes que atravessam a fronteira já intencionados a cometer todo tipo de crimes, envolvendo assassinato, roubas e tráfico de droga. A entrada desses meliantes, que quase sempre passam a integrar grupos do crime organizado, só compromete a percepção da população roraimense sobre o migrante venezuelano, que é composto em sua esmagadora maioria de gente de bem, que vem para cá em busca de uma vida melhor.
VIOLÊNCIA 2
O enfrentamento aos meliantes venezuelanos que atravessam a fronteira rumo a Roraima não é tarefa apenas para o aparato policial estadual. Na verdade, a Polícia Federal, o Exército Brasileiro, a Justiça Federal e a Defensoria Pública Federal, cada um no seu campo de atribuição poderiam evitar a entrada desses bandidos, de um lado, e de outro estabelecer um rito simplificado de extraditar aqueles flagrados no cometimento de crimes graves. Isso evitaria que nossos presídios lotassem de migrantes criminosos, que já ocupam cerca de 30% da população carcerária do estado.
DOSE EXTRA
A notícia de que o Ministério da Saúde teria cortado Roraima do envio de doses extras de vacinas contra a Covid19 trouxe indignação a muita gente por aqui. Muitos reclamaram da falta de prestígio do governo estadual em Brasília, e especialmente, dos parlamentares federais que não teriam forças junto ao governo federal -que quase todos o apoiam invariavelmente-, para evitar que o estado sofresse a discriminação. Pois bem, a Parabólica foi investigar a causa de Roraima não ter recebido uma única dose extra da vacina, e descobriu que nosso estado é o que mais recebeu vacinas até agora, se for levado em consideração a relação entre cada dose e a população roraimense. O governo do estado já recebeu vacinas que dariam para imunizar, com duas doses, 7.80% da população
ÍNDIOS
O que levou o Ministério da Saúde a transferir vacinas em número capaz de imunizar quase 8% da população roraimense foi a inclusão da população indígena no grupo de prioridade de vacinação. Aqui a população indígena representa algo em torno de 13% da população estadual e todos os indígenas devem ser vacinados independentes da idade e da ocupação. Mesmo os indígenas que vivem em Boa Vista, mantém forte ligação com suas comunidades, e para lá se dirigem nos dias de vacinação.
FERIADÃO
Embora quase todos os municípios brasileiros já tenham cancelado o Carnaval deste ano, os políticos teimam em conceder ponto facultativo na sexta-feira e na segunda feira da semana do dos festejos carnavalescos. Isso vai contra, inclusive os apelos das autoridades para que se mantenha o isolamento social. Com certeza, os tais pontos facultativos vão animar muita gente para a aglomeração em bares e também em residências. Se o trabalho fosse mantido, seguramente esses encontros seriam minimizados.