Bom dia,
Hoje é quinta-feira (04.03). Hoje vamos tratar só de temas nacionais, mas que direta ou indiretamente nos atingem. Os brasileiros e as brasileiras acordam sabendo que o Brasil já não está mais entre as dez maiores economia do Mundo. Para ser mais preciso, nosso país é, hoje, a 12ª economia do Planeta, perdendo posição para, entre outros países, a Rússia, que ficou quase reduzida a pó, de ponto de vista econômico, depois do desmonte da antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS),ocorrida no final do Século XX. A perda de duas posições do país, no cotejo do tamanho econômico de sua economia, verificou-se depois do desabamento, mais um, do tamanho do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que foi em 2020 de 4,1%.
Aliás, com mais este sofrível desempenho dos brasileiros e das brasileiras na produção anual de riquezas, os economistas já dizem que estamos diante de mais uma década perdida; e neste sentido, somados aos resultados anuais anteriores, o desempenho do PIB brasileiro é o pior em 120 anos. O Brasil não está encolhendo apenas na medição global da produção de bens e serviço, mas também qualitativamente. Voltamos a ser uma economia primária-exportadora de comodities, com baixíssimo valor agregado, e apesar disso é o único setor que teve desempenho positivo em 2020. Para piorar ainda mais, a maior participação setorial na formação do PIB tupiniquim é o Setor de Serviços, especialmente aquele gerador de empregos com baixa remuneração.
O Brasil vem se industrializando aceleradamente e isso vem sendo dito faz mais de quatro décadas. Mesmo assim, nenhum dos últimos governantes do país foi capaz de estancar essa destruição do setor industrial brasileiros. Ao contrário, quase todos embarcaram cegamente na tal da globalização e internacionalização da economia planetária, sem definir políticas necessárias para preparar o país para enfrentar a acirrada concorrência no mercado globalizado. O mais, e último, evidente sinal da despreocupação dos dirigentes brasileiros para com a indústria nacional foi extinção do Ministério da Indústria e Comércio, hoje reduzido a uma simples secretaria, do Ministério da Economia.
ESPERANÇA 1
Faz tempo que os brasileiros passaram a ser conhecidos por professar uma esperança permanente no futuro. Ainda erámos um país de jovens, com taxas de crescimento populacional sempre altas, e acreditávamos que o potencial de nossos recursos naturais, vegetais e minerais, seriam suficientes para nos dar uma futuro promissor. Hoje somos um país de maduros, do ponto de vista populacional, e mesmo assim vivemos ainda de esperança. Enquanto assistimos, hoje, o país ocupar o primeiro lugar no número de morte de pessoas, diárias, vitimada pela Covid19 -já estamos à frente dos Estados Unidos neste quesito-, estamos vivendo da esperança de que o governo federal vai conseguir vacinas contra o Covid19.
ESPERANÇA 2
Ontem, o Ministério da Saúde divulgou o quadro geral de vacinas já contratadas, e ainda por contratar, para imunizar a população brasileira. Pelas projeções, a projeção é de que a vacinação da maioria dos brasileiros e brasileiras só ocorrerá perto do final deste ano de 2021. Hoje, pouco ultrapassamos os 3% da população vacinada com a primeira dose, e um pouquinho mais de 1% dos vacinados com a duas doses. E ainda assim, estamos vivendo da esperança de que os entendimentos, tardios, do Ministério da Saúde para aquisição das vacinas da União Química (Gamaleya/Sputnik/Russa); Pfizer (BioNTech/EUA); Janssen (Pharmaceutica/Bélgica); e Promega (Moderna/EUA) resultem positivamente. É bom lembrar o que presidente norte-americano Joe Biden já anunciou que a população adulta residente em seu país estará 100% vacinada até o final de maio próximo.
ENREDO 1
Pois é, vamos completar o roteiro daquele julgamento pela 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que mandou arquivar o processo contra quatro parlamentares federais do PP, inclusive, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. Em 2029, a composição da 2ª Turma do STF era assim: Celso de Mello, Ricardo Lewandowski, Edson Fachin; Gilmar Mendes e Carmen Lúcia). Por três votos favoráveis ( Edson Fachin, Carmen Lúcia e Celso de Mello) a 2ª Turma aprovou o seguimento da Ação Penal, que que tornou réus os quatro parlamentares do PP. Se o resultado fosse esse, o deputado federal alagoano Arthur Lira não poderia ser candidato a presidente da Câmara Federal.
ENREDO 2
Os advogados de defesa dos parlamentares recorreram da decisão para a própria 2ª Turma do STF. Na discussão e votação desse recurso, o ministro Gilmar Mendes pediu vistas do processo, o que interrompeu a votação. Ainda no ano passado, 2020, o ministro Celso de Mello pediu aposentadoria, sendo substituído por Cássio Marques, ministro indicado pelo atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Pois bem, constituída a nova composição da Turma, o ministro Gilmar Mendes, depois de mais de um ano, levou a votação a recurso dos advogados dos parlamentares do PP, resultando no arquivamento da denúncia do Ministério Público Federal contra eles. Assim, se conta essa história.