Opinião

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VOCÊS SE TORNARAM ADVERSÁRIOS APÓS A SEPARAÇÃO? ESTÁ TUDO ERRADO!

Flávia Oleare*

Os cônjuges, em um processo judicial litigioso, tornam-se Autor e Réu. Requerente e Requerido.

Pessoas que até dias anteriores compartilhavam o que há de mais precioso e íntimo na existência, tornam-se adversários e brigam como se estivessem em um ringue e como se ilusoriamente pudesse daí sair algum vencedor.

O litígio judicial por si só já é a derrota. Qualquer que seja o resultado, a necessidade de um estranho (o juiz) ter que interferir na vida desta família para ele decidir o que este núcleo familiar precisa fazer já é a mais cruel representação da derrota.

É o aniquilamento da família. Não é a separação que acaba com a família, mas sim, o litígio.

Os conflitos de família envolvem alta carga emocional.

É preciso lembrar que estas pessoas, diferente do que ocorre em outros tipos de conflitos, continuarão se relacionando a vida inteira quando há filhos envolvidos.

Portanto, eles não podem ocupar o lugar de adversários, pois precisam estar do mesmo lado: dos filhos!

A vitória e derrota de quaisquer dos lados – requerente e requerido – é a derrota dos filhos.

Portanto, pensem bem se vale a pena levar as mesquinharias do dia a dia para um litígio judicial que pode ter consequências irremediáveis do aspecto emocional.

Busquem auxílio terapêutico se necessário for.

Mas façam o possível e o impossível para evitar que a separação se transforme um litígio judicial.

Cerquem-se de pessoas e profissionais que tentem ajudar na solução e não potencializar os problemas.

Lembrem, diferente de um processo em que houve uma colisão no trânsito em que você nunca mais vai ver aquela pessoa, em um litígio judicial, quando há filhos, você vai encontrar com o seu “adversário” para o resto da vida. Nos aniversários. Formaturas. Casamento. Aniversários de netos.

Você tem certeza que o melhor para a sua vida e a vida de seus filhos é uma briga eterna?

É este exemplo que você quer dar a seus filhos?

Enfim, este texto não apresenta uma solução mágica, até porque esta não existe.

Precisamos de flexibilidade, tolerância, compreensão, empatia, equilíbrio… portanto, repito: atenção às pessoas e profissionais de quem vocês se cercam neste momento, pois fomentar a beligerância é fácil.

Difícil é tentar ver a situação com o distanciamento que requer e convencer um casal emocionalmente abalado de que um litígio é ruim para todos.

O que você acha sobre este assunto? Deixe sua opinião nos comentários, vou adorar saber.

Se você concorda com este texto, envie para um amigo que pode estar precisando de ler neste momento.

*Advogada cível especialista em Direito de Família e Sucessões e membro da Comissão de Direito e Família e Sucessões e da de Direito de Idosos da OAB/ES. Sócia do escritório Oleare e Torezani Advocacia e Consultoria (www.oleareetorezani.com.br), contato: [email protected]

DIGITALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO E INVESTIMENTOS EM TECNOLOGIA, COMO SERÁ O FUTURO DA EDUCAÇÃO PÓS PANDEMIA?

Raphael Coelho*

Na era da digitalização, a educação foi uma das áreas mais resistentes às facilidades e oportunidades que a tecnologia apresenta. Levou tempo para diretores e coordenadores pedagógicos, assim como professores, entenderem que as gerações atuais não se limitam apenas a sala de aula e buscam fontes complementares para aprendizagem. Vista por muito tempo como ameaça, a tecnologia provou ser uma aliada aos professores e fundamental para a continuidade do desenvolvimento educacional de cada estudante.

Por outro lado, em decorrência do avanço da pandemia mundial, causada pela Covid-19, escolas do mundo inteiro tiveram que se adaptar a uma nova realidade e acelerar o seu processo de digitalização. De acordo com relatório divulgado pela Unesco, aproximadamente 40% de um grupo de 200 países não possuem estruturas para oferecer suporte tecnológico aos alunos durante a pandemia.

No Brasil, esta é uma realidade vivida por 30% da população que não tem acesso à internet, de acordo com levantamento realizado pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic). Além da falta de estrutura e acesso à internet e tecnologia, a falta de investimentos e preparação dos professores dificultam a digitalização no processo educacional brasileiro. Se por um lado, a rede privada utiliza há muito tempo o digital, por outro as escolas públicas estão atrasadas neste contexto e poucos alunos têm acesso a ferramentas educacionais baseadas em tecnologia.

Este cenário também abre uma gama de oportunidades e novidades para o mercado educacional. De aplicativos e games educacionais a tutoria online e em tempo real, empreendedores trabalham para ajudar neste processo de digitalização e oferecer mais qualidade de ensino e desenvolvimento educacional a cada estudante. Podemos mencionar alguns exemplos, como o ensino híbrido conhecido também como blended learning- que vem sendo aplicado nas escolas norte-americanas desde 2012 – e mistura o ensino presencial e remoto e será aliado importante na retomada das aulas em espaço físico, seja na rede pública ou privada. Este formato de aprendizagem vem sendo usado no Brasil desde a metade da última década, por instituições de ensino superior, mas agora o desafio maior será introduzi-lo adequadamente à rotina de estudantes do ensino fundamental e médio.

Outra ferramenta que movimenta o mercado e é pioneira no Brasil, é a tutoria online e em tempo real. Se ao redor do mundo, é utilizada com frequência e ganhou o mercado, por aqui aos poucos vem ganhando aptidão nas escolas. Por meio de tecnologia e aplicativos próprios, estudantes conseguem se conectar a uma grande rede de apoio e tirar dúvidas com professores e/ ou universitários sobr
e matérias específicas e que apresentam maior dificuldade de aprendizagem.

Há muitas novidades em tecnologia para educação que deverão surgir em um curto espaço de tempo, e assim ditar como será o futuro da sala de aula – seja no Brasil ou no mundo – mas, trazendo a discussão para a realidade brasileira, entendemos que há um grande caminho a ser percorrido e explorado. Desde investimentos em estrutura e capacitação de professores a introdução dessas ferramentas em sala de aula, o nosso país precisa aprender muito com as nações de primeiro mundo, como Estados Unidos, Inglaterra e alguns países europeus.

Por fim, podemos entender que mesmo a passos largos essa transformação digital na educação vai acontecer no Brasil e, ao longo do tempo, conseguiremos quebrar as barreiras e ampliar o acesso ao ensino para todos. Além de transformar o mercado, a era da disrupção deve ditar como será a educação no mundo durante e pós-pandemia, que trabalhará pelo progresso de aprendizagem de cada estudante, em tempo integral.

*CEO e fundador do TutorMundi, plataforma de aprendizagem para escolas que conecta alunos do ensino fundamental II e ensino médio a estudantes universitários em tempo integral, e atuou por nove anos como professor de matemática e física. Email: [email protected] – Fone: 11 96664-3309

ESCOLHA A VEREDA CERTA

Afonso Rodrigues de Oliveira*

“A humanidade acha-se numa encruzilhada. Tem que escolher entre a lei da selva e a lei da humanidade”. (Gandhi)

Sempre vivemos numa encruzilhada. A humanidade nunca teve, pelo que vemos nas histórias, momentos de paz. A guerra sempre foi a vereda errada, escolhida pelo ser humano. Ainda não nos tocamos para o fato de que o amor é uma saída dos desesperos. Mas continuamos confundindo amor com derramamento de dádivas. Não há amoroso que não seja confundido com fraco. Falo sério. Sempre que conhecemos alguém que demonstra amor, o vemos com um coitado.

E muitas vezes demonstramos fraqueza no amor. E nem nos damos conta de que isso faz parte do nosso desenvolvimento humano. Você já se atentou para o cadinho que mantemos, tentando fundir os quatro sentimentos que nos mantêm? E mantêm mesmo. O amor é sempre levado na correnteza da confusão. Não há amor maior nem menor. Os sentimentos é que nos confundem. Quando você ama demais está confundindo os sentimentos. E estes geralmente levam à paixão. E esta não é mais do que um desequilíbrio emocional. Simples pra dedéu. E nesse embrulho continuamos presos a sentimentos desequilibrados. E no desequilíbrio da paixão chegamos ao desespero do ciúme. E este não é mais do que um desequilíbrio mental. Uma maneira de querermos preservar e manter o que é nosso. Quando na verdade, no amor não há posse. E este sentimento de posse é alimentado pelo desejo no sexo. Que é outro sentimento confundido. Porque ele é desejo. E um desejo de vida. E que não deve ser confundido.

Você nunca vai ver uma pessoa mentalmente equilibrada e ciumenta. Assim como nunca irá ver uma pessoa ciumenta e mentalmente equilibrada. Vem daí os crimes absurdos cometidos pelo desequilíbrio na união desequilibrada, no amor mantido de maneira desequilibrada. Faça o seguinte: apague as brasas e vamos manter o cadinho frio. Nada de fogo nem quentura. Vamos viver dentro do padrão indicado pela racionalidade. Ou então nunca seremos racionais.

Estamos vencendo mais um mês de um ano que se iniciou quase ontem. É que o tempo está correndo para os que ainda não se atentaram para o desequilíbrio do eixo da Terra. E que vai chegar um momento em que ele, o eixo, vai se nivelar, a Terra vai parar e nós iremos para o espaço. Pronto. Acabou-se o mundo que não soubemos construir. E aí reinicia-se tudo novamente. E não se iluda que você, como eu e todos nós, estaremos de volta. E iremos desfrutar os frutos das mesmas sementes que estamos plantando hoje. Então vamos cuidar das mudanças nos nossos comportamentos. E façamos isso na educação dos nossos filhos. Pense nisso.

*Articulista – Email: [email protected] – Fone: 95-99121-1460