Polícia

Jovem é morto com nove facadas depois de se recusar a dar R$ 10

Durante uma farra de bebida e entorpecente, rapaz levou nove facadas depois que negou dinheiro para dois conhecidos

Por volta de 01h da madrugada desta segunda-feira, Dia de Finados, a Polícia Militar foi acionada para atender a uma ocorrência no bairro Raiar do Sol, zona Oeste, onde o corpo de José Carlos da Silva Lira, de 27 anos, foi encontrado. Os policiais e peritos avaliaram que ele foi morto com nove facadas. A família não quis falar sobre os suspeitos, mas a Polícia Civil já ouviu duas pessoas com quem José estava bebendo na noite de domingo, dia 1º.

O corpo foi encontrado dentro de uma valeta, onde havia muita lama, na Travessa Universo. O crime aconteceu aproximadamente às 22h e o motivo teria sido o fato de o jovem ter negado R$ 10,00 aos dois companheiros de farra para comprar mais drogas. Uma faca artesanal foi usada para cometer o crime. Segundo os policiais, oito perfurações atingiram o pescoço e uma na altura do peito.

Agentes da Delegacia-Geral de Homicídios (DGH) afirmaram que o corpo foi jogado em uma vala localizada em frente ao imóvel onde José e mais dois amigos bebiam. Os acusados do homicídio foram identificados pela polícia. Thassio Leandro Cabral, de 21 anos, e Yuri dos Santos Mesquita, de 20, foram presos por agentes da DGH e Polícia Militar, no mesmo horário em que o corpo foi encontrado, quando as diligências iniciaram. Ambos estavam numa casa no bairro Operário, também na zona Oeste.

Assim que foram presos, os dois acusados confessaram o crime à polícia. A arma utilizada para cometer o crime foi apreendida e encaminhada para a realização da perícia. O caso foi registrado na Central de Flagrantes do 5o DP. Até o final da tarde desta segunda-feira, os dois permaneciam na delegacia, onde novas testemunhas foram ouvidas.

AGRESSIVO – Conforme explicou o irmão da vítima, quando José Carlos bebia, ele se tornava agressivo. “Mas ele era muito calmo. Só quando bebia que ficava alterado. Ele trabalhava no Distrito Industrial fazendo montagem de equipamentos nas indústrias de arroz. Era o único irmão que eu tinha, filho do mesmo pai e da mesma mãe”, disse o irmão Sérgio da Silva Lira.

Na manhã de ontem, por volta das 10h, o corpo foi liberado pelo Instituto de Medicina Legal (IML) aos familiares, que pouco tempo depois de seguir para a funerária foi levado ao cemitério para sepultamento.  “É muito sofrimento. Perdi meu pai em 2007, minha mãe quando eu tinha 01 ano e agora meu irmão. Já vi o corpo assim que encontraram e não quero ver mais”, relatou Sérgio da Silva. (J.B)