Opinião

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As redes sociais e seus males perturbadores

Sebastião Pereira do Nascimento

O uso exagerado de produtos e ferramentas que se caracterizam como elementos da tecnologia digital é uma marca cultural da sociedade contemporânea. Essa cultura ganha mais força ainda, na medida em que a pessoa tem nas redes sociais a possibilidade exacerbada de postar a sua imagem ou acontecimentos como quer que eles realmente fossem, no intuito de que possam causar impacto no outro. Essa impressão “perfeita” ou “certa” que a pessoa passa para as outras, mostra o quanto ela é incapaz de lidar com as modernas tecnologias digitais.

É reconhecidamente universal, que o uso desmedido dessas ferramentas digitais, associadas ao contentamento de prazer a todo custo, pode levar a um declínio social e moral ou até mesmo a uma disfunção patológica, a qual deve ser encarada modernamente como uma doença. E ainda por cima, pode agredir o direito de outras pessoas que optam por não utilizar tais ferramentas, visto que quando um indivíduo não se declina para a utilização desses produtos, tudo é feito para excluí-lo do meio social ou taxá-lo de retrógrado. No gosto da sociedade contemporânea todo o esforço atribuído é para tratar, portanto, de pensar o homem moderno como uma criatura orientada para o consumo e consentir, sem nenhum questionamento, qualquer dispositivo digital disponível no mercado.

Considerando essas manifestações, diante das aliciantes redes sociais, é possível constatarmos as inversões de valores, por exemplo, onde o outro é cada vez mais distante e estranho para nós. E há quem tema que essa tendência possa ser uma causa ainda mais destrutiva socialmente, pelo fato das pessoas não imporem limitações éticas e morais quanto às exposições demasiadas nas redes sociais, muitas vezes postando imagens e comentários sem nenhum compromisso com a verdade e sem julgamento prévio.

O desejo sôfrego da pessoa querer ser o centro das atenções, querer notoriedade social a todo custo, a busca incessante da autopromoção nos meios virtuais, o apego excessivo aos próprios interesses, tudo isso são atitudes de pessoas doentias, que sustentam algo reservado apenas aos sujeitos oligofrênicos – déficit de inteligência composta pela tríade: debilidade, imbecilidade e idiotia.

Isso se torna ainda mais preocupante quando essas pusilanimidades estão associadas ao desprezo pelo outro (levando a um transtorno de personalidade), onde o indivíduo passa desprezar também os valores humanos e simular sentimentos histriônicos, no intuito de conseguir manipular outras pessoas, satisfazendo a cobiça de querer ser o mais belo, o mais perfeito.

Em muitas ocasiões, esse tipo de comportamento, pode ser ainda mais prejudicial à pessoa, quando ela divulga algo e não consegue uma resposta à altura do que esperava, com isso a pessoa pode sofrer uma grande frustração tornando a sua vida angustiante e insuportável. Na realidade, isso evidencia o quanto nós estamos vivendo dissociados dos afetos humanos e amparados pela vaidade extrema, onde cada um visa apenas o seu bel-prazer.

Com isso em mente, é possível afirmar que esses meios de relações virtuais estão convertendo os seres humanos não só em espectadores insensíveis, mas em sujeitos ávidos em se autorrevelar, postando imagens e fatos infundados apenas para a sua satisfação. Onde o sujeito expõe o seu conteúdo virtual da forma em que ele deseja, muitas vezes transformando uma coisa insignificante em algo que para ele é extraordinário. Tornando-se um ser oligofrênico – déficit de inteligência composto pela tríade: debilidade, imbecilidade e idiotia.

Não bastante, essas ações desorientadas tanto causam indignação às pessoas comprometidas com a verdade, como deterioram cada vez mais os valores morais da sociedade, salientando que sem a resistência moral, as pessoas entram em turbulência mental, e consequentemente deixam de fazer as coisas certa, muitas vezes até de forma imperceptível, não raro para satisfação própria.

Assim, as redes sociais, apesar dos muitos benefícios, passam ser também um instrumento virtual perigoso nas mãos de uma massa humana em completo estado de frenesi, que se exime dos atributos morais e passa expor as mais diversas ameaças como aquelas que exprimem conspirações ardilosas, gestos e linguagens toscas, futilidades que agridem o senso humano, os repulsivos abusos sexuais e notícias falsas e ofensivas que revelam o ódio, preconceito, racismo e intolerância.

Ainda sobre as notícias falsas, neste tempo de pandemia, o que a gente mais observa são pessoas desequilibradas disseminando notícias mentirosas, inclusive por parte do próprio mandatário brasileiro e seus comparsas, com intuito de desorientar a população e potencializar o caos.

Portanto, o que assistimos atualmente é a desconstrução dos valores sociais e morais, subestimados por meio dos diversos dispositivos digitais, onde as pessoas conturbadas manifestam seus mais intensos desejos de satisfazer seus próprios apetites, os quais conduzem sempre a um conflito com o meio social em que vive. As pessoas que agem assim, no geral, estão mobilizadas para conseguir algum objetivo sem, contudo, reparar os meios para tal fim.

* Filósofo, Escritor e Consultor Ambiental

Suportemos uns aos outros

Debhora Gondim*

Estava fazendo uma reflexão sobre a vida e me veio um questionamento: “Qual palavra tem marcado a humanidade?” E a resposta que me veio não foi nenhuma qualidade e sim, um defeito, presente até no meio cristão, a intolerância. Esta característica se opõe a palavra tolerância, que vem do latim ‘tolerare’ que significa ‘suportar’.

Não temos sido suporte na vida uns dos outros. Estamos mais preocupados em julgar e condenar do que compreender a história do outro e ajudar a Levantar o caído. Não temos proporcionado o caminho para o arrependimento baseado na Palavra de Deus e na ação do Espírito Santo. A Bíblia em 1 Tessalonicenses 5:14 nos exorta para sermos tolerantes com o próximo, pois nós também temos nossos pecados.

Lembrei que a personificação do amor caminhou entre a humanidade, Jesus, e que nos deixou dois mandamentos principais e, um deles diz que devo amar o próximo como a mim mesmo. O que me levou a Coríntios 13, no final do versículo 7 que diz que o amor tudo suporta, Ou seja, devemos ser tolerante, ser suporte na vida das pessoas, mesmo em meio aos seus pecados.

Isto não significa que temos que concordar com suas atitudes, que devemos apoiar e deixar de se posicionar quanto à verdade da Bíblia, mas significa que nosso d
ever é amar. Sermos humildes e nos colocar no nosso lugar de humanos imperfeitos que são coparticipantes do evangelho, que não são a fonte que criou e a disponibiliza, mas sim a ponte para a humanidade conhecer este evangelho e a graça derramada por Jesus na cruz.

É a falta de tolerância que tem feito à igreja ser um prato que retine e um sino que ressoa. Tem feito muito barulho, mas não tem saído melodia disso. Não tem Cristo habitando em si e como consequência não tem absorvido suas características. Não tem levado ninguém a uma conversão genuína. Pois não tem amado e tolerado. Nem de perto tem imitado a Cristo.

Em romanos 2:1-6, deixa claro que Jesus é tolerante, suporte para os que O buscam. Ao longo de toda a Bíblia vemos um Deus tolerante. Ele chamou Abraão mesmo ele adorando outros deuses; Ele considerou Davi segundo O seu coração mesmo ele tendo sido um homicida e adúltero em algum momento de sua vida; chamou Mateus para segui-lo mesmo ele sendo corrupto; demonstrou perdão a mulher adúltera que seria apedrejada; amou a mulher que encontrou no poço mesmo ela sendo samaritana (os judeus eram xenofóbicos com este povo). São tantos episódios de Jesus sendo tolerante que não dá para ser relatado em poucas palavras.

A Graça salvadora de Jesus agiu através do amor e da tolerância na vida de todas as pessoas relatadas na Bíblia, as levando ao arrependimento e salvação. Não vai ser gritando para o mundo: “vou excluir fulano por ter um posicionamento político diferente do meu”; “Quando alguém faz algo que eu não gosto ela vira invisível para mim”; “quando encontro fulano atravesso a rua”; “não quero conviver com homossexuais”; “não quero nem ouvir fulano, pois não crê como eu”; E nem se portando diante de um drogado ou uma prostituta ou de um irmão que caiu em pecado como se fossemos superiores. Desta forma nós não levaremos as pessoas a conhecerem Jesus e seus ensinamentos. Afinal, vamos demonstrar que nem nós O conhecemos.

Enfim, amemos e suportemos uns os outros. Mas não tente fazer o trabalho do Espírito Santo. Afinal, é Ele quem convence o homem do pecado e do juízo e Ele é quem efetua tanto o querer como o fazer na vida do homem. (Filipenses 2:13) Nosso dever é levar a Palavra da Verdade que guia a viver de forma correta, apresentando o único caminho e vida que Jesus Cristo.

*Teóloga e Professora

Observe sempre

Afonso Rodrigues de Oliveira

“Se um homem olha à sua volta, de uma forma inteligente, descobrirá que sua posição no trabalho cotidiano é, literalmente, uma sala de aula, onde ele pode adquirir a maior de todas as formas de educação: essa que vem da observação e da experiência”. (Napoleon Hill).

Observar com experiência já é um aprendizado. Infelizmente ainda há uma maioria que não acredita na Universidade do Asfalto. Que é onde aprendemos conosco mesmo. Já sabemos que onde quer que estejamos, há sempre alguém nos observando. E que nós fazemos parte desse grupo do “alguém”. Devemos observar tudo que acontece à nossa volta. Sempre há algo que nos engrandece no observar. Mas temos que ser cautelosos, para não nos aborrecermos com o que não interessa.

A educação está no dia-a-dia que vivemos, todos os dias. A vida é uma experiência para quem sabe viver. Então vamos aprender. Faça isso no dia-a-dia, no seu trabalho, na sua família, ou onde ou com quem você estiver. Não importa o que você faz. O que importa é sua dedicação ao que você faz. E por isso você deve estar sempre atento, ou atenta, à importância que você deve dar ao fazer. Simples pra dedéu.

Como vai ser nosso dia, hoje, não sabemos. E por isso devemos estar atentos para não pisar na casca de banana. Podemos escorregar e cair no lamaçal. Viva seu dia como ele deve ser vivido. Não importa nem deve preocupar, os trancos que nos cercam. Os tormentos vêm da nossa forma de encarar os maus momentos. Quando confiamos na força que temos em nossa mente, não nos preocupamos com os maus acontecimentos. Eles fazem parte do nosso desenvolvimento racional. Fique sempre frio, com mente sadia, e as soluções virão.

De nada adiante sair por aí, procurando ajuda, quando esta está em nós mesmos. Está no poder que temos em nossas mentes. Procure ir sempre em frente. Nada de ficar olhando para trás, preocupado com o que aconteceu. Se tiver sido consequência de um erro eu, procure aprender com o erro. Porque enquanto você ficar pensando no erro, nunca irá encontrar a solução. Então viva o presente. E este vai depender da sua maneira de pensar. Acredite nisso e sua vida tomará outra direção, levando você para o rodeio do sucesso.

Procure viver seu dia, hoje, como ele deve ser vivido, para o amanhã ser ainda melhor. Valorize-se, não se deixando levar pelos pensamentos negativos. Henry Ford já disse: “Se você acha que pode, você está certo. Se acha que não pode, está igualmente certo”.

Tudo vai depender do meu modo de pensar. Esteja sempre atento ao melhor, à sua volta. Mas não se preocupe com o pior. Ele também faz parte da vida. Então viva. Pense nisso.

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