A volta da triste realidade de estrangeiro dormindo nas calçadas
Jessé Souza*
Com a reabertura da fronteira com a Venezuela, ao Norte do Estado, no mês passado, voltou o pesadelo de imigrantes dormindo nas calçadas em frente de comércio e residências nas próximidades da Rodoviária Internacional de Boa Vista. Basta passar pela Avenida das Guianas para observar o triste cenário durante a noite.
Com a retomada do problema, também voltou o registro de casos de furtos naquela região, inclusive com moradores sendo acordados na madrugada com venezuelanos tentando invadir suas propriedades. No passado não muito distante, esse problema se ampliou a ponto de ocorrerem assassinatos em casos de latrocínio envolvendo venezuelanos.
Já que a Operação Acolhida tem encontrado dificuldades para atender esta nova demanda, então é necessário que as forças policiais passem a agir preventivamente com mais rigor naquele setor da cidade para coibir a presença de pessoas de má índole no meio de famílias venezuelanas desabrigadas, que fugiram da fome em seu país de origem.
Não se trata de xenofobia ou algum tipo de preconceito. Trata-se de impor ordem em um novo momento delicado em que aumentou o número de venezuelanos desabrigados e, consequentemente, a violência nos locais onde há concentrações de imigrantes dormindo nas calçadas, praças e canteiros públicos. Verificar a situação desses estrangeiros é o primeiro passo,
Ao mesmo tempo, é necessário que as autoridades em todos os níveis também estejam atentas para buscar soluções, junto com a Operação Acolhida, para uma intervenção imediata antes que tudo saia do controle, como ocorreu no passado, momento em que disparou o número de prédios públicos, praças e terrenos baldios ocupados por imigrantes.
Já é possível observar que tem aumentado o número de ocupação em abrigos improvisados em prédios privados abandonados e áreas públicas ao arredor da rodoviária. Enquanto isso, também cresceu o número de venezuelanos caminhando a pé, em grupos, pela BR-174 em direção a Boa Vista, o que deve ser visto como um alerta.
Enquanto a fronteira ainda estava fechada, casos de assassinatos envolvendo venezuelanos tornaram-se recorrentes, especialmente no bairro 13 de Setembro, onde estão os maiores abrigos da Operação Acolhida e abrigos improvisados. E isso significa que o crime organizado tem cooptado cada vez mais estrangeiros para o mundo do crime.
Pelo que vivenciamentos até aqui, sabemos no que pode resultar se uma nova onda da imigração desordenada avançar. A violência naquele setor da cidade já é visível. A favelização também mostra seus indícios. Mais pessoas pedindo no comércio e nos semáforos também. Então, ou as autoridades tomam uma providência urgente ou viveremos um novo pesadelo em um futuro bem próximo.
*Colunista