Jessé Souza

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A febre dos patinetes nas principais praças públicas de Boa Vista

Jessé Souza*

Não bastassem bicicletas circularem nas calçadas e praças públicas na área central da cidade, agora Boa Vista vive a febre dos patinetes elétricos, usados por crianças e adultos. Chegou tarde, mas os espaços para pedestres no complexo poliestivo Ayrton Senna e o Parque do Branco estão ocupados por estes equipamentos que, à primeira vista, parecem inocentes.

Porém, esses patinetes podem alcançar de 25Km a 48Km por hora, fator que pode motivar acidentes por possíveis quedas, até mesmo pela qualidade das calçadas, ou mesmo colisões com pedestres, além de acidentes de trânsito em via pública, como já ocorreu em outras cidades até que essa prática fosse regulamentada.

Então, chegou a hora da Capital de Roraima regulamentar o uso desses equipamentos elétricos, especialmente depois de acidentes com mortes que já envolveram skatistas, os quais são vistos em via pública disputando espaço com demais veículos. Não tardará para ocorrer o mesmo com os patinetes, caso ninguém se atente para os problemas.

Por enquanto, esses equipamentos elétricos vêm se tornando um incômodo para quem faz caminhadas e um risco para famílias que levam suas crianças para brincar nas praças públicas no Centro de Boa Vista. Como é possível ver um grande número desses patinetes nas praças, então torna-se necessário que a Prefeitura regulamente essa prática o quanto antes.

Apesar de existir uma ciclovia distribuída pelas principais áreas centrais da Capital, muitos ciclistas usam as calçadas e até mesmo a via pública. E não são apenas os estrangeiros, habituados a não respeitar as regras mais elementares de trânsito, mas os próprios brasileiros que usam a bikes para passeio e atividades esportivas de forma errada e muitas vezes abusivas.

O patinete chegou para tumultuar ainda mais esse cenário em que o pedestre vem perdendo seu sagrado espaço até mesmo no meio-fio de aveidas principoais. É por isso que se torna importante as autoridades se anteciparem para que se evite acidente mais grave ou mesmo uma tragédia, como vem ocorrendo com skatistas.

É preciso regulamentar uma velocidade segura para circulação em áreas de pedestres, cobrar sinalização noturna e ainda equipamento de segurança, como o capacete. Ou mesmo definir espaços, a exemplo de ciclovias. Afinal, não se trata apenas de um brinquedo inocente, mas um equipamento que alcança quase 50km por hora.

As autoridades geralmente demoram para agir e costumam tomar decisões somente após alguma tragédia ou grande polêmica. Com relação aos patinetes, quem sabe os vereadores no bem-bom de seus gabinetes e sessões virtuais possam se antecipar ao problema. As famílias que frequentam praças públicas irão agradecer muito e bom ordenamento do espaço público também.

*Colunista