Na manhã de hoje, 04, um rapaz de 18 anos foi detido, na Rodoviária Internacional de Boa Vista José Amador de Oliveira, após ter realizado comentários com teor de ameaça a um policial e seus familiares em uma rede social. Ele planejava embarcar para Manaus, no Amazonas, acompanhado da mãe.
O jovem foi encaminhado ao 5º Distrito Policial (5º DP), onde assinou um termo circunstanciado e responderá pelo crime em liberdade. A pena para este caso é de três meses até um ano de prisão, podendo ser também transferida para penas alternativas.
Na sua página pessoal, é possível visualizar uma sequência de comentários com críticas à atuação da Polícia Militar (PM) e outro com conteúdo que caracteriza ameaça, onde o jovem diz que iria matar o filho do policial.
Conforme o delegado titular do 5º DP, Cristiano Camapum, a Inteligência da PM estava monitorando as redes sociais quando se deparou com o comentário. Segundo o delegado, a ação, embora errada, pode se caracterizar como desabafo.
CASO RUIDGLAN
Os comentários também fazem menção à Ruidglan Souza, de 21 anos, também conhecido como Ruy, que morreu após sofrer convulsões em frente a sua residência, na Rua das Acácias, bairro Pricumã, no dia 27 de outubro.
Na época do acontecido, a PM informou em nota que fez uso de técnicas policiais de imobilização, quando o garoto começou a ter as convulsões. A família alega que o jovem foi espancado, o que gerou a crise. A causa da morte de Ruidglan foi politraumatismo.
Por telefone, a família de Ruidglan esclareceu que não tinha tomado conhecimento do caso e que não apóia qualquer tipo de violência ou manifestação. Sobre o caso, a irmã de Ruidglan comentou que a família aguardará a investigação do acontecido e que “a justiça de Deus é a que conta”.
COMANDO DA PM
Em nota, o Comando Geral da Polícia Militar informou que determinou à Corregedoria da instituição que adotasse todas as providências no sentido de apurar os fatos, instaurando sindicância para esclarecer o ocorrido e que diante das providencias adotadas, o Comando Geral aguardará o resultado da apuração, que deverá transcorrer dentro do prazo legal.
Entretanto, as ameaças e apologia ao crime contra policiais militares que estão surgindo nas redes sociais em virtude do caso, também serão investigadas. “De forma que também serão adotadas as providências junto à Polícia Judiciária de acordo com o que estabelece a legislação em vigor”, encerra a nota.
Com informações de João Barros
Matéria completa na edição impressa da Folha de amanhã, 05.