Família endividada? O que fazer para sair dessa situação?
Ainda em meio a pandemia, muitas famílias estão endividadas, seja por desemprego, redução na renda familiar ou por descontrole financeiro, de toda forma, independente de como aconteceu o endividamento familiar, essa situação precisa ser controlada, organizada e resolvida.
Para que você possa ter uma melhor noção sobre o problema do endividamento, trago algumas informações. De acordo com os dados divulgados pela Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), no mês de agosto de 2021, 79,2% das famílias brasileiras possuíam dívidas, e conforme estudo realizado pela Fecomércio-RR, com base na pesquisa da PEIC, no mesmo mês 84,9% das famílias roraimenses possuíam algum tipo de dívida e 36,3% estavam com contas em atraso.
Ainda de acordo com o estudo realizado pela Fecomércio-RR, a dívida mais comum das famílias roraimenses é o cartão de crédito, chegando no mês de agosto a 64,9%. Pra quem acredita que o crédito é o grande vilão da economia, não é verdade, pelo contrário, ele financia o consumo das famílias sendo fator importante para o crescimento da economia, entretanto, quando as famílias chegam a um alto nível de endividamento e comprometem grande parcela de sua renda com dívidas, o acesso fácil ao crédito gera o efeito inverso, e quando se olha para o contexto geral, chega-se a conclusão que grande parte das dívidas poderiam ser evitadas se as famílias possuíssem um controle financeiro maior.
E você faz parte dessa estatística? Se sim, vou te dar algumas dicas para resolver essa situação. Quero que você entenda primeiro a diferença entre endividamento e inadimplência. Dívida é de forma simples, o ato de dever alguém, de possuir uma obrigação a honrar em determinado período tempo. Inadimplência é o descumprimento dessa obrigação no prazo estabelecido, ou seja, o atraso ou a falta total do pagamento.
Tanto para as famílias endividadas quanto para as inadimplentes, o primeiro passo é estabelecer prioridades, analisar quais despesas não podem ser excluídas, como aluguel, água, luz e alimentação. Verificar quais despesas a família consegue reduzir e quais podem ser excluídas por determinado período até reorganizarem as finanças. Quando você conhece as prioridades dentro do seu orçamento, fica mais fácil analisar o que pode ser reduzido e cortado. A família consegue enxergar os gastos realmente necessários e os supérfluos.
Fazer um mapeamento das dívidas, verificar quais as dívidas mais caras, as formas de pagamento, os descontos, uma nova negociação, ou quem sabe até trocar uma dívida mais cara por uma mais barata, com a portabilidade de crédito isso é possível, como falamos na coluna passada.
Quando uma família está endividada por motivos chamados macroeconômicos, ou seja, motivos que estão fora do controle familiar, o ideal é que essa família reduza seu padrão de vida e reorganize seu orçamento para conseguir honrar os compromissos já estabelecidos, ou tente novas negociações de acordo com sua nova realidade financeira.
Agora quando uma família possui dívidas por fatores conhecidos por microeconômicos, que estão dentro do controle familiar, geralmente é uma família que conseguiria facilmente honrar seus compromissos se possuísse um controle financeiro maior e o orçamento bem definido.
De qualquer forma, estabelecer as prioridades e fazer um mapeamento das dívidas, são os dois principais passos para começar a sair dessa situação de endividamento. Agora se sua família está endividada, inadimplente e sem condições de pagar, veja o que você pode fazer para conseguir uma renda extra, e priorize as contas essenciais.