Bom dia,
Hoje é quinta-feira (02.09). E os brasileiros e as brasileiras acordaram mais assustados ainda, depois da derrota da mine-reforma trabalhista enviada pelo governo, através de Medida Provisória, que foi derrotada em votação no Plenário do Senado Federal. E mais ainda, informações de bastidores, dão conta de que o governo perdeu maioria no Senado, e vai daqui para frente ter de conviver com essa minoria.
Sabendo das dificuldades do governo no Senado Federal, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, não dá folga nas fustigadas contra Jair Bolsonaro, o chefe do Estado brasileiro. Ontem, sem citar Bolsonaro, Barroso o chamou de fascista. E ninguém da imprensa o acusou de atentar com as instituições democráticas brasileiras.
É nesse ambiente de profunda divisão que os brasileiros se preparam para comemorar nas ruas, e sem muita formalidade, o dia 7 de Setembro, em homenagem a nossa independência política de Portugal. O que esperar dessas manifestações, prós e contra o governo.
SUGESTÕES
O Ministério da Economia, através da Secretaria de Políticas Econômicas (SPE) está mandando mala direta, através da internet, para professores e economistas pedindo sugestões sobre propostas para o desenvolvimento econômico-social do Brasil. Serão premiadas as melhores propostas apresentadas por esses profissionais. A iniciativa é inédita no país e quem sabe pode ser a oportunidade para o surgimento de uma luz no final do túnel dessa crise que parece interminável.
REAVALIAÇÃO
O crescimento das atividades econômicas no Brasil, que vinha em ascensão desde o começo do ano deu uma reversão no segundo trimestre deste 2021. A retração de, 01% no tamanho do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro é, no fundo, uma estagnação, e que contraria as previsões do governo e de muitos economistas mais otimistas. Os números assustaram muitos empresários e economistas, mas parece que na agenda dos três poderes da República não existe espaço para a discursão dos caminhos para tirar o Brasil do atoleiro. Eles estão especialmente preocupados com os próprios interesses eleitorais. O país que de dane.
MAIS RACHA
Para complicar ainda mais a situação institucional do Brasil, ontem, depois de ver rejeitada pelo Senado Federal a Medida Provisória (MP) que tratava da mine-reforma trabalhista proposta pelo governo, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) abriu o verbo contra os senadores. Revelou que havia costurado um acordo com a intermediação do líder do governo no Senado, o senador pernambucano Fernando Bezerra (MDB) para a aprovação da MP, com emendas supressivas de todos os itens que modificavam a CLT. Não escondeu sua irritação pelo descumprimento do acordo.
PROJETOS DIFERENTES
Analistas dos bastidores da política de Brasília estão convencidos que as discordâncias entre o Senado Federal e a Câmara dos Deputados tendem a ser ampliadas nos próximos meses. A razão desse imbróglio é muito simples: enquanto o presidente da Câmara Federal, deputado Arthur Lira continua, por enquanto, no projeto do Centrão de reeleger Jair Bolsonaro (sem partido); o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), dá sinais bem claros de que mira voos mais altos, e trabalha com afinco na própria candidatura a Presidência da República em 2022. Pacheco tem como principal cabo eleitoral o presidente do PSD, o ex-ministro Gilberto Kassab. O afastamento entre os dois presidentes das Casas Legislativas do Estado Federal brasileiro é mais um ingrediente para agravar a crise institucional do país.
DE FORA
Pelo menos, por enquanto, os roraimenses estão sendo beneficiada pela não interligação do estado ao Sistema Elétrico Nacional. Especialistas dizem quase em uníssono, a iminência de um racionamento no fornecimento da energia elétrica, por causa da crise hídrica, em todos os estrados brasileiros. Acresce ao espectro da falta da energia elétrica, o reajuste cavalar da tarifa em todo o Brasil pela necessidade de colocar em funcionamento as usinas termoelétricas, muito mais custosas e poluentes que as hidroelétricas. Roraima, e seus cidadãos, estão livres tanto do racionamento, com possibilidade de apagões; quanto do reajuste tarifário.
TRANSPARÊNCIA
Esse imbróglio envolvendo a Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (CAER) e a Roraima Energia por conta de uma dívida milionária da primeira para com a segunda, revela a necessidade de maior transparência em torno das negociações entre o governo estadual e a concessionária privada, que gera e distribui toda a energia elétrica para o estado. Os valores envolvidos na negociação, com duvidosos encontros de contas, ultrapassam o bilhão de reais, que realizados sem a clareza necessária, fomentam o surgimento de boatos nada positivos para as partes envolvidas. É bom lembrar que o deputado federal Édio Vieira Lopes (PL), que preside a Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, diz que “cada gaveta que se abre no sistema elétrico brasileiro, uma assombração é descoberta”.