Cotidiano

Greve fez pais reprogramarem as férias

Como o ano letivo na rede estadual só irá terminar em março de 2016, as férias em família no fim do ano ficaram comprometidas

Devido à greve dos professores da rede estadual de ensino, muitas famílias irão cancelar as férias de fim de ano para programar viagens no feriado de Carnaval junto com os filhos, tendo em vista que o ano letivo irá até março de 2016, por causa da reposição das aulas. Em virtude disso, houve mudanças no planejamento dos pais em relação à contratação de pacotes turísticos.

Segundo a gerente de uma empresa de turismo, Rhonda Carrington, é tradicional uma programação para o final de ano, quando os pais programam suas férias para coincidir com a dos filhos. “Entretanto, para alguns clientes, isso não será possível”, disse. “Devido à greve na educação, pais que nos procuram falam que estão negociando com a escola para avaliar a possibilidade dos filhos viajarem ainda este ano, adiantando provas, aulas e trabalhos. Acredito que, por isso, a demanda não caiu”, disse.

“Por outro lado, muitos nos dizem que se prepararam para viajar, mas não poderão mais seguir o roteiro por conta disso. Outros utilizam alguns artifícios, como aqueles que viajariam para ficar por um período longo e estão optando por passar menos tempo. Ao invés de um mês, por exemplo, ficarão cerca de uma semana”, complementou.

Além disso, alguns estão revendo as datas. “A procura por passagens para depois do Carnaval aumentou, nos meses de março, abril e maio, que é o período que coincide com o término do ano letivo. Até porque eles encontram melhores preços, pois para quem está comprando passagem agora, fica mais acessível para datas do próximo ano”, disse.

Em relação ao cancelamento de passagens ou remarcação de datas, Rhonda afirmou que isso não acontece com frequência. “A gente pode contar nos dedos o número de cidadãos que vieram para efetuar esse tipo de ação”, pontuou.

CRISE – A greve não é o único fator que colabora para a diminuição da demanda na compra de passagens aéreas. “A instabilidade financeira do País faz com que muitas pessoas guardem o seu capital de renda, com medo de que algo aconteça e tenha que utilizar para outros fins. Pelo mesmo caminho, a procura por viagens internacionais diminuiu bastante devido a alta do dólar”, frisou.