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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE RORAIMA 13047

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE RORAIMA

– 20 anos salvando vidas –

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No domingo passado, dia 19/12/2021, o Corpo de Bombeiros Militar de Roraima (CBMRR) completou 20 anos de emancipação, desde que deixou de pertencer à estrutura da Polícia Militar (PMRR).

Além da formatura alusiva à data, a Assembleia Legislativa de Roraima exibiu na segunda-feira, dia 20, o Documentário em vídeo com o título: “Bombeiros de Roraima: 20 anos salvando vidas”.

Atualmente o Corpo de Bombeiros Militar, além do efetivo na capital Boa Vista, conta com três Companhias no interior do Estado: Pacaraima, Caracaraí e Rorainópolis.

História:

O Corpo de Bombeiros Militar de Roraima (CBMRR) foi criado no dia 26 de novembro de 1975, através da Lei n° 6.270. Essa lei criou as polícias e bombeiros militares dos territórios do Amapá, Rondônia e Roraima. A lei estabeleceu as atribuições das polícias e dos bombeiros militares e entre as diversas responsabilidades estavam elencadas, conforme o texto da lei “a realização de serviços de prevenção e extinção de incêndios, simultaneamente com os de proteção e salvamento de vidas e materiais no local do sinistro, bem como os de busca e salvamento, prestando socorro em caso de afogamento, inundações, desabamento, acidentes em geral, catástrofes e calamidades públicas”.

           

Com a autorização para a criação das polícias militares dos Territórios, o governador do Estado, à época o Coronel Fernando Ramos Pereira, designou o secretário de Segurança Pública, o professor Waldir Garcia, a proceder com todos os preparativos para a implantação da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros do Território com um efetivo de 450 homens, sendo 180 oriundos da Guarda Territorial que entrou em processo de extinção.

Logo após a autorização, o governador em exercício Waldir Garcia assinou o decreto do deslocamento dos 2º tenentes, Luciano Peixoto de Souza e Carlos Alberto Santos de Souza, a viajarem até Porto Alegre (RS) para realizarem um curto estágio no 1º Batalhão de Bombeiros. Eles passaram por um treinamento para conhecer alguns equipamentos adquiridos pelo Corpo de Bombeiros do Território de Roraima.

Em seguida veio a implantação.

Jornais da época datam de 28 de abril de 1976 a implantação da Polícia Militar e a posse do primeiro comandante, o coronel Paulo de Tarso de Carvalho que veio do Comando Militar da Amazônia.

Durante a solenidade foram incorporadas duas unidades motorizadas (carros-tanques) ao Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Território, e também foi feita uma demonstração dos equipamentos. O coronel Paulo de Tarso de Carvalho era de Pernambuco, mas foi criado no Rio de Janeiro e servia no Comando Militar da Amazônia. Possuía o curso de Estado Maior do Exército e foi posto à disposição pelo Ministro do Exército para servir na Polícia Militar.

Naquela época, Boa Vista tinha uma população em torno de 40 mil habitantes e os acidentes com veículos, afogamentos e incêndios passaram a ocorrer com mais frequência. Em virtude dos constantes relatos nos jornais e apelos da população, o comandante da PM, coronel Paulo de Tarso decidiu implantar o Grupamento de Incêndio da Polícia Militar do Território Federal de Roraima.

O Grupamento de Incêndio (GI) era composto de uma equipe de seis militares e teve como primeiro comandante o coronel Carlos Alberto Santos de Souza, na época, 2º tenente Santos. O comandante da seção de incêndio era o 2º tenente Jacy Ferreira de Mendonça e os auxiliares eram o sargento Agostinho Paixão de Oliveira e os soldados Reis, Moisés Ferreira de Paula e “Rui”.

O primeiro registro de uma Guarnição de Bombeiros Militar foi no Boletim Interno do dia 16 de setembro de 1976. A Guarnição de Combate a incêndio era composta por quatro policiais militares, sendo o Comandante da guarnição o 3º sargento Rocha, e os soldados PMs 74, 95 e 132. Naquela época, os soldados eram tratados apenas por números nas escalas de serviço.

DEFESA CIVIL

Em 1976, o Estado de Roraima enfrentou um período de inverno rigoroso. Devido os problemas enfrentados pela população da capital e do interior com a cheia do rio Branco e seus afluentes, o governador do Território, Fernando Ramos Pereira designou, através de decreto no dia 5 de julho, uma comissão para prestar assistência às famílias que estavam sendo atingidas pelas cheias do rio, o que pode ser considerado como o primeiro registro oficial de uma ação de Defesa Civil do Estado de Roraima, reunindo órgãos públicos e entidades privadas.

A Comissão era coordenada pelo coronel Paulo de Tarso de Carvalho, comandante da Polícia Militar do Território Federal de Roraima e representante do Gabinete do Governador.

A comissão também tinha como membros: os representantes da Secretaria de Segurança Pública, José Gomes de Araújo; da Prefeitura de Boa Vista, Maria Célia da Silva Rios; da Secretaria de Saúde e Ação Social, Walter Aprígio da Silva; da Secretaria de Economia, Agricultura e Colonização, Davi Soares; da Associação Comercial, Sandra de Souza Coelho; da Legião Brasileira de Assistência, João Batista de Melo; e da Secretaria de Administração e Finanças, Arquimínio Pacheco.

Capacitação.

Após a implantação do Corpo de Bombeiros no Território Federal de Roraima a preocupação foi em
capacitar os oficiais que serviam no Grupamento de Incêndio, para que os conhecimentos adquiridos fossem transmitidos às praças (Soldados, Cabos e Sargentos).

No dia 21 de julho de 1976, o 2º tenente PM Carlos Alberto Santos de Souza viajou a Manaus (AM) para participar do V Simpósio Regional de Prevenção de Acidentes Aeroportuários, que ocorreu no período de 21 de junho a 3 de julho.

Já no mês de novembro do mesmo ano, o governador Fernando Ramos Pereira autorizou o afastamento, no período de 20 de novembro a 4 de dezembro, dos tenentes Carlos Alberto Santos de Souza e Jacy Ferreira de Mendonça, ambos ocupantes do posto de 2º tenente, para estagiarem na empresa Bucka Spiero Equipamentos de Combate a Incêndio, sediada em São Paulo.

Ainda no mês de novembro foi realizada a primeira revista feita por um general de brigada. No dia 27 de novembro, o general Heitor Luiz Gomes de Almeida visitou as dependências da PM e do Corpo de Bombeiros. Nessa oportunidade ele pôde conferir as instalações, equipamentos e ainda assistiu a uma apresentação feita pelo militares.

Regulamentação.

Em 10 de janeiro de 1977, o presidente da República Ernesto Geisel, assinou na manhã de uma segunda-feira, o Decreto-Lei n° 79.108, regulamentando a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros do Território de Roraima. A notícia foi transmitida à tarde ao governador do Estado, Fernando Ramos Pereira que comentou:

“Com isso, Oficiais, Sargentos e Praças, num total de 450 homens serão imediatamente incorporados. – Poderemos finalmente organizar a Polícia Militar, estendendo inclusive sua presença tranqüilizadora ao interior”.

Com a regulamentação ficou mais fácil ao Corpo de Bombeiros investir na capacitação de seu pessoal e na aquisição de novos equipamentos. Foi dado início ao planejamento do primeiro estágio de capacitação bombeiro militar.

Devido a pouca estrutura e pessoal capacitado nas atividades de bombeiros, em razão de praticamente todo efetivo servir a PM, o CBPMRR solicitou o envio de 22 soldados ao Estado do Amazonas para realizar um estágio intensivo. A autorização foi dada no dia 4 de abril de 1977.

O treinamento estava previsto para iniciar no dia 11 de abril e encerrar no dia 6 de maio. Mas o registro de conclusão do curso no Boletim Interno da PMRR só foi feito em julho daquele ano e com apenas 18 militares formados.

Após a chegada dos militares, eles foram incumbidos de realizar uma apresentação no pátio do Quartel do Comando Geral (QCG). Sob a coordenação do tenente Edgar Schuster, na epoca comandante do CBPMRR. Os militares levaram pouco mais de 5 minutos para debelar um fogo ateado em 300 pneus de caminhão.

Os integrantes da primeira turma de bombeiros eram: João Magalhães Filho, João Batista do Nascimento Pimentel, José Rodrigues da Silva, Mario Jorge Pimentel, Valdecir Souza Nascimento, Antonio Fernandes Lima, José Dião Lopes de Freitas, Milton Brígido do Nascimento, Raimundo Caetano dos Santos, Jerônimo Ambrósio, José Teixeira da Silva, Delman Dias Veras, Francisco da Silva Cardoso, José Francisco Gonçalves, Raimundo Costa e Vandinho Xavier. Para o ano seguinte, estava previsto no Boletim Interno a formação de mais uma turma.

Naquela época, além do comandante, o Corpo de Bombeiros tinha mais dois Oficiais em seu quadro, os tenentes Carlos Alberto Santos de Souza e Carlos Alberto de Brito. A previsão do efetivo era de 50 homens. Possuía duas viaturas, sendo um ABI e um ABT com capacidade para 10.500 litros, e já havia adquirido um segundo ABT com capacidade para 10 mil litros. Nessa época também já se planejava o envio de um ABT com guarnição, para o município de Caracaraí no próximo ano (1978).

Não demorou muito tempo e o Grupamento de Incêndio da PMRR passou a constar no Boletim Interno (BI) da Corporação como Corpo de Bombeiros. Exatamente no dia 23 de agosto de 1977 foi feito o primeiro registro de uma guarnição de serviço utilizando o nome Corpo de Bombeiros no BI da PMRR. Os integrantes da guarnição eram o 3º Sargento Da Silva e os soldados 149, 179 e 188.

PERÍCIA DE INCÊNDIO

Em 10 de novembro de 1977, às 9 horas deslocaram à região de Normandia, os 2ºs Tenentes Edgar Schuster e Carlos Alberto de Brito e o SGT José Augusto Gomes Batista, para realizar uma perícia de incêndio. Esse pode ter sido o primeiro registro de uma perícia de incêndio realizada no Estado de Roraima. Até então, também não havia registro de oficiais capacitados nesta área.

Muito provavelmente por consequência desse e outros incêndios de grande vulto que estavam ocorrendo no estado, no dia 27 de fevereiro de 1978, o tenente Edgar Schuster viajou para Brasília-DF para realizar o Curso de Perito de Incêndio, no Corpo de Bombeiros do Distrito Federal. Ele se reapresentou no CBPMRR em julho do mesmo ano.

Ainda no mês de fevereiro daquele ano outra importante atividade voltada à capacitação técnica foi realizada pelo Corpo de Bombeiros. No dia 18 de fevereiro foi autorizado pelo governador do Estado, coronel Fernando Ramos Pereira, o deslocamento de 13 praças à cidade de Manaus-AM para realizar no Corpo de Bombeiro da Polícia Militar do Amazonas (CBPMAM), o primeiro curso de Curso de Combate a Incêndio em Aeródromo.

Os militares selecionados eram: o 3º SGT Elizeu Rocha dos Santos, CB Laurindo de Araújo Braga; soldados Almir Montenegro, José Rodrigues da Silva, Valdecir Souza Nascimento, Mário Jorge Pimentel, Antonio Guetis Figueira Nogueira, José Dião Lopes de Freitas, Adão Gomes de Souza, Antonio Fernandes de Lima, Sebastião Marcos, Walmir Pereira de Matos e Alfredo Marcolino de Souza Neto.

No dia 4 de setembro de 1978, o governador Fernando Ramos Pereira assinou o Decreto Nº 13 que atribuiu ao Corpo de Bombeiros da PMRR a compe
tência para a realização de perícia em locais de incêndio e explosões no âmbito do Território Federal de Roraima.

Comandantes.

Durante os primeiros anos do CBPMRR as trocas de comandante eram constantes. Os oficiais que faziam parte do Corpo de Bombeiros acabavam se revezando no comando, na maioria das vezes apenas como forma de substituir um ao outro durante os afastamentos para cursos e períodos de férias.

Dentre os diversos nomes que passaram pelo comando do CBPMRR, dois merecem destaque: o do coronel Carlos Alberto Santos de Souza e o do major Carlos Alberto de Brito. O coronel Carlos Alberto Santos de Souza além de ter sido o primeiro comandante da instituição também foi o que mais vezes assumiu a função, sete vezes no período de 1976 a 1993. Sua última passagem pelo comando durou apenas 15 dias, entre 16 de fevereiro e 1º de março de 1993.

Nesse período que esteve no Corpo de Bombeiros o coronel Carlos Alberto Santos de Souza também teve participação fundamental nas ações da Defesa Civil do Estado. Foi ele que participou do Seminário Nacional de Defesa Civil, realizado de 16 a 18 de maio de 1989 em Brasília-DF.

O coronel também atuou diretamente na formação dos bombeiros. Em 12 de março de 1990 teve início o Curso Básico de Bombeiros Militar (CBBM-I/90) com a participação de 22 alunos, e tendo o coronel como coordenador, naquele ano ele ainda era major.

Já o major Carlos Alberto de Brito (hoje Coronel, na Reserva) também foi um dos pioneiros na implantação do CBMRR. Ele assumiu a função de comandante por seis vezes, a primeira delas ocorreu no dia 1º de outubro de 1980 e a sua última passagem pelo comando foi em 10 de abril de 1996.

Caracaraí

O primeiro registro de uma guarnição de serviço de combate a incêndio no município de Caracaraí foi feito no dia 21 de outubro de 1986. Naquela época, o comandante da Sub Secretaria de Combate a Incêndio, 2º SGT Lourenço registrou no livro de alterações diárias, a fundação da Secretaria, ocorrida no dia 03 de outubro e até o dia 20 nenhuma informação tinha sido registrada no livro.

Já no dia 21 de outubro, os militares: 2º SGT PM Lourenço, CB PM J. Macedo e os soldados PM Brígido, S. Araújo e Linaldo assumiram o plantão de sobreaviso. O comandante justifica em sua parte diária da seguinte forma:

“Por falta de elementos para comporem as guarnições normais de serviço, o sistema fica sendo, um elemento de permanência e dois de sobreaviso diariamente”.

Resgate Urbano de Acidentados – RUA.

Em 1º de dezembro de 1990, o então SD PM Nº 452 Cristóves Maia – hoje subtenente da reserva – do Ssau viajou a Brasília para frequentar o Curso de Formação de Instrutores em Primeiros Socorros. O curso teve início dia 3 e encerrou no dia 14 de dezembro.

No dia 23 de abril de 1991, o então 1º tenente Edvaldo Cláudio Amaral foi indicado pelo comandante geral da PMRR para frequentar o Curso de Especialização de Oficiais em Contra Incêndio e Salvamento, no período de 27 de maio a 28 de junho de 1991. Dez anos depois, já como Coronel, ele viria a se tornar o primeiro comandante do CBMRR e um dos principais responsáveis pela emancipação do CBMRR.

No ano de 1992, mais precisamente no dia 16 de junho, foi publicado no Boletim Interno da PMRR, a portaria 017/CMDO/90, proposta pelo Corpo de Bombeiros instituindo o Estandarte da Corporação.

Durante os 20 anos de sua emancipação, em relação à estrutura da Polícia Militar de Roraima, o Corpo de Bombeiros Militar tem atuado em todas as ocasiões em que se fez necessário sua presença, como por exemplo em 1998, quando ocorreu o maior incêndio florestal de Roraima; o mesmo aconteceu em 2003 com novo incêndio e em 2011, quando ocorreu a maior enchente do rio Branco e inundou todo o Beiral, cobriu toda Orla Taumanan, chegando a água próxima às ruas do Centro de Boa Vista.

Como já foi mencionado, o Corpo de Bombeiros Militar de Roraima foi emancipado da estrutura da Polícia Militar em 2001 e, neste ano de 2021, completou 20 anos desta emancipação.

O atual Comandante Geral do Corpo de Bombeiros, coronel Anderson Carvalho de Matos, disse que a autonomia financeira, administrativa e operacional foi benéfica para a instituição. “Melhoramos o efetivo e capacitamos melhor os nossos profissionais para dar um bom atendimento à sociedade. A infraestrutura conta atualmente com três companhias no interior: Pacaraima, Caracaraí e Rorainópolis. “Nossa meta é que até o fim de 2022 elas realizem todas as atividades, seja de salvamento, combate a incêndios, atendimento hospitalar e atividades técnicas, como vistorias”, acrescentou.

O coronel Edivaldo Cláudio Amaral, primeiro comandante da corporação, relembra que a instituição de hoje é resultado do trabalho dos pioneiros. “Tive a felicidade de ter muitas mãos e cabeças que lutaram por essa emancipação. A corporação deve muito a esses profissionais, por ser frutífera, com vários concursos públicos, mais que preparada para atender à sociedade. É um orgulho fazer parte”, ressaltou.

Pela ordem, os Comandantes do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Roraima, os Coronéis (e, os períodos de Comando):

Edvaldo Claudio Amaral (2001-2004), Paulo Sérgio Santos Ribeiro (2004-2010), Manoel Leocádio de Menezes (2010-2014), Alexson Sueid Rabelo Mamed (2014), Edvaldo Claudio Amaral (2015 2017), Doriedson Silva Ribeiro (2017-2018), Jean Claudio de Souza Hermógenes (2018 +2021) e o atual Coronel Anderson Carvalho de Matos (2021).

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            Na história do Corpo de Bombeiros Militar de Roraima, há muitos que perderam a vida por seus feitos salvando vidas.

            No judaísmo há uma compilação de Leis e tradições reunidas que se chama “Talmude”, datada de 499 d.C. O Talmude consiste em 63 (sessenta e três) tratados de assuntos legais, éticos e históricos. E, uma destas Leis, diz: “Quem salva uma vida salva o mundo inteiro”. Imagine quantas vidas o Corpo de Bombeiros Militar salvou.

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FONTES:

http://www.bombeiros.rr.gov.br/portal/cmdgeral.php.

https://folhabv.com.br/noticia/Cidades/Capital/Documentario-homenageia-Corpo-de-Bombeiros-de-Roraima/82550

– Pesquisa histórica: Major Valérie (hoje na Reserva); Tenente Raustman Gondim e Sargento Julyana.

Agradecimento Especial ao Coronel QOCBM – Léon Denis Araújo Lira-, Diretor de Pessoal–DPL e Diretor de Informática –DIE-, do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Roraima, por seu apoio com informações, o que tornou possível esta publicação.