Opinião

Opiniao 13094

Governo Bolsonaro: um governo condenado

Sebastião Pereira do Nascimento*

Nesses tempos difíceis aqui no Brasil, quando a maior parte da população está mobilizada no sentido de enfrentar os grandes problemas brasileiros, provocados pelas crises: sanitária e econômica – as quais têm como principal mentor, Jair Bolsonaro –  o que observamos são muitos absurdos e contrassensos por parte desse presidente, que se vislumbra sobre um impróprio descompromisso nacional, numa tentativa de fugir da realidade por ser incapaz de superar os problemas advindos principalmente da sua péssima administração. Assim, Bolsonaro e seus nefastos auxiliares da pública, em conluio com uma tropa de alienados, excedem tanta na incompetência quanto na imoralidade.

O que concluímos disso, é que jamais na história do Brasil houve um mandatário tão empenhado na morte e na desgraça dos brasileiros. Jamais houve um estelionatário eleitoral dessa magnitude. Jamais houve um chefe de governo tão ruim, tão incapaz, tão aparelhado ao que tem de pior no ser humano, tão ideologicamente confuso e tão manipulador.

Contradições é o que não falta no Bolsonaro, por exemplo, quando ataca o centrão e logo em seguida declara: “eu sou o centrão”, e entrega o país aos vassalos corruptos Ciro Nogueira e Arthur Lira. Daí, diz com todas as palavras: “acabou a mamata”, e torra dinheiro público em motociatas e viagens de recreios pelo litoral do Brasil, numa nítida prática de ostentação, enquanto o povo brasileiro passa fome.

No caso atual da Bahia, que vem sendo derretida pelas chuvas torrenciais, Bolsonaro, sem nenhum trauma de consciência, em vez de ajudar, fica passeando de lancha no sul do país, bem longe dos problemas. O que ele gasta com o cartão corporativo, daria para sustentar, com o auxílio emergencial, cerca de milhares de famílias tomadas pela doença e a miséria. Seus ministros torram fortunas com viagens internacionais, picanha e filé mignon, enquanto uma parte do povo vive na fila dos ossos (estragados) e a outra parte sem ao menos os ossos para se alimentar.

Contradições também, é quando se vê um indivíduo que chefia uma quadrilha de milicianos – violentos e corruptos – dizendo ser honesto, ou quando praticava as ignominiosas “rachadinhas”, em conluio com seus filhos, onde empregava funcionários fantasmas e lhes extorquia grande parte dos salários, e mesmo assim, jura de pé junto, ser um sujeito honesto e incorrupto.

Até bem pouco tempo, suas ex-mulheres e seus filhos não tinham recursos suficientes para ostentar suas tristes vidas. Ou como um filho comprar uma mansão em Brasília, apenas com dinheiro de chocolate; outro filho aluga uma outra mansão, sem nem sequer ter renda própria para tanto. Daí, uma vez na presidência, se associa com o que há de pior no judiciário, para se proteger e proteger seus filhos. Destrói as instituições de controle do governo, interfere na Polícia Federal, nomeia canalhas e maus feitores para cargos públicos e dá fim à “lava jato”, e ainda por cima diz combater a corrupção.

Bolsonaro não é apenas um psicopata, ignorante, negacionista, não. É muito pior! Nenhum presidente do Brasil tentou, como ele, golpear de morte a nossa frágil democracia. E jamais um chefe de Estado brasileiro conspirou tanto contra a precária saúde da população. Muito menos contra a saúde das crianças. Que até bem pouco tempo tinha um programa de vacinação infantil reconhecido pelo mundo como um dos melhores no combate às doenças infantis. Hoje, a realidade é outra, onde se vê a possibilidade de voltar algumas enfermidades infantojuvenis já erradicadas no Brasil.

Portanto, até agora não se sabia que Bolsonaro era também um infanticida. Sim, afinal, tenta impedir – no mínimo atrasar – a vacinação da população infantil contra o novo coronavírus. Onde a nova variante (ômicron) vem contaminando um milhão de pessoas, por dia, em todo o planeta, e Bolsonaro e o seu ministro da saúde não querem as crianças protegidas da doença.

O presidente do Brasil também não gosta de pretos; já os comparou a animais de corte, que são pesados em arrobas. Não gosta de homossexuais; já disse que prefere um filho morto a um filho gay; é sexista e misógino; é violento e defensor de que os conflitos no campo sejam resolvidos à bala; é contra a proteção ambiental e já falou que gostaria que os índios brasileiros tivessem sido exterminados.

Assim, em face dessas e outras mazelas, entendemos que pessoas como Jair Bolsonaro, que negam ou desobedecem as leis e os princípios básicos da moralidade, são qualificadas como indivíduos eminentemente abomináveis. Visto que a rigor, a consciência limpa dos humanos, desde sempre pronuncia o juízo moral sem hesitação e alerta que esse entendimento prima pelo bem do coletivo ao invés do bem individual, coisa longe de ser praticada por Jair Bolsonaro.

Portanto, as pessoas sem a resistência moral, como Bolsonaro, entram em turbulência mental, e consequentemente deixam de fazer as coisas certas, não raro para benefício próprio. Logo, aquele indivíduo que deixa de praticar corretamente uma lei, norma, regra ou qualquer ordem que venha trazer bons frutos à coletividade, é um sujeito de caráter duvidoso, onde mesmo diante da imoralidade (como age Bolsonaro) ele se acha no direito de criticar o outro ou tentar impedir que a outra pessoa cumpra a obrigação moral ou profissional diante da causa estabelecida.

Bolsonaro, no limite da hipocrisia, além de pregar o falso nacionalismo e a falsa moralidade na família, ainda sustenta – numa frenesi descomunal – interesses (políticos e econômicos) existencialmente corrompidos, na tentativa de ser reeleito na próxima eleição. Atitudes que mostram trazer no próximo ano agruras ainda piores. Contudo, algo que não se espera de quem tem o maior dever moral e constitucional de cuidar do país.

*Filósofo, consultor ambiental e escritor. Autor dos livros: “Sonhador do Absoluto” e “Recado aos Humanos”. Editora CRV. Coautor de “
Vertebrados Terrestres de Roraima”. Publicado pela revista científica BGE.

Retrospectiva e Expectativa

(Jeremias 29:11)

Estamos no ultimo mês de 2021, faltando horas para o começo de um novo ano e, não posso deixar de fazer uma retrospectiva de como iniciei 2021 e como estou terminando. Eu olho para quem eu era em janeiro deste ano e sei que já não sou mais a mesma. Os lugares que estive, as pessoas boas e ruins que conheci ao longo da caminhada, as experiências de lutas, as provações, as perdas de amigos e parentes queridos, a vivencia do luto tão próximo a mim, as dores, os momentos felizes e de abonança foram instrumentos nas mãos de Deus para forja meu caráter, amadurecer minhas escolhas e firmar meus pés no caminho estreito.

Sou grata pelo período do vale, mas também sou grata pelo período do deserto e, pela graça de Deus em enviar o maná que me sustentar no caminho do deserto. Quantos milagres e da presença de Deus eu experimentei este ano quando minha saúde esteve debilitada e nem andar eu conseguia. Deus sempre mostrando que Ele estava ali comigo. Quanta Graça eu experimentei! Minha maior expectativa para o próximo ano é continuar a trilhar o caminho de Cristo, vivendo o Seu evangelho e o proclamando por onde eu passar. E você querido leitor qual sua retrospectiva deste ano? Como começou e como está terminando 2021? Qual sua expectativa para 2022?

Quando nos voltamos para os acontecimentos do mundo em geral percebemos que foi mais um ano em que vivenciamos algumas privações, apesar do distanciamento social ter sido mais amenizado. Porém, algumas famílias passaram por lutos, outras por perdas financeiras. Nunca vimos tantas mortes e tantos episódios de violência serem anunciadas como nestes últimos meses. Fomos obrigados a reorganizar nossas vidas mais uma vez. Muitos planos tiveram que ser engavetados. Nem a promessa da ajuda da vacina parou a COVID-19 e ela ainda continua a ser uma ameaça invisível com suas novas CEPAS.

O ano de 2021 deixou muitos ensinamentos. Mas um dos principais foi que, não temos o controle de nossas vidas, de que o futuro não está em nossas mãos, como muitas propagandas e livros de autoajuda sempre tentaram trazer como motivação. Fato que trouxe o aumento de casos de ansiedade. O Brasil está em segundo lugar no Ranking de pessoas diagnosticadas com Transtorno de ansiedade.

A ansiedade é fruto do nosso coração caído. Ele anseia pela eternidade, na qual outrora foi criada. Mas a escolha pelo pecado trouxe como uma das consequências à limitação do tempo e do espaço. Pessoas ansiosas estão aprisionadas por sentimentos que fazem com que elas, criaturas temporais, se sintam frustradas por não poderem controlar o seu futuro.

O ser humano quer ter o controle de sua vida, dos seus planos, do seu destino. Percebemos ao analisar a história da humanidade que esta é uma mentira antiga. Foi contada por satanás a Eva e Adão no Éden, e foi difundida ao longo dos séculos. Ela faz com que as pessoas que sofrem de ansiedade sintam anseio por algo que ainda não aconteceu e que pode nem acontecer. Chega ao ponto de deixá-la extremamente preocupadas diante das diversas possibilidades que o futuro pode trazer. E não saber o que virá as deixa frustradas. “Visto que ninguém conhece o futuro. Quem poderá dizer o que vai acontecer?” (Eclesiastes 8:7)

Em contrapartida vemos o Deus bondoso, que tem o controle de tudo em suas mãos. Que nos diz em sua Palavra que devemos descansar, confiar e nos deleitar Nele (Salmos 125:1; Salmos 37:4; Salmos 27:14). Que além dos pensamentos de paz e esperança, Ele também afirma que Sua vontade é boa, perfeita e agradável. Jesus é a maior prova de que Deus nos ama. Ele entregou o Seu filho para que nosso destino de condenação eterna fosse transformado, através do seu perdão e salvação demonstrada na Cruz. Ele preocupou-se com o seu futuro e providenciou o meio para mudar sua situação, acontece a partir do momento em que exercer fé em Cristo Jesus como seu único e suficiente salvador (Provérbios 19:21).

Ao confiar neste Deus soberano, cheio de amor e bondade e que tem planos para sua vida. Planos estes que muitas vezes não são o seu. Pois só temos a capacidade para viver o presente. Mas Deus é Onisciente, sabe cada detalhe do seu futuro e traça planos que lhe leva ao caminho de vida, mesmo que o processo para chegar lá seja dolorido. É necessário este processo para lhe moldar e preparar para receber o futuro que Ele quer entregar-te

Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. (Filpenses 4:6)

Por fim, entregue o seu coração a Jesus e vivencie a paz que só Ele dá. Não sabemos como será 2022, mas Ele já sabe. Então, descanse na certeza que a Sua Palavra dá: todas as coisas cooperam para aqueles que o amam (Romanos 8:28). Não importa como foi o seu 2021, mas se entrar seu 2022 com Cristo, Ele fará nova todas as coisas (2 Coríntios 5:17). Mesmo que o mundo esteja em coas e sua vida não esteja como planejou se o Senhor for Teu refúgio (Salmos 11:1) andará em alegria e paz que excedem o entendimento. Olhe para Cristo e pensem nas coisas do alto (Colossenses 3:2).

Debhora Gondim

Plantando a semente da vida

Afonso Rodrigues de Oliveira

“Não viva para que sua presença seja notada, mas para que sua falta seja sentida”. (Bob Marley)

É saudável sentir fal
ta de alguém. E o importante é que vivamos para que sempre sintam nossa falta. É quando sentimos saudade. O que não deve nos tornar tristes. A saudade chega quando a lembrança nos traz os bons momentos que já vivemos. O Bob Marley disse: “Saudade é um sentimento que quando não cabe no coração, escorrega pelos olhos”. Às vezes ela nos faz chorar. O que nos torna feliz. Então vamos viver uma vida de momentos agradáveis, para sermos agradáveis. Que as outras pessoas sintam a nossa falta.

Sorria sempre. Esteja sempre alegre para que sua presença não seja notada, mas guardada na lembrança das outras pessoas. E o mais importante em tudo isso é a sinceridade, e o amor. Só quando amamos o próximo, o próximo nos ama. E este amor está sempre guardado no lado esquerdo do peito. Nada de derramamento de sentimentalismo fútil.

O mundo está vivendo a sua evolução. Nós é que não estamos sabendo viver a evolução, assim como os antigos também não souberam. As desgraças que assolam o mundo, hoje, não são novidade. Elas sempre existiram, e sempre existirão. Até que nos racionalizemos, para que mereçamos o nosso mundo. O que ainda vai exigir, de nós, o caminhar na evolução racional.

As mudanças climáticas sempre existiram. Se não houvesse mudanças não haveria crescimento. Estamos sobre esta Terra há vinte e uma eternidades. É tempo pra dedéu. E ainda estamos lutando pela evolução de poucos milênios. Não sabemos quantos dilúvios já tivemos. Ainda continuamos acreditando que o último dilúvio foi o único. E enquanto ficarmos alimentando tais pensamentos não teremos como evoluir. E enquanto não evoluirmos não nos prepararemos para o próximo dilúvio. Ele vai chegar, nos jogar para o espaço, e sabe-se lá quanto tempo ocorrerá para que iniciemos tudo novamente. E aí iremos começar tudo na base da fantasia, até o dilúvio seguinte.

A vida é um eterno ir e vir. E enquanto não nos prepararmos para a próxima volta, voltaremos os mesmos. As naves espaciais que estão no espaço começarão a cair e novamente vamos acreditar que elas estão vindo de outros planetas. Quantas religiões teremos nem imaginamos. Os cientistas que iniciarão a nova jornada serão considerados gênios, quando na realidade ele saíram daqui com os conhecimentos que trarão no futuro. Esta é a vida que sempre vivemos e sempre viveremos. A menos que nos preparemos para o futuro. Porque este vai ser depois do próximo dilúvio. Então vamos viver a vida para que sejamos lembrados no futuro. Pense nisso.

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