Bom dia,

Hoje é sexta-feira (31.12). Daqui a pouco mias de 12 horas termina 2021. É de praxe, por isso mesmo, queremos desejar a todos/todas as leitoras que consigam realizar em 2022 seus melhores sonhos. O próximo ano é, decididamente, de uma importância singular para o conjunto da população brasileira, afinal, estaremos com a oportunidade nas mãos e na consciência de escolher os principais dirigentes do país, inclusive do presidente da República. É uma baita oportunidade para tentar recolocar o Brasil como uma sociedade que pode ombrear com as maiores do mundo, e a primeira coisa a fazer é nos livrar desse sentimento de “cachorro vira-latas” como bem disse o genial dramaturgo Nelson Rodrigues, que parece estar tomando conta do inconsciente tupiniquim nesses últimos anos de crise moral, econômica e social que nos assola. Ao contrário, somos um povo que já deu exemplo de sua capacidade, basta lembrar o espetáculo de progresso mostrado a todo o Planeta no último século, quando em cerca de 50 anos saímos da condição de uma das nações mais pobres do mundo, agrária-exportadora, para nos transformar na sétima economia industrial planetário. E isso não foi pouco.

O Brasil tem jeito, e só pelo voto, vamos encontrar a forma de nos livrar desse pesadelo que já dura mais de uma década de domínio da corrupção; da violência rural e urbana; do desemprego; da injustiça social e do desalento que nos tem afetado. A oportunidade propiciada pelo ano eleitoral, que começa amanhã, não pode ser desperdiçada. É preciso acreditar na democracia, apesar de suas imperfeições, é o único caminho para vencer as crises; e que os políticos apesar de infestados de toda sorte de bandidos de colarinho branco, são os principais veículos das mudanças desejadas pelos eleitores.  E aí, reside a importância de que todos participem do processo eleitoral, só com intensa participação direta e indireta de todos os brasileiros e as brasileiras aumentará a probabilidade do voto conseguir separar o joio do trigo. Não é uma tarefa fácil, mas é possível.

BASTIDORES

Se as paredes falassem, por certo, que a população e especialmente os eleitores teriam mais informações para separar o joio do trigo. É preciso ter consciência de uma coisa. Olhando pelo retrovisor das práticas políticos/eleitorais no Brasil, e em Roraima não é diferente, os ajuntamentos de políticos em processos eleitorais e depois deles é feito quase sempre em nome do pragmatismo e do interesse pessoal dos protagonistas. Não é comum entre nós, que acerto entre eles tenha como fio condutor do entendimento, o interesse coletivo. Tanto que partidos e lideranças, teoricamente afastados por razões ideológicas e doutrinárias se juntam sem o menor pejo, quando o objetivo é vencer a eleição. O que vale é a tal história de que em eleição, o feio é perder.

DANÇA

E a dança partidária dos políticos está longe de acabar. Aliás, só está começando. Aqui em Roraima, fontes confiáveis da Parabólica dizem que os correligionários do governador Antônio Denárium (PP) ainda não desistiram de conseguir o controle do PL estadual, hoje nas mãos do deputado federal Édio Vieira Lopes (PL), virtual candidato a vice na chapa encabeçada pela ex-prefeita Teresa Surita (MDB). Esses correligionários do atual governador entendem que no PP, partido que Denárium recentemente se filou, ele não tem o controle da sigla, enquanto no PL o espaço de mando seria quase total. As nossas fontes falam do empenho de um ministro com assento no Palácio do Planalto, e até mesmo de um dos filhos de Bolsonaro, estão empenhados na tarefa de levar Denárium para o PL. Só o tempo, o senhor da razão, vai mostrar se a história tem fundamento.

FALTA CHEFIA

O ano de 2021 termina sem que o governo da República Cooperativista de Guiana tenha indicado o embaixador/embaixadora em Brasília, e o/a chefe do Consulado aqui em Boa Vista, que continua aberto por dedicação dos servidores. O presidente Irfaan Ali, que assumiu a presidência daquele país, que desponta como o país sul-americano, que mais crescerá nesta década, parece não colocar as relações diplomáticas com o Brasil como prioritárias. É uma resposta pela forma também não prioritária como o Brasil sempre tratou a relação com aquele país caribenho. Ao contrário do restante do Brasil, o aumento das relações econômicas com o nosso vizinho seriam fundamentais para alargar o potencial econômico de Roraima.

RÁPIDAS

Recentemente filiado ao Cidadania, o defensor-geral do estado, Stélio Dener, pré-candidato a deputado federal, dificilmente ficará naquela sigla. Tudo por conta das novas regras para preenchimento das vagas que exigem muitos votos para que um partido preencha uma das vagas em disputa para a Câmara Federal. ### Outra pré-candidata à Câmara Federal, a ex-senador Ângela Portela, hoje no PDT, ainda não definiu se mudará de partido para disputar a eleição, embora as chances de mudança sejam grandes. ### Ridícula essa polêmica em relação à dispensa pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), da ajuda de 10 pessoas oferecida pelo presidente argentino. O Brasil tem mais coisas importantes a discutir, decididamente. ### Estranha a visita por cinco dias a Boa Vista feita nesta semana pelo presidente da Caixa Econômica, Pedro Guimarães. Sem alarde, ele que é um dos homens de confiança de Bolsonaro, visitou vários lugares da capital boa-vistense. Nos bastidores, diz-se, em Brasília, que Bolsonaro quer vê-lo candidato ao Senado Federal em 2022. ### As mesmas fontes, bem situadas na Capital Federal, garantem que já foi maior o prestígio político do ex-ministro da saúde, Eduardo Pazuello no Palácio do Planalto. Ele chegou a ter seu nome cogitado para disputar a Câmara dos Deputados por Roraima.  ### Até o próximo ano.                     

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