Jessé Souza

Com a estiagem queimadas e incendios ja deram os primeiros sinais 13124

Com a estiagem,  queimadas e incêndios já deram os primeiros sinais 

Jessé Souza*

Os primeiros dias de 2022 começaram com uma estiagem, indicando que poderemos ter quatro meses de forte estiagem até o fim do verão roraimense. Nos últimos três anos, o Estado praticamente não teve um período de seca, o que contribuiu para controlar queimadas e incêndios.

Com esses últimos cinco dias de sol, já é possível ver queimadas no lavrado às margens das rodovias, especialmente na região Norte do Estado. Isso significa que as autoridades precisam estar vigilantes para que haja um controle nas queimadas e combate a incêndios que fatalmente poderão sair do controle diante da estiagem.

Como não tivemos um período de seca nos últimos três anos, que coincide com o período da atual administração estadual, ainda não deu para saber como este governo está estruturado nesta área. Tempos não faltou para garantir estrutura e uma ação coordenada para impedir a destruição do meio ambiente pelo fogo.

Até agora, nenhum governo conseguiu manter uma estrutura permanente não só para o combate a incêndios e queimadas descontroladas, mas também para enfrentar as consequências das cheias que provocam alagamentos, destruição de pontes e estradas, prejudicando principalmente a população do interior e os produtores rurais.

Entra verão e inverno, todas as ações são realizadas na base do emergencial, paliativos e muito sacrifício dos órgãos envolvidos. Até hoje existem produtores rurais reclamando de vicinais intrafegáveis por causa das chuvas que caíram. O Governo do Estado joga a responsabilidade para as prefeituras, que por sua vez alegam não ter estrutura.

O curioso é que existe a Secretaria Estadual de Articulação Municipal e Políticas Urbanas (Seampu)  que deveria ter esse papel de estar articulado com os municípios. Mas parece que esta pasta foi criada apenas para “articulações políticas” e para acomodar aliados visando as próximas eleições, do que servir para enfrentar esses desafios de forma conjunta com os prefeitos.

Tudo indica que este ano teremos alguns meses de verão intenso e o início de um inverno, logo em seguida. Então teremos a oportunidade de ver se existe algum plano traçado nesses últimos três anos para combater os grandes incêndios e, em seguida, enfrentar os problemas do inverno. Já sabemos que houve tempo suficiente para se preparar para isso. Não haverá desculpa desta vez.

*Colunista