A esperança e a necessidade de cada um fazer sua parte na vacinação
Jessé Souza*
Assim como ocorre em toda mudança, a reestruturação no atendimento aos pacientes de Covid-19 pela rede estadual de saúde tem provocado reclamações por parte de algumas pessoas. O que se espera é que as autoridades de saúde saibam o que estão fazendo para não prejudicar a população neste momento de uma iminente terceira onda do coronavírus no país.
Mas o que precisa ser realmente focado, neste momento, é a necessidade da população em fazer sua parte para combater o vírus, que é a vacinação em massa até completar a terceira dose. Porque de nada adiantarão os esforços das redes públicas de atendimento se as pessoas não forem aos postos de vacinação se imunizar contra a doença.
As informações mais recentes, divulgadas neste fim de semana que se passou, é que a variante ômicron dominou o mundo. Conforme uma compilação de notícias divulgadas pelo The Intercept Brasil, junto à revista Slate e ao jornal The New York Times, os dados sobre a nova mutação da Covid-19 trazem esperanças ao mundo.
Não se trata de uma notícia ruim o fato de a ômicron ter dominado o planeta. No Brasil, 6 em cada 10 infectados pegaram a variante, enquanto o restante foi contaminado pela delta, conforme a publicação. Significa que o país já vive uma terceira onda, considerada “a pior de todas” no sentido de “número de contaminados”, mas não em relação ao risco de morte.
Vejamos. Os sintomas da ômicron aparecem geralmente no terceiro dia de contaminação, enquanto os da delta no quinto dia. Porém, também desaparece mais cedo. Os dados informam que a ômicron se mostra de mais rápida propagação da história: um caso de ômicron daria origem a 216 novos casos no mesmo período.
A boa notícia é que a ômicron tem se mostrado menos agressiva que a delta, com efeitos mais brandos e não ataca com violência os pulmões, se concentrando mais no nariz. Isso significa que se reduz, em muito, a possibilidade de um contaminado ir para uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), onde a pessoa é entubada, bem como reduz os riscos de morte pela doença.
“E o melhor de tudo: a ômicron parece proteger contra a delta, o que significa que a nova variante vai engolir a antiga e virar o vírus dominante no mundo. Muitos cientistas têm esperança de que o fim da pandemia aconteça por isso + vacinação”, afirma o The Intercept Brasil ao frisar que as vacinas estão sirtindo o efeito esperado, reduzindo os casos de internação hospitalar.
Então, a grande responsabilidade de devolver a normalidade à vida das pessoas neste ano são muito grandes, desde que haja vacina para todos e que, principalmente, as pessoas parem de acreditar em fake news de políticos canalhas, movimentos negacionistas e ingrejas infames, o que tem prejudicado a vacinação em massa.
O controle do maldito vírus está nas mãos da população e das autoridades que terão a obrigação de imunizar a população, além de reforçar as orientações de higienização, distanciamento e o uso de máscara até que cheguemos a um ponto seguro para viver normalmente. Essa é a boa notícia para 2022.
*Colunista