Bom dia,

Hoje é sexta-feira  (14.01). O Banco Interamericano (BID) uma das instituições financeiras criadas no pós-grande Segunda Guerra para a reconstrução das Américas é uma instituição que acumula larga experiência em desenvolvimento. Recentemente o BID publicou os resultados de uma interessante pesquisa sobre as causas da falta de crescimento nalguns países da América Latina. Dentre outros fatores que impede a expansão da economia latino-americana, os pesquisadores do banco identificaram como importante a enorme desconfiança existente entre a população e as instituições desses países, e até mesmo a mútua desconfiança entre as pessoas.

No caso do Brasil, os técnicos do BID enxergaram que o caso é particularmente grave. Qualquer economista sabe que a possibilidade de aumento de negócios depende fundamentalmente de um ambiente que dê segurança a quem deseja, e tem recursos para investir, sejam empreendedores nacionais e ou internacionais. Sem esta segurança, o nível de investimentos desaba e o capital sai do país em direção a  outros com mais previsibilidade e onde a confiança entre as pessoas e as instituições, e entre elas mesmas, aumentem as chances de retorno do capital investido.

Não porque duvidar das conclusões dos pesquisadores do BID. Quem no Brasil vê sem desconfiança as instituições do país? Qual o nível de confiança entre si dos brasileiros? Quem vê sem desconfiança a decisões do governo brasileiro? Quem acredita que essas decisões vão ser implementadas, frente a decisões do Poder Judiciário que, nas raras vezes, as invalidam? Quem acredita que medidas cruciais para resolver a crise que infelicita os brasileiros, faz mais de uma década, serão aprovadas pelo Congresso Nacional de modo republicano, isto é, sem a compra de votos dos congressistas?

São algumas questões que a Parabólica deixa para seus leitores e suas leitoras meditem neste final de semana.

CONVITE

Fontes da Parabólica, bem situadas no Palácio Senador Hélio Campos, dizem que a expectativa do governo estadual é de receber hoje o convite para que o governador Antônio Denárium (PP) integre formalmente a comitiva que vai acompanhar o presidente Jair Bolsonaro (PL) na visita que fará até o final do ano à República Cooperativista da Guiana e ao Suriname. 

A Suprema Corte da Justiça estadunidense, cujo maioria dos nove ministros é conservadora, derrubou um Decreto do presidente Joe Biden, que é do partido Democrata, que obrigava as empresas a exigirem certificado de vacinação de seus trabalhadores. Seis, dos nove ministros, argumentaram que o Decreto afrontava a liberdade das empresas privadas, o que é um valor extremamente importante para a sociedade e iniciativa privada na terra do Tio Sam. A ação na Suprema Corte havia sido impetrada pelo partido Republicano, que assume com clareza sua crença no liberalismo e no conservadorismo.

Aqui, onde o Supremo Tribunal Federal (STF) -que é constituído de onze ministros, apesar da população brasileira não chegar a dois terços da população norte-americana-, as decisões correm em sentido contrário. Formado em sua maioria por integrantes indicados por governos de esquerda e de centro-esquerda, os ministros assumem posição clara contra o conservadorismo, e especialmente, contra o atual governo que se declara liberal e conservador. Enquanto o presidente Jair Bolsonaro, e seu governo, se declaram contra vacinação obrigatória e exigência de comprovação de vacinas por parte dos trabalhadores, na esfera pública e privada, os ministros do STF decidem o contrário.

DOUTOR

O governador Antônio Denárium ainda realiza consultas antes de bater o martelo na indicação dos nomes dos futuros dirigentes das recém-criada Fundação de Apoio a Pesquisa do Estado de Roraima (Faper) e do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural de Roraima (Iater). No caso a Faper, cuja lei que a criou estabeleceu a exigência de que seu dirigente mor tenha doutorado, o governador já tem uma lista com cerca de 10 nomes de técnicos e professores com a habilitação exigida. As indicações podem sair até o final deste mês de janeiro.

DECISÕES 1

De um dos mais importantes apoiadores do governo na Assembleia Legislativa do Estado (ALE), a Parabólica colheu a seguinte declaração: “O governador Antônio Denárium tem condições concretas de vencer as eleições, Mas, precisa tomar duas decisões até o final do mês: seu palanque só pode ter um candidato ao Senado, e hoje existem dois nomes disputando o mesmo cargo, o senador Telmário Mota (PROS) e o deputado Federal Hiram Gonçalves (PP). A decisão sobre o imbróglio tem de ser dele, Denárium”.

DECISÕES 2

O aliado de Denárium vai mais além: “Ele tem também o dever de assumir a coordenação política para a formação das chapas que vão disputar, mesmo em partidos diferentes, a eleição para a Câmara Federal e Assembleia Legislativa do Estado. Ele não pode ficar refém das decisões dos presidentes das legendas que vão apoiar sua reeleição, sob pena de perder importantes candidaturas, que certamente fortaleceriam seu palanque. O foco dos dirigentes dos partido são as eleições proporcionais, e não a reeleição do governador”, concluiu.