Opinião

Proteger a vida das criancas e dever de todos 13234

Proteger a vida das crianças é dever de todos

Há um ano, o Brasil iniciou a vacinação contra um vírus do qual a origem é incerta, mas os reflexos são avassaladores. A chegada das vacinas elevou o patamar de enfrentamento à Covid-19, trouxe esperança à população e injetou doses de otimismo em meio a dias sombrios e tristes.

Em todo o país, mais de 163,1 milhões de pessoas receberam ao menos uma dose de vacina, enquanto 148,4 milhões tiveram duas doses aplicadas, segundo dados do consórcio de veículos de imprensa. Ou seja, temos quase 70% da população brasileira com o esquema vacinal completo, o que simboliza confiança na ciência e desejo de dias melhores.

O avanço da campanha de vacinação como resposta à crise sanitária vem se respaldando nos diversos estudos científicos que comprovam, cada vez mais, a eficácia dos imunizantes, que agora se estendem ao público infantil. No início deste mês, crianças de 5 a 11 anos foram incluídas no plano nacional de vacinação, após aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A medida se mostra essencial diante do cenário da pandemia. De acordo com dados do Ministério da Saúde, divulgados pelo Instituto Butantan, 1.449 crianças, de 5 a 11 anos, morreram em decorrência da Covid-19. O índice torna a doença a segunda maior causa de óbitos infantis no país. Em Roraima, ao menos 7 crianças, de 5 a 9 anos, perderam a vida para o vírus, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau). Ainda no estado, 116 meninos e meninas, com comorbidades ou deficiência, foram vacinados.

Essa verbalização da vacina para todos, sejam crianças ou adultos, é fundamental também quando olhamos especificamente para o panorama de imunização em Roraima. Até o dia 24 de janeiro, o estado detinha o status de menor cobertura vacinal com duas doses ou dose única: apenas 57% (sem incluir crianças de 5 a 11 anos), mostrando-se bem inferior à média nacional. Mas ainda há tempo para virar o jogo.

Mais do que um gesto de respeito e solidariedade, se vacinar é um direito constitucional garantido às pessoas e um dever do Estado. Recusar a vacina – como alguns têm feito durante a pandemia de Covid-19 – coloca em risco a saúde e a vida. É preciso entender que o direito coletivo deve prevalecer sobre os desejos individuais. Ao usar máscara, praticar o distanciamento e checar conteúdos sobre a pandemia em fontes confiáveis antes de compartilhá-los, por exemplo, nos protegemos e cuidamos dos outros.

O artigo 14 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é cristalino quando o assunto é imunização: “é obrigatória a vacinação nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias”. As doses contra Covid-19 já fazem parte do plano do governo federal e, portanto, as crianças devem ser vacinadas, em nome do bem comum.

Dessa forma, entendemos como essencial a imunização infantil, conforme preconizam as leis brasileiras. Nosso apelo se entrelaça com as inúmeras pesquisas científicas que atestam a proteção dos pequenos. Logo, vacinar é possibilitar que as crianças cresçam sadias, caminhando seguras em direção ao próprio futuro.

A Visão Mundial está comprometida com a promoção da vida plena para todas as crianças e reafirma seu compromisso com o ECA, que diz: “é dever da família, da comunidade e do Estado assegurar, com absoluta prioridade, os direitos das crianças”.

Por Welinton Pereira da Silva

Diretor de Advocacy e Relações institucionais da Visão Mundial Brasil. Mestre em Direitos Humanos e Cidadania pela Universidade de Brasília (UnB), onde é pesquisador do Núcleo da Infância e do Núcleo de Estudos para a Paz (NEP-UnB). Já atuou como membro do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda).

Dê uma cotovelada

Afonso Rodrigues de Oliveira

“Bendita crise que me traz de volta o amor pela humanidade”. (Mirna Grzich)

Duas coisas que você deve fazer, agora: não pensar que estou repetitivo ou que estou preso pela crise. Vamos ficar fora dessa. A verdade é que estou tentando fazer com que fiquemos longe do desespero. A partir da década dos trintas, do século passado, já convivi e vivi com várias crises exatamente iguais a esta. E estou aqui falando com você. Ainda na primeira crise que vivi, nos anos trintas, eu ainda brincava com carrinhos de carretel. Carrinhos que meu pai fazia pra mim, com os carretéis da linha que minha mãe usava nas costuras. Deu pra entender? Quem tem menos de oitenta anos de idade, com certeza não viveu isso.

Vamos viver cada momento de nossas vidas, com a vida. Simples pra dedéu. Temos que nos adaptarmos aos acontecimentos do momento. Mas sem nos prendermos a eles. Atualmente não está sendo fácil sentar ao computador e falar sobre assuntos do cotidiano. Enquanto estivermos presos, dentro de casa, por conta de alguma crise, temos que ter vivido, e adquirido experiências.

Sentei-me aqui e fiquei olhando para o portão. De repente passou uma mulher usando uma máscara. Aí sorri. Mas sem menosprezar a senhora que me chamou à atenção, não para a mulher, mas para o porquê do uso da máscara. E como eu não sei e nem entendi, ainda, o porquê dos discursos dos “entendidos” sobre a máscara, vou ficar na minha. Mas acabou de me ocorrer um caso importante, vivido na crise dos trintas. E mesmo no carrinho de carretel, observei detalhes importantes naquela época, ocorridos com a crise.

Vamos ficar no aguarda, e vamos viver o dia, hoje. Mas eu disse, viver. E viver não é ficar preso a coisas nem acontecimentos que podem, ou possam dificultar a vida. Comecemos a nos habituarmos a dar bom-dia ao dia, sempre que acordarmos, pela manhã. É um hábito tão sadio quanto o hábito de beber água em jejum. Simples pra dedéu. Tão simples que na nossa simplicidade não damos importância e isso. Vamos viver. E viver é não perder tempo com coisas nem acontecimentos que possam nos trazer tristezas. “Nada nem ninguém, além de você mesmo, tem o poder de fazer você se sentir feliz ou infeliz, se você não estiver afim”. Analise isso.

Busque sua felicidade em você. O tempo que você perde correndo mundo a fora procurando a felicidade, traz um grande prejuízo para você. Então concentre-se em você e seja o que você é. Sem se esquecer de que você nunca estará no degrau superior. E por isso tem que estar atento no futuro, para construí-lo como você o merece. E só você sabe o que você merece e quer. Pense nisso.

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