Opinião

Mente corpo e alma 13307

Mente corpo e alma

Afonso Rodrigues de Oliveira

“O objetivo de toda vida é a evolução, e tudo que vive tem o direito inalienável a toda evolução que é capaz de ter”. (Wallace Wattles)

Acordei, ontem pela manhã, pensando em bater um papo com você. Não sei quem você é, e isso não importa. O que importa é que você esteja a fim de conversar. Quais as maiores dificuldade que você está encontrando para realizar seus sonhos? Talvez você esteja mais preocupada com as dificuldades do que com os sonhos. Supere as dificuldades concentrando-se no que você é e quer.

Concentre-se na sua mente, no seu corpo, na sua alma; o tripé necessário para você alcançar seus objetivos. Mantenha seus pensamentos equilibrados, seu corpo confortável e sua alma limpa. Se você quer ser uma mulher de sucesso, seja elegante. E a elegância não está na euforia do aparecer. Ao contrário. Lembre-se de que já citamos isso por aqui: “Não é seu vestido bonito e caro, que vai fazer de você uma mulher elegante; embora ele faça parte de sua elegância”.

Nunca consegui, nem vou conseguir, esquecer aquela garota que estudou comigo, na Escola de Base, na Base Aérea de Parnamirim, no final da década dos quarentas. Era uma garota muito pobre. Mas todos os professores a admiravam pela postura que ela tinha, em relação à sua maneira de vestir os vestidos mais pobres que uma garota pobre pode vestir. Já falei disso aqui e não vamos repetir.

Sua postura é fundamental para seu sucesso, quando você quer realmente ser bem sucedida. O importante é não confundir postura com exibicionismo. Sua postura está no falar, no estar, e sobre tudo na sua presença. Você nunca será uma mulher elegante se não for simpática. Cultive sua simpatia. É simples. Quando uma mulher é elegante não corre o risco de ser vulgar no que quer que faça.

Recentemente me perguntaram, em tom de crítica, por que só esculpo mulheres nuas. A nudez não é uma vulgaridade. A vulgaridade está na maneira vulgar da exibição da nudez. Que é, por exemplo, o que vemos nas revistas chamadas de masculinas. Ser elegante é ser elegante, onde, como, e com quem você estiver. E você nunca será elegante se não se valorizar. E valorizar-se não é embarcar na hipocrisia da aparência ditada e mantida pelos deselegantes.

Só quando você for capaz de se valorizar, de ser você mesma, de manter sua postura sem arrogância, apenas pelo respeito a você mesma, você será uma mulher elegante; independentemente de sua condição social. Confie em você mesma e vá em frente. Seu sucesso na vida está em ser o que você quer ser na vida. Não permita que ninguém, além de você mesma, dirija sua vida. Pense nisso.

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A Palavra de Deus está se cumprindo 

 Marlene de Andrade 

 

“Haverá grandes terremotos, fomes e pestes em vários lugares e acontecimentos terríveis…” (Lucas 21:11) 

O mundo está em pânico com esta desastrosa pandemia, a qual a princípio alguns médicos, achavam ser apenas um “resfriadinho”, mas infelizmente, inúmeras pessoas morreram vitima desse vírus maldito, pois os efeitos dessa doença são muito graves. Não fosse isso o suficiente, está ocorrendo um impacto econômico sem precedentes e se isso não bastasse muitas famílias  perderam seus entes queridos sendo tal fato o pior de toda essa história. 

O mercado de trabalho foi bastante atingido e o mercado financeiro, por sua vez, despencou e como consequência inúmeras pessoas perderam o dinheiro que levaram anos poupando. A economia mundial está totalmente abalada e daqui para frente à perspectiva é que passaremos por muitas agruras, uma vez que o número de pessoas arrasadas, financeiramente, no mundo inteiro é bem preocupante. E o mais triste mesmo foi saber que inúmeras pessoas morrerem nos hospitais sozinhas porque, muitas das vezes, o caso clínico era grave e por isso o paciente não podia receber visitas e nem ter direito a um acompanhante. 

E ainda ficam afirmando que a gasolina, no Brasil, aumentou por causa do atual Presidente da República do nosso país. O que é isto? Temos que entender que a situação do Brasil tem a ver com essa crise mundial que se instalou no mundo inteiro e com a roubalheira de muitos políticos Brasil afora que furtaram o dinheiro que chegava para dar assistência aos pacientes adoecidos com a Covid-19.  

Não podemos nos esquecer de que muitos países podem passar tempos muito difíceis e por isso já tem muita gente do exterior de olho no Brasil, visto ser ele o país mais rico em terras produtivas e minérios de alto valor como, ouro, prata, nióbio, ferro, terras férteis, água potável, rios, mares e, entre outros, possuidor da maior floresta deste planeta.  

Algo que também muito preocupa é o enfrentamento dos profissionais de saúde que se encontram na linha de frente dessa maldita doença. Eles são verdadeiros heróis e alguns até morreram contaminados por essa peste que invadiu todo o nosso planeta. E aí, o que fazer, visto que muita gente já está sofrendo terríveis consequências desta pandemia? Talvez esperar dezenas de anos para que esta realidade se restabeleça? E o pior é que tem gente que não acredita que isso é cumprimento da Palavra de Deus.     

Médica Especialista em Medicina do Trabalho- ANAMT/AMB/CFM 

Técnica de Segurança do Trabalho-SENAI-IEL 

CRM-RR 339 RQE-431 

Pautando a sociedade: política e religião

Evandro Pereira

Um dos desafios para os eleitores brasileiros é separar política de religião. O direito ao culto em um estado laico, ou seja, aberto a todos tipos de manifestação religiosa, está garantido na Constituição. Na promulgação das Constituições Federal e Estadual, em seus preâmbulos invoca-se a “proteção de Deus” para assegurar o ideal de servir a todos e assegurar justiça e bem-estar, fato que revela as condições sociais e culturais em que foram debatidos e escritos os textos constitucionais.

É certo que diferentes tipos de sociedade apresentam diferentes formas de liderança política. Tratamos neste texto da política de estado, dos agentes que representam o povo na proposição e execução de políticas públicas que intencionam afetar o bem comum em nosso país. O estado moderno, laico, do ponto de vista sociológico, existe sob condição de submissão às leis deste estado, ou seja, os cidadãos “dominados” se submetem à autoridade continuamente reivindicada pelos “dominadores”.

No artigo 4º da Constituição de Roraima, há um reforço da Lei Federal, quando diz que todos são iguais perante a Lei, portanto, tem os mesmos direitos. Dessa forma, o exercício pessoal da religião, limita-se ao campo privado. Há uma confusão gerada do seio da sociedade brasileira, disseminada pela mídia convencional e ampliada pelas redes sociais, de que é possível constituir-se no Brasil, um estado confessional.

Pela lei, não existe a possibilidade de se implantar um estado cristão, islâmico, budista, kardecista ou de qualquer outro segmento em nosso país, pois todos os credos são possíveis no campo privado, entretanto, estes não devem decidir o futuro do país, ou exercer pressão nos espaços institucionais para atender seus interesses ideológicos em detrimento aos direitos comuns dos cidadãos, como educação, saúde, se
gurança, assistência social, habitação, cultura, comunicação, etc.

Os exemplos em outros países que misturam o domínio da religião sobre as pessoas por meio da política são trágicos. No entanto, tais fenômenos sociopolíticos precisam ser compreendidos pelo processo histórico de constituição destes estados nacionais. Em uma democracia, como a nossa, é importante que se perceba que os representantes políticos são reconhecíveis pela possibilidade de deslocá-los de suas funções por meio do processo eleitoral.

Estes agentes não devem ser eternos nos cargos, ou pelo menos, não deveriam. O político de carreira é uma categoria que distorce a alternância de poder necessária para o pleno exercício da cidadania e da participação popular, fenômeno que permite anomalias como a corrupção, o culto à personalidade, cegueira de problemas sociais, criação de feudos dependentes, currais eleitorais e o discurso religioso excludente.

Conhecidas informalmente como “bancada BBB”, as bancadas da bala, do boi e da bíblia – que são, respectivamente, as frentes parlamentares da Segurança Pública, Agropecuária e Evangélica representam o avanço do conservadorismo no Brasil e a afirmação da moda que virou o discurso moralista nestes últimos tempos.

Suas pautas vão desde a facilidade para o acesso à posse de armas, flexibilização de trabalho análogo ao escravo, limitação das demarcações de terras indígenas e a abertura para mineração, proibição de aborto em caso de estupro e a disseminação da ideia do malfadado Kit Gay, fantasia criada por estas alas conservadoras. Outro discurso que tira a credibilidade, sobretudo, de políticos da bancada evangélica, é atribuir uma imagem negativa ou “demonizar” os partidos de esquerda e as outras religiões, sobretudo, as afro-indígenas, promovendo um pensamento de ódio e exclusão.     

É neste contexto que temos que continuar vigilantes na defesa da democracia, denunciando os abusos e fake news. Política e religião podem e devem conviver democraticamente, mas em dimensões diferentes – a primeira, conduzindo o debate público e a outra na condição de um direito que deve ser garantido pelo estado pluridiverso. Os riscos da teocracia precisam ser eliminados, com a consciência da importância da democracia e das normas que nos regem por meia da Carta maior, que é nossa Constituição.

Sociólogo, ex-coordenador da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores indígenas de Roraima e membro do Comitê Pró-cultura de Roraima.