Rua Juvêncio Jaricuna de Albuquerque
Bairro Asa Branca
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O roraimense Juvêncio Jaricuna, mais conhecido como “Caboclo Juvêncio”, nasceu na região do Murupú, no dia 14 de abril de 1924. Era filho de Francisco Fortunato de Albuquerque e de Paula Jaricuna de Albuquerque.
O pai do Juvêncio o senhor Francisco Fortunato, chegou a Roraima em 1917 trazido pelo Senhor João Pereira de Melo que possuía algumas fazendas no interior, uma dela na região do Murupú nas proximidades do Igarapé Merú, onde plantava tabaco e criava gado.
Naquela região Francisco Fortunato conheceu a índia Paula da etnia Jaricuna (do grupo Taurepang). Dessa união nasceram dois filhos: Juvêncio Jaricuna de albuquerque e Elvira Albuquerque Rocha Lima. Depois de algum tempo, Fortunato e a índia Paula Jaricuna separaram-se e os filhos do casal vieram morar com o senhor João Melo aqui em Boa Vista.
O jovem Juvêncio passou a ser, praticamente, um filho para o senhor João Melo, de tal forma que foi apelidado de ´´caboclo Juvêncio do João Melo“.
Após seus estudos com o professor Diomedes Pinto Souto Maior, o caboclo Juvêncio foi trabalhar como guarda-livros, espécie de contabilista, cuidando das finanças do senhor João Melo. Tempos depois, foi servir ao Exército na cidade de Manaus.
De volta à Boa Vista, Juvêncio conheceu e casou em maio de 1949 com a jovem Hilda Rodrigues de Albuquerque, chamada em família como “Dona Nêga”.
Dessa união nasceram 8 filhos:
Leatrice; Joildo (já falecido), Juvêncio Albuquerque Filho (conhecido como Juvencinho. Este nasceu no dia 11/03/1952); Celeste; Paulo Joel; Luis Roberto (já falecido); Maria Auxiliadora; e Magda Rodrigues de Albuquerque.
O patriarca da família, Juvêncio Jaricuna de Albuquerque, fez vários cursos, dentre eles o de Prático Rural, o que lhe possibilitou empregar-se no Departamento de Produção da Secretaria de Agricultura do Território. Neste Departamento passou a exercer a função de administrador da Fazenda Bom Intento, na região do Murupú, e por várias vezes coordenou a Exposição Feira Agro-pecuária, no Parque de Exposição – à época funcionando na Avenida Santos Dumont (no local hoje está o Cartório Eleitoral e o Ministério Público estadual).
O caboclo Juvêncio foi também chefe da Divisão de Terras e Colonização Agrícolas da Secretaria de Agricultura, e passou a visitar as fazendas, com a equipe daquela Secretaria, vacinando o gado e orientando os produtores e pecuaristas. Nesse serviço, Juvêncio conheceu todo o Território e fez muitas amizades.
Nas horas de folgas Juvêncio gostava de pescar. E foi numa dessas pescarias que perdeu a vida. Certo dia saiu de casa e foi pescar no alto rio Branco. Como havia passado o dia e a noite fora de casa, seus filhos foram procurá-lo e o encontrou já morto, vítima de enfarto cardíaco.
Juvêncio Jaricuna de Albuquerque nasceu em 1924 e faleceu no dia 07 de janeiro de 1985, aos 61 anos de idade. Por seu trabalho em prol do desenvolvimento deste ex-Território, a Câmara Municipal e a Prefeitura de Boa Vista, lhe fizeram várias homenagens, uma delas a de pôr seu nome em uma rua nesta cidade.
O Prefeito à época, Barac da Silva Bento, através do Decreto n.º 806 de 26 de outubro de 1989, denominou a ex-Rua C-9, no Bairro Asa Branca, com o nome de Rua Juvêncio Jaricuna de Albuquerque, uma merecida homenagem a um homem que dedicou sua vida ao trabalho e à família. Do casal Juvêncio e Dona Nega, descendem, além dos filhos, 17 netos e 15 bisnetos.