Falando de Negócios

A IMPORTANCIA DAS PESSOAS NO MUNDO DOS NEGOCIOS 13509

A importância das pessoas no mundo dos negócios

Numa passagem rápida pela leitura de uma frase de Simon Sinek que diz o seguinte: “100% dos clientes são pessoas. 100% dos funcionários são pessoas. Se você não entende de pessoas, não entende de negócios”. É uma frase forte, porém a mais pura realidade e que nos trouxe a reflexão sobre o tema “pessoas” no mundo dos negócios. 

As organizações, muitas delas, ainda não entenderam que passado século e séculos o grande ponto a ser avaliado constantemente é a variável CAPITAL HUMANO (pessoas) de uma organização. Mas pasmem, passou esse tempo todo e as organizações não aprenderam a lidar com os elementos que definem claramente o sucesso ou fracasso de uma marca.

Vamos exemplificar desde o nascimento da relação entre colaborador e empregador: Na década de 80 e 90 você passava por um processo seletivo para contratação e seu currículo era avaliado pela quantidade de páginas e volume de diplomas, certificados, cursos e pouco importava uma avaliação face to face. A quantidade, “teoricamente”, era o que definia o sucesso na contratação, mas passados alguns dias descobria-se que o candidato sabia tudo sobre o mundo, menos sobre as pessoas. Essa constatação levava a uma rotatividade (Turnover) muito grande e que comprometia todo o planejamento da organização. Começaram a se questionar como pensar num planejamento a médio e longo prazo senão se consegue montar uma equipe, estudar perfis, relacioná-los, comprometê-los e envolvê-los dentro do contexto dos objetivos da organização? A resposta não é simples, mas com o passar do tempo vem se complicando cada vez mais porque ao invés de irmos no cerne do problema, ficamos dando voltas, loops e buscando tecnologias para substituir quem jamais irá ser substituído. “As criações feitas pelo ser humano jamais substituirão o olho no olho.”  

Outro exemplo interessante é a qualidade do atendimento em algumas regiões do Brasil, onde chegamos a triste constatação que o bom atendimento, na realidade, é exceção e não regra como deveria ser. Estamos pulando etapas. No auge da pandemia e com o crescimento dos serviços de delivery, vimos pessoas se preocupando em criar canais de atendimento pelo WhatsApp e redes sociais e se depararam com o seguinte dilema:  Como atender por esses canais se ainda não aprendemos a atender no salão ou balcão da loja, olhando olho no olho? O atendimento é um processo evolutivo e contínuo, onde quem vende dever ter prazer em comprar e onde quem compra tenha a satisfação de fazê-lo, mas o que vemos é um show de reclamações em relação a qualidade do atendimento, nas mais diversas áreas, e o mercado tratando tudo isso como um jogo de transferência de responsabilidade, onde todos perdem.

“O empresário perde quando não cuida da sua marca, perde quando não cuida do seu quadro de colaboradores, perde quando trata o cliente como algo sem importância, perde quando ignora a concorrência e perde quando acha que a zona de conforto é o melhor lugar.”

Mas só empresário perde? Claro que não. Todos perdemos. O profissional que busca ocupação perde quando acredita que ao adquirir a confiança do empregador está livre para revelar o que não revelou na entrevista de emprego, a falta de compromisso, a ausência de envolvimento e principalmente a cultura do passar uma chuva, ou seja, “até a próxima oportunidade eu fico por aqui”.

E o cliente? Esse é o grande ativo das organizações que muitas não perceberam o seu real valor. Esquecemos que somos clientes de todos os lados do balcão. Sou cliente como empresário e cliente como colaborador. No fim de tudo isso somos pessoas vendendo e comprando.

“As pessoas são as grandes responsáveis por tudo que acontece no mundo dos negócios.” As empresas que estão em constante crescimento e expansão tem pessoas por trás, mas também são as pessoas que estão por trás das empresas que fracassam”. Então qual seria a diferença dessas pessoas? As pessoas envolvidas, comprometidas, orgulhosas e fiéis defensores da marca que representam ajudam na construção de um modelo vitorioso de negócio e crescem junto com a organização. As pessoas que escolheram “passar uma chuva” normalmente passarão apenas uma chuva, pois a empresa não terá sobre vida para levá-lo ao próximo verão.

O ser humano, as pessoas sempre serão o centro das atenções, mas é preciso saber entendê-las, interpretá-las e tirar delas o que elas têm de melhor sem esquecer, que você só pode pedir as pessoas o que elas têm para dar. Quem tem mel, dá mel, quem tem fel, dá fel e quem nada tem, nada poderá dar.

Por: Weber Negreiros