Bom dia,
Hoje é sexta-feira (13.05). Os bons economistas dizem que o governo precisa fazer intervenção na economia sempre que as leis de mercado não são suficientes para assegurar o fornecimento de bens e serviços a preços adequados à população. No caso dos combustíveis já faz algum tempo que os constantes reajustes nos preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha vem impondo à população brasileira a alimentação de uma espiral inflacionária que destrói empregos, gera pobreza e goleia quase de morte as esperanças de que o Brasil venha sair dessa crise social e econômica que já dura mais de uma década. E todos sabem que uma das razões desse aumento sem parar dos combustíveis é o monopólio da Petrobras, tanto na produção quanto no refino do petróleo. A petroleira reina absoluta no mercado de combustíveis do país.
Qualquer economista sabe que diante de monopólios é necessária a intervenção do governo para evitar que as empresas monopolistas obtenham lucros astronômicos à custa do sacrifício da população e dos pais. No caso da Petrobras, enquanto a economia brasileira enfrenta uma baita recessão – a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para 2022 é de 0,4%-, o lucro da petroleira foi de R$ 44 bilhões somente no primeiro trimestre deste ano. Existe, evidentemente, algo de errado nisso, sendo inaceitável que em nome da rentabilidade de uma única empresa seja sacrificado todo um país e seus mais de 215 milhões habitantes. E só quem pode corrigir essa evidente anomalia é o governo.
Até a agora o presidente da República Jair Bolsonaro (PL) tem resmungado bastante contra a Petrobras. Já trocou duas vezes o presidente da petroleira e agora decidiu cortar a cabeça do ministro das Minas e Energia, na tentativa de fazer a população acreditar que ele tem feito o possível para segurar o preço dos combustíveis. O presidente chega a ser patético quando tenta se equiparar ao brasileiro comum dizendo que não manda na9prb0 Petrobras. Ora, se ele que é o chefe do Estado brasileiro diz que nada pode fazer para segurar o preço dos combustíveis, que dirá o pobre mortal dos mais simples cidadão brasileiro? É de se perguntar: se um presidente da República não é capaz de proteger a população contra a ganância de uns poucos, para que serve o governo?
Todos sabem que as constantes altas no preço dos combustíveis no mercado interno do Brasil é decorrente da política de preços adotada pela Petrobrás que calcula seus custos pela cotação internacional do barril de petróleo, que é valorado em dólares estadunidense. Assim, todas as vezes que aumenta o preço do barril do petróleo no mercado internacional a petroleira reajusta seus preços de venda dos combustíveis no mercado interno. O mesmo esquema é repetido todas as vezes que o real se desvaloriza em relação à moeda norte-americana. A frequência e o tamanho desses reajustes seriam menores caso a política de preço da Petrobras levasse em conta apenas seus custos de extração – o Brasil é autossuficiente na produção de petróleo-, estabelecendo uma margem adequada de lucratividade.
Quem estabelece a política de preços da Petrobrás são seus diretores, cuja maioria é indicada pelo presidente da República. Assim, caso o presidente Jair Bolsonaro desejasse, de fato, mudar a política de preços da empresa bastaria indicar dirigentes dispostos a fazer essa mudança. Simples assim. Não existem milagres, o que falta é decisão, e ela está ao alcance do presidente. Se ele não faz, prefere resmungar e fritar seus auxiliares, é porque existem outras razões que até agora não vieram a público.
DISIDENTE
Integrante da Comissão Externa do Congresso Nacional que veio a Roraima para acompanhar o problema da garimpagem irregular em áreas indígenas, e mais especificamente, o episódio de um possível estupro de uma criança Yanomami de apenas 12 praticado por um garimpeiro, o senador roraimense Telmário Mota (PROS) mostra-se dissidente em relação ao grupo, majoritariamente de esquerda. A Rádio Folha o senador roraimense disse que na audiência pública realizada na sede do Ministério Público Federal só esteve presente uma organização de indígenas: O Conselho Indígena de Roraima (CIR), ligado ao Conselho Indígena Missionário (CIMI), órgão criado pela esquerda da igreja católica. Telmário disse que vai lutar contra qualquer tentativa de distorção da realidade local.