Falando de Negócios

Os riscos da contratacao do incompetente na organizacao 13874

Os riscos da contratação do incompetente na organização

Se você é daqueles que acha que um profissional custa caro é porque não faz a menor ideia de quanto custa um incompetente

A legenda de hoje se aplica a todas as áreas e coloca na baia da discussão as formas que adotamos quando entrevistamos alguém para compor nossa equipe. Não tenho a menor dúvida de que todos de alguma forma, buscam um lugar ao sol, mas existem formas e formas.

Vivemos em mercados cada vez mais competitivos, ágeis, fissurados por resultados, geradores de grandes riquezas, grandes laboratórios em teste constante. O problema é que a grande matéria prima desse mercado se chama PESSOAS, isso mesmo, EU, VOCÊ, ELE o OUTRO, somos os grandes ativos dessa revolução. Por esse motivo temos que redobrar os cuidados com as pessoas que queremos que cuidem desse grande ativo. Equipes de excelência sempre serão o sonho das organizações, tê-las é um desafio um tanto quanto difícil, mas a missão dessas empresas é buscar profissionais o mais próximo possível da excelência.

Durante esse processo de garimpagem por profissionais excelentes temos empresas que adotam tabelas de preço ou salário de acordo com o que elas acham que o profissional vale e não consideram a importância daquele profissional como um todo, suas experiências e diferenciais. Nessa forma de captação corremos o risco de confundir “salário justo” com desvalorização profissional e que se deve muito bem explicado, esclarecendo até mesmo os pontos que demonstram o plano de evolução profissional dentro da organização.

O bom profissional, com suas formações. capacitações, que não para um minuto de buscar conhecimento com o objetivo de sempre oferecer o melhor, APENAS ELE saberá o valor do seu trabalho. Cabe ao profissional de recursos humanos e/ou gestão de pessoas entender o VALOR AGREGADO que está por trás daquele talento.

A princípio a fórmula do processo de seleção e contratação parece resolver sem dificuldade alguma essa equação, porém isso não é tão simples. Cabe a organização a negociação.

Tem pessoas que por falta de experiência, nunca tiveram a oportunidade de estarem imersas em reuniões para acompanhar relatórios que apresentem, por exemplo: “prejuízos com o lançamento de uma campanha publicitária que não atingiu os objetivos”. A leitura inicial simplória seria: “vamos levantar a poeira, dar a volta por cima e continuar”. Bela frase motivacional quando não se dá a devida importância ao erro estratégico e ao tamanho do prejuízo causado. Uma segunda corrente viria com a seguinte frase: “Isso foi uma tentativa de conceito frustrada, na próxima acertamos”. Para os defensores da simplicidade em tudo, temos que buscar o amadurecimento desses profissionais. As empresas na sua relação com o mercado, tem sim, um caráter de testes que buscam percepções preliminares que ajudam na construção da mensagem que deverá chegar ao público, mas jamais poderá tratar o ponto de venda como laboratório. Somente deverá chegar à ponta e/ou pontos de venda os produtos e serviços testados e pretextados. O cliente no meio de um shopping center, por exemplo, não pode ser visto como cobaia.

Mas no meio de tantos ensaios descobrimos um SER que se encaixa perfeitamente ao nosso texto. Costumo chamá-lo de CAVALEIRO DO APOCALIPSE. Esse ser num processo seletivo é facilmente identificável. Ele é aquele que diz que trabalha de segunda a sexta, sábado, domingo e feriado e para completar ainda evidência características divinas da empresa e de quem o está contratado para garantir um belo lugar no lado esquerdo do SACO ESCROTAL de quem o está entrevistando. Esse “profissional” é um forte candidato a vaga de INCOMPETENTE, pois o incompetente para os ignorantes é um SONHO e para os capacitados um PESADELO.

Precisamos identificar os profissionais e perfis que queremos que façam parte das nossas empresas. O dinheiro não aceita desaforo, as organizações – mesmo com todos os trabalhos de responsabilidade social – não são instituições filantrópicas e trabalham sim, pela inserção de todos, mas sempre buscando a competência e a excelência nas relações.        

Nossos jovens devem se valorizarem mais e, sobretudo, valorizar o seu trabalho, tempo de estudo e dedicação. O preço de um bom profissional é extremamente menor, tanto em custo ao longo do tempo, quanto a dor de cabeça – se comparado ao preço-prejuízo de um incompetente daqueles que não sabe o que faz e está apenas interessado no que vai ganhar, ao invés dos resultados obtidos ao longo dos anos que estiver na empresa.

Henry Ford fez uma citação bem pertinente ao tema: “Se o dinheiro for a sua esperança de independência, você jamais a terá. A única segurança verdadeira consiste numa reserva de sabedoria, de experiência e de competência”. Uma citação perfeita que somente é percebida quando a maturidade chega. O diferencial profissional está no acúmulo de conhecimento e a correta utilização disso em prol das pessoas. Qual acha que saí de um bando de universidade pronto para o mundo, pode ter certeza irá quebrar a cara. Os bancos das universidades nos enchem de informações que devem ser testadas aqui fora adaptada ao mundo real e somente daí para frente você poderá colher os frutos de todo o seu esforço.

Quando falamos da diferença de preço e valor sempre vem à tona a temática da COMPETÊNCIA. Vocês podem ter certeza de as pessoas estão muito mais interessadas hoje no que você sabe fazer com o que sabe (VALOR) do que com a quantidade de cursos, diplomas, medalhas e honrarias (PREÇO), porque de nada adiantará nenhum desses atributos se você não sabe respeitar as pessoas.

Caso você ou sua organização queiram alcançar bons resultados, crescimento, valorização da marca, tenha paciência em primeiro lugar (não será da noite para o dia). Além disso deve saber que que nenhum resultado se alcança sem os investimentos necessários, sejam eles de capital ou pessoas.

Mas o mais importante de tudo isso é que se aliarmos a competência com a dedicação, tempo, esforço e profissionalismo, o dinheiro não seja desperdiçado e os gastos com profissionais que não trazem retorno serão mínimos e o exército de competentes e nossas organizações só crescerá.

Por: Weber Negreiros