Bom dia,

Hoje é quarta-feira (18.05). Foi só aumentar a intensidade das chuvas para mostrar a precariedade da rede de distribuição da energia elétrica no estado. Sob a alegação de que o número de pedidos por parte dos usuários excedeu sua capacidade de atendimento, a Roraima Energia está deixando localidades e consumidores individuais, sem luz por vários dias, causando prejuízos incalculáveis. Faz sentido isso? Claro que não. A concessionária tem obrigação contratual de atender a tempo adequado seus consumidores que pagam pesada conta de energia ao final de cada mês; e se não pagarem têm sua ligação cortada impiedosamente, com demora e cobrança de multa e de serviço para a religação. Alegar que não cumpre suas obrigações contratuais por falta de equipes é a confissão de que não tem condições de ser concessionária de um serviço público.

Se a empresa não tem equipes suficientes para prestar o serviço que lhe foi concedido, em condições de monopólio, por conta de um aumento expressivo de chamadas de atendimento, por que não criou um cadastro de profissionais autônomos para serem acionados sempre que a demanda de pedido excedesse sua capacidade normal de atendimento? Ou não realizasse a contratação emergencial de profissionais para constituir mais equipes de atendimento? Uma empresa que tivesse um mínimo de respeito para com seus clientes, afinal, não operasse em regime de monopólio teria medo de perdê-lo para os concorrentes. Mas, monopólio é assim; goste ou não, o cliente não tem opção de escolha.

Dado que monopólio é uma imperfeição de mercado, os governos concedem a possibilidade de prestação de serviços por parte de uma empresa privada sob a fiscalização de uma agência pública, criada para controlar a qualidade e o preço do serviço prestado à população. Essas agências – no caso da energia elétrica é a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL)-, devem precipuamente defender os interesses dos consumidores contra o poder de mercado dos monopólios. Infelizmente, no Brasil essas agências foram desvirtuadas e agem principalmente como o cartel de defesa dos interesses corporativos das empresas monopolistas ou oligopolistas, e seus imensos poderes sobre o mercado. Que fazer?

COORDENAÇÃO

O governador Antônio Denárium (PP) chamou para uma reunião, na noite da segunda-feira passada, deputados estaduais de sua base de apoio. A pauta da reunião foi a constituição do grupo que vai coordenar a campanha de reeleição do chefe do poder executivo, que terá como coordenador-geral o empresário Disney Mesquita, que foi chefe de gabinete no início do atual governo. Da equipe também fazem parte a ex-secretária de Educação e Desporto, Leila Perussolo; e o ex-secretário de Infraestrutura, Edilson Damião, indicado pelo PRB para ser vice de Denárium.

LANÇAMENTO

Se nada tiver mudado, está previsto para amanhã, quinta-feira (19), o lançamento das candidaturas ao Senado Federal, a deputados federais e a deputados estaduais do Podemos. Deverão estar presentes ao evento figuras nacionais do partido, entre as quais a presidente nacional a deputada federal Renata Abreu (SP), o senador Álvaro Dias (PR) e o ex-procurador da República Jair Dallagnol. O candidato ao Senado Federal do Podemos é o auditor fiscal de tributos estaduais Ozeas Colares. Para a Câmara Federal, o principal nome é o do ex-deputado federal Luciano Castro. Até agora, não está definida a posição do partido quanto à eleição para o governo do estado.

PRESSÃO

Fontes da Parabólica garantem que são fortes as pressões sobre o governador Antônio Denárium (PP) para que ele chame seus correligionários, inclusive, os integrantes de primeiro e segundo escalão do governo, para dizer que o grupo só tem um candidato ao Senado Federal, que é o deputado federal Hiram Gonçalves (PP). Não será fácil, pelo menos três deputados estaduais da base de apoio governista já declararam apoio à reeleição do senador Telmário Mota (PROS). Outros ainda estão na expectativa de uma conversa definitiva com o deputado federal Hiram Gonçalves.

SIMPATIA

É tão nítida a simpatia de parte da grande imprensa brasileira pela candidatura do ex-presidente da República Lula da Silva (PT) que sua namorada, com quem se casará nos próximos dias, uma socióloga de nome Rosângela da Silva, é tratada pelo apelido íntimo de “Janja”. E essa mesma imprensa que tratava Lula como ladrão durante as descobertas da roubalheira pela Operação Lava Jato, agora transforma o namoro/casamento do ex-presidente em marketing eleitoral. O que mudou?

EXPECTATIVA

E no cenário eleitoral nacional a expectativa fica por conta das confusões, especialmente no ninho dos tucanos, quanto ao lançamento da possível candidatura presidencial da coligação PSDB/MBD/Cidadania. Tudo indica que se houver mesmo essa candidatura, ela já sairá muito fragilidade. Além do possível esfarelamento do PSDB, muita gente do próprio MDB não quer a candidatura da senadora Simone Tebet, hoje o nome mais forte para ser a cabeça-de-chapa. Os caciques emedebistas preferem ficar livres para apoiar Lula ou Bolsonaro dependendo das conveniências estaduais.