Bom dia,

Hoje é sexta-feira (20.05). As eleições no Brasil estão chamando a atenção de países europeus e dos Estados Unidos da América (EUA). Na verdade, eles não estão interessados em influenciar o resultado do pleito para a presidência da República brasileira preocupados com o destino do país em relação ao problema do desemprego, do pouco crescimento da economia, da desindustrialização e da crise institucional que fragiliza a governança do país. O que europeus e norte-americanos querem mesmo é influenciar as eleições no Brasil para que o novo presidente, ou mesmo o atual se ele for reeleito, adote uma política sobre a Amazônia que atenda seus interesses que vão na direção de impedir que seus recursos sejam explorados em benefício da população tupiniquim, mesmo que dentro de práticas sustentáveis e racionais.

É claro, o pano de fundo que justifica o interesse de europeus e norte-americanos em manter a Amazônia inexplorada é o desmatamento da floresta – prática que eles adotaram até a exaustão com as suas-, sob o manto ameaçador do aquecimento da temperatura planetária como se fossemos nós, e não eles e a China, os maiores responsáveis pela emissão de gases tóxicos na atmosfera. Esses países que nunca cumpriram o acordo patrocinado por eles mesmos nos acordos internacionais promovidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) para a formação de um fundo de cem bilhões dólares para ajudar os países pobres na mitigação dos efeitos de emissão desses gases na atmosfera querem impor regras sobre a utilização da Amazônia.

Não sejamos bobos, os objetivos de europeus e norte-americanos são seus próprios umbigos. Do ponto de vista da biota – conjunto sistêmico de todos os recursos naturais do Planeta-, eles não querem as populações do mundo periférico com o mesmo nível de conforto material que as suas, afinal, o estoque de recursos naturais não suportaria esse sobre-esforço de exploração. Só para dar um exemplo: a exploração dos recursos hídricos da Amazônia permitiria ao Brasil ampliar suas vantagens competitivas em matéria de energia limpa, renovável e barata, com reflexos diretos na exportação do país. O mesmo raciocínio é válido quanto à exploração racional e organizada de recursos minerais amazônicos, inclusive para colocar o Brasil como o principal protagonista em matéria da segurança alimentar planetária.

E os interesses desses países, quase todos imperialistas, têm fortes defensores aqui mesmo no Brasil. A recente decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, que ocupa provisoriamente a presidência do Superior Tribunal Eleitoral (TSE), de convidar 100 observadores europeus para acompanhar a próxima eleição brasileira é um exemplo desse tipo de observação. A presença dessa gente por aqui não passa de um jogo de cena, mas legitima e amplia a tentativa de europeus de meter o bedelho na política de aproveitamento dos nossos recursos naturais. Não bastasse o fato de que a nova embaixadora norte-americana no Brasil, que sequer foi ainda aprovada pelo Congresso Ianque, deitar falação contra o atual governo e o povo brasileiro. É o fim da picada.

ASFALTAMENTO

É hoje a assinatura do contrato entre o governo da República Cooperativa da Guiana e a empresa brasileira Queiroz Galvão para a pavimentação de 120 km de extensão da estrada que liga Linden e Mabura Hill, em território guianense. A obra é importante para que Boa Vista e Georgetown possam num futuro próximo ficar interligada por uma estrada asfaltada. E reflete o real interesse do governo da República Cooperativa da Guiana em aumentar suas relações internacionais com o Brasil A notícia chegou a Parabólica trazida pelo ex-secretário estadual de Agricultura, Aluízio Nascimento.

NO BRASIL

Pois é, a prova mais eloquente de que os norte-americanos estão interessados nas eleições brasileiras é a presença de bilionário Elon Musk, dono da Tesla, aqui no Brasil, hoje, para uma conversa com o presidente da República, Jair Bolsonaro, sobre a Amazônia. Sul-africano, radicado faz tempo nos Estados Unidos, Musk vem discutir com o governo brasileiro a possibilidade de investir em satélites que permitam ligar definitivamente a região amazônica através da internet. Será uma revolução, que poderá beneficiar Roraima. Uma boa notícia.

SOLTO

Pois é, a “descondenação” de Lula da Silva (PT) pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) vem beneficiando outros personagens menores da corrupção no Brasil. Marcos Valério, o publicitário mineiro que operou, e pagou o esquema do “Mensalão”, montado por Lula para comprar votos no Congresso Nacional, já está na rua. Ele havia sido condenado pela justiça a 37 anos e cinco meses de prisão. É o Brasil. Que fazer?