O escritor Cristino Wapichana será um dos representantes da literatura indígena no 1º Encontro Mundial da Invenção da Literatura, que começará no dia 11 e vai até o dia 15 de novembro, em São Paulo. A abertura será no Museu da Língua Portuguesa, com autoridades, escritores e convidados. O Emil será realizado em cerca de 35 locais da cidade de São Paulo, entre 25 livrarias e 10 equipamentos públicos, como centros culturais, bibliotecas públicas e teatros.
O objetivo do Emil é estimular o hábito de leitura em todas as idades, promover a cidadania e fortalecer a criação de um Estado leitor. Com uma programação totalmente gratuita ao público, o encontro contará com mesas de criação e leitura, saraus e sessões de contação de histórias, que permitirão diferentes formas de abordagem, abrangendo todos os perfis de público.
Cristino Wapichana deu vida a personagens que vivem na fauna e flora amazônica. Com três livros lançados, “Sapatos trocados”, “O fogo e a onça” e “A onça Lili”, o autor apresenta ao jovem leitor temas sobre a diversidade da cultura indígena.
Para o autor, há grupos de autores envolvidos em levar para todas as sociedades a rica cultura indígena. E, apesar de as histórias serem centenárias, há agora um interesse maior nesse gênero da literatura.
“Todas as histórias levam a gente para um lugar mágico, elas nos fazem sonhar. Mas quando se trata de animais misteriosos da natureza, lendas, mitos das florestas contados e recontados por velhos sábios e ensinamentos sobre o universo que somente os povos indígenas, dentro de suas aldeias, sabem passar, parece que é tudo mais interessante”, relata.
Cristino nasceu em Boa Vista, é compositor premiado, escritor, pesquisador e profere palestras sobre temas indígenas. Atualmente, mora no Rio de Janeiro, em 2006, foi premiado no Femucic (Festival de Música da Cidade Canção. Já atuou como professor da Escola de Música de Roraima, coordenou o projeto Canto Indígena de revitalização e resgate cultural wapichana, além do grupo musical Makunaima.