Opinião

Opiniao 14158

Tempos que não voltam mais

Marlene de Andrade

“…nos últimos dias sobrevirão tempos terríveis. Os homens serão egoístas, avarentos, presunçosos, arrogantes, blasfemos, desobedientes aos pais, ingratos, ímpios, sem amor pela família, irreconciliáveis, caluniadores, sem domínio próprio, cruéis, inimigos do bem, traidores, precipitados, soberbos, mais amantes dos prazeres do que amigos de Deus…” (2ª Timóteo 3:1-5

Cadê o “bença pai, bença mãe”? Hoje tem é malcriação e doutrinação de esquerda dentro de muitas escolas. Por seu turno grande parte dos filhos não respeitam pais, avós e adultos. Em tempos passados, às vezes, a meninada brigava com os colegas, mas logo se entendiam. Bullying? Não existia. E agora?  Ter obrigações em casa? Com raríssimas exceções ainda existe sim. Já na escola, em geral, os alunos não respeitam os professores. Infelizmente, a baderna se generalizou. Nos tempos, mais antigos, as crianças e adultos usavam a lata do lixo, hoje vai tudo pro chão. As cidades vivem sujas porque até adultos colaboram bastante com a sujeira generalizada. 

A evolução da ciência e da tecnologia trouxe grandes avanços para a humanidade. Lembro-me que para vir de Portugal para o Brasil a viagem levava três meses de navio e vice e versa. Que isso? Diriam alguns, mas isso é verdade. No entanto, hoje o avião conduz pessoas e mercadorias em tempo inimaginável.  

Na década de 40, 50 e até mesmo 60 uma mensagem levava dias e mais dias pra chegar a alguns lugares, mas hoje uma mensagem chega num piscar de olhos a qualquer lugar do mundo, contudo as famílias, em sua grande maioria, se encontram em derrocada, pois a telinha do celular impede os cônjuges de conversarem e os filhos de estudarem e conversarem com os pais. Evidentemente, que ainda existem famílias tradicionais e conservadoras, porém essa realidade está se tornando quase que um milagre, visto que os divórcios vêm aumentando assustadoramente. 

Muitas pessoas morriam porque a medicina não possuía a tecnologia avançada e nem tampouco os medicamentos para curar doenças, as quais eram até consideradas incuráveis. No entanto, hoje em dia, aumentou o número de depressão e suicídios e aí, dizer o que disso?  

Apesar do referido avanço da ciência e da tecnologia os casais começaram a se separar de forma impressionante, tendo como uma das causas a traição conjugal e nesta realidade os filhos, em sua grande maioria, começaram a ter uma educação muito informal. Alguns deles não ajudam os pais, não estudam, todavia a telinha não sai das mãos dos filhos e, muitas vezes, também das mãos dos pais. Será que estamos chegando ao final dos tempos? 

   

  Médica formada pela UFF 

Especialista em Medicina do Trabalho/ANANT 

Perita em Tráfego/ ABRAMET 

Perita em Perícias Médicas/Fundação UNIMED 

Especialização em Educação em Saúde Pública/UNAERP 

Técnica de Segurança do Trabalho/SENAI-IEL 

CRM-RR 339 RQE 341 

 

O trabalho da Igreja Universal no combate à fome em Roraima

* Manoel Neves

Nos últimos dois anos, o mundo tem experimentado todo tipo de sensação, desde o medo à empatia. O período da pandemia da Covid-19, embora não tenha passado totalmente, de certa forma, serviu como uma grande lição para o ser humano. É preciso repensar muitas atitudes. Neste sentido, a Igreja Universal do Reino de Deus, tem mostrado seu diferencial, propagando o respeito, a maturidade e a humanidade, ensinamentos passados a quem frequenta nossa congregação. Um dos nossos pilares é justamente o trabalho social que nós desenvolvemos da UniSocial, não apenas no Brasil, mas no mundo inteiro, sobretudo nos países mais carentes. Este mês, por exemplo, realizamos um grande evento chamado “Driblando a Fome”, com o objetivo maior de arrecadar alimentação e distribuir para famílias carentes de todas as religiões. Sim, para todas as religiões. Devido à pandemia, vimos muitos chefes de família que ficaram desempregados, muitas pessoas passando necessidades. A renda do pai e da mãe de família diminuiu, enquanto que o preço dos produtos essenciais subiu muito. Os custos para a aquisição da cesta básica, do combustível e de serviços como água e energia elétrica tornaram a manutenção do orçamento familiar muito mais difícil. Quando vamos ao supermercado não temos mais condições de comprar aquilo que gostaríamos, mas é preciso escolher entre os preços mais baratos, mais em conta. Essa é a realidade do brasileiro. Foi pensando nisso que os dirigentes da Igreja Universo do Reino de Deus passaram a desenvolver esse trabalho com foco na necessidade dessas famílias. Trabalhamos arrecadando muitas cestas básicas e distribuímos para mais de duas mil famílias. Foram cerca de 40 toneladas de alimentos entregues a Associações, Centro Espíritas, e terreiros de Umbanda e Candomblé, sem distinção, além de instituições que trabalham com a recuperação de pessoas viciadas em substâncias entorpecentes. Para isso, reunimos todo um conjunto com os membros da igreja, obreiros, pastores, bispos e cada um fez a sua contribuição da forma que pode. Os empresários da nossa cidade também contribuem muito e, graças a Deus, conseguimos atender muitas famílias, muitas pessoas, muitas entidades, centros religiosos. Onde há pessoas que não têm o básico para comer procuramos atuar, e vamos continuar seguindo esse caminho do bem comum. Esse é o trabalho do cristão, sem olhar a religião, sem olhar cor, sem fazer acepção de pessoas. Esse é o trabalho da Igreja Universal no Brasil e no mundo, e somos gratos a Deus pela oportunidade de sempre que possível seguir ajudando as pessoas. *Pastor da Igreja Universal do Reino de Deus * Vereador por Boa Vista – Roraima

O empreendedorismo exemplar

Afonso Rodrigues de Oliveira

“Tudo que ganhei aqui investi em Roraima, que é um dos melhores Estados para se viver e trabalhar. Acredito que ele tem um futuro ainda glorioso que ainda está nascendo, e ainda vai ser uma grande fronteira agrícola. Estou a quase 25 anos em Roraima que hoje considero minha terra e que aprendi a amar, desde quando cheguei”.

(Vitor Perin)

Os quase vinte e cinco anos citados pelo Perin já se foram. Estão longe, e na caminhada, o Perin demonstrou o quanto realmente ama Roraima. Mas o mais importante que sinto no que vejo, é o exemplo notável que o Perin nos deu de como conseguimos, quando realmente sabemos o que queremos: o exemplo de empreendedorismo que todos devemos seguir, para o engrandecimento de Roraima. Temos um número admirável e exemplar, de grandes empreendedores em nosso Estado. Mas tenho o Perin como o exemplo mais notável, pelo que conheço do seu trabalho.

Faz mais de três décadas que escrevi uma matéria, falando sobre meu primeiro encontro com o Perin. Foi um dos maiores, talvez o maior exemplo que vivi sobre empreendedorismo, sobretudo no desempenho das Relações Humanas. Embora eu já estivesse envolvido na profissão há algumas décadas, não pude evitar o sentimento de admiração, no comportamento do Perin, para comigo, naquele dia. Décadas depois, escrevi uma matéria sobre o assunto, falando do comportamento do Perin. Ele encantou-se com a matéria e a guardou por muito tempo, como lembrança de uma amizade que nasceu, perdura e perdurará, do lado esquerdo do meu pequeno coração.

Estive alguns anos fora de Roraima, mas nunca me afastei do Estado, ligado pelas amizades notáveis que tenho por aqui. E caminhando pelas ruas da cidade, contemplei o progresso que estamos vivendo, e pude fazer uma análise sobre o crescimento do Estado. E como analisava nas pisadas pelo asfalto, não pude deixar de lado os realmente responsáveis pelo crescimento do nosso Estado. E, evidentemente, não pude deixar de pensar no exemplo notável, do notável Vitor Perin. Para quem eu mando um abraço bem “quebra-costela”.

Mas o número de grandes empreendedores em Roraima vai muito além de simples comentário. Portanto, um grande abraço a todos, e sobretudo os que estão na minha lista de merecedores de respeito pelo seu trabalho. Amo Boa Vista e todo o Estado de Roraima. Sinto-me feliz em poder me expressar com gratidão meu amor pelo progresso a que assisto, vindo de pensamentos ricos e dignos da riqueza racional que têm. Vamos fazer o melhor que pudermos fazer para que o crescimento não se interrompa. E acredito que iremos muito além, nessa caminhada. Pense nisso.

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