Opinião

Opiniao 14193

Ladrãozinho de celular

Marlene de Andrade

“O que furtava não furte mais; antes trabalhe, fazendo algo de útil com as mãos…” (Efésios 4:28 a)

Lula disse: “Eu não posso aceitar que um jovem seja morto pela polícia, só porque roubou um celular”, mas se ele estiver armado apontando uma arma, a vítima pode se defender, ou não?  Eu e uma secretária fomos assaltadas à mão armada e o jovem levou nossos celulares, nos mandou calar as nossas bocas apontando sua arma em nossa direção e aí, isso pode? De quebra ele ainda levou dinheiro meu e dela, nesse caso por ser jovem podia cometer esse crime? E o assassinato que ocorreu numa festa do PT em troca de tiros na madrugada do dia 10 de julho de 2022, aí pode também, é isso?  

E quanto ao dinheiro dos cofres públicos que o Lula desviou para fazer obras astronômicas em alguns países da África? E colocar um metrô em Caracas com o dinheiro suado do povo brasileiro, aí ele também não pode ser preso? E quanto a Dilma, a qual fez um porto marítimo em Cuba, nesse caso pôde porque estava ajudando seus pares comunistas, é isso? E o interessante, é que no Brasil não tem um porto moderno e bem equipado como esse naquela terra comunista. 

Evidentemente, que nada disso pode ser feito, mas fica explícito que Lula tinha que montar uma estratégia, pois caso ocorra, uma guerra civil aqui no Brasil, e o povo invada o TSE, STF, Senado e a Câmara Federal, os amigões se sentiriam na obrigação de vir ajudá-lo e para que isso ocorra ele tem que fazer as tramoias dele com bastante antecedência.   

Quando Lula perdeu um dos dedos ele foi aposentado e como político ganhava bem, será que ele precisava roubar para sobreviver que nem os “ladrõezinhos de celular”? Ou ele não roubou nada e todos os juízes que o condenaram erraram? Será que para esse ex-presidente não se faz necessário uns bons anos de cadeia?  

Evidentemente, que a lógica é outra, ou seja, os políticos envolvidos com o narcotráfico precisam de ladrãozinhos para manter esse negócio espúrio que é traficar drogas ilícitas. Quanto mais ladrãozinhos existirem, mais os tráficos dessas drogas malditas prosperarão. Como se vê, é por isso que o Lula protege essa meninada que rouba celular para poder ter uma clientela ativa nesse ramo ilícito e sujo do narcotráfico. Nessa conversa fiada só cai quem quer. E tem mais, Bolsonaro tem razão ao afirmar: “se  Lula for eleito vai criar a ‘profissão’ de ladrão de celular”.  

Médica formada pela UFF 

Especialista em Medicina do Trabalho/ANANT 

Perita em Tráfego/ ABRAMET 

Perita em Perícias Médicas/Fundação UNIMED 

Especialização em Educação em Saúde Pública/UNAERP 

Técnica de Segurança do Trabalho/SENAI-IEL 

CRM-RR 339 RQE 341 

Uma percepção da ética amorosa – 

Walber Aguiar*

O amor é como um baio, galopando em desafio, abre fendas, cobre vales, revolta as águas dos rios, quem quiser seguir seu rastro se perderá no caminho, na pureza de um limão ou na soli
dão de um espinho… Djavan

Era junho. Inverno de insetos e fecundações, de desejos reprimidos e comunhão de afetos, de aventuras conjugais e ilusões necessárias. Ali, entre a sobriedade da dor e a loucura do sentimento, brotou da lama das chuvas, a intensa vontade de partilhar, de criar vínculos, de entender a felicidade do ponto de vista do jugo, da parceria, do homem enquanto ser gregário.

Condenado a ter esperança, surgia agora uma alternativa. Isso porque, confrontado com a ótica divina da conjugalidade, ao homem restava apenas a felicidade a dois, a tentativa de fundir as vontades, o desejo de caminhar e olhar na mesma direção.

Ora, sob a dimensão e a realidade da queda, o que era sólido tornou-se esboroável, o que se afigurava como eterno, relativizou-se diante da dúvida, das angústias e da complexidade conjugal. Nesse tempo de hermeticidade do sentimento, não há mais a inocência em relação ao mal; advindo daí o ciúme, a inveja, a cobiça, as relações por interesse.

Assim, nesse tempo das flores vermelhas da paixão e das flores amarelas do medo, da busca desesperada pelo complemento afetivo, há uma necessidade premente de se ver e se perceber como uma espécie de náufrago do afeto, onde seguir sozinho é uma possibilidade.

A partir daí nos deparamos com  as paixões de Vinicius de Morais e seu essencial existencialismo do “mas que seja infinito enquanto dure”. Por outro lado, Mário Quintana optou pela solidão, pela ruminância das horas silenciosas, à semelhança de Carlos Drummond de Andrade.  Dizia ele que as mulheres são seres complicados.

O que fazer com o casamento,  a união estável, a proposta divina, a família como ideia de Deus? O “pra sempre” foi relativizado na poeira dos dias apressados, da desconfiança, da incompatibilidade de gênios, do cansaço relacional, quase sempre desgastado pela sufocante poeira do cotidiano sem aventura.

Era inverno. Tempo de solidão, de imaginação fertilizada pelo desejo de amar e ser amado; ou de, simplesmente, amar a si mesmo, incondicionalmente, lançando um novo olhar sobre a felicidade desacompanhada.

Estaríamos preparados para essa inquietante filosofia do afeto?

*Advogado, poeta, professor de filosofia, historiador e membro da Academia Roraimense de Letras

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Cuide do espírito dela

Afonso Rodrigues de Oliveira

“O espírito de qualquer nação não é nada mais do que a soma total dos hábitos de pensamento dominantes do seu povo”. (Napoleon Hill)

Somos o espírito da nossa Nação. Afinal de contas somos nós os responsáveis pelo que somos. A educação é fundamental para o progresso. E tudo depende da qualidade da educação que recebemos. Mas ainda não nos educam com direção à racionalidade. E enquanto não formos racionais vamos depender da irracionalidade dos que pensam que nos educam. Não importa quantos séculos ou milênios ainda viveremos como dependentes. Ainda não aprendemos a nos dirigirmos de acordo com nossa evolução racional. Continuamos esperando que os outros nos digam o que devemos fazer, orientando-nos como se estivessem educando-nos.

Vamos repetir o Miguel Couto: “No Brasil só há um problema nacional: a educação do povo”. E vai continuar assim, porque não nos educam com racionalidade. Simples pra dedéu. No momento em que começarmos a educar nossas crianças com respeito ao que elas são, caminharemos para a racionalidade. É quando aprenderemos a pensar. O que ainda não sabemos fazer. Só quando aprendermos a usar racionalmente os nossos pensamentos saberemos construir uma Nação digna de respeito. E não pense que estamos desrespeitando a nação, quando dizemos que ela não está sendo digna de respeito. O que estamos dizendo é que ela só viverá em paz, quando for respeitada pelos de fora. Só assim evitaríamos o absurdo das guerras.

Vamos nos preparar para sermos seres realmente racionais. Mas teremos primeiro que preparar nossa educação, para que com ela nos aperfeiçoemos em nosso raciocínio. Chega de blá-blá-blás. Vamos falar menos e fazer mais. Vamos deixar de ser tolos, e sair do círculo de elefante de circo. Deixemos de ser marionetes, títeres de mentes doentias que nos adoecem. Somos seres humanos, e por isso ainda dependemos de orientações, mesmo dos que não têm condições de orientar. Que é o que vem acontecendo conosco desde os primórdios da civilização.

O mundo continua na corda-bamba secular. Ainda não conseguimos pular da corda e viver nossas vidas como elas devem ser vividas. Ainda não sabemos que somos responsáveis pelo nosso futuro. E continuamos iludidos pelo futuro aparentemente avançado que nos mostram. Mas não fazem nada pelo avanço mental do cidadão. Continuam nos iludindo com o crachá de cidadão, quando na verdade ainda somos submissos à ignorância. E nesse bloco está incluída a maioria dos sábios que ainda não sabem que ainda não são livres o suficiente para ser o que serão quando acordarem do pesadelo da irracionalidade. Pense nisso.

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