Bom dia,

Hoje é terça-feira (12.07). Recentes episódios de violência como extensão do processo político/eleitoral em curso no Brasil parecem indicar que na falta de ideias para discutir as possíveis saídas para o país retomar uma rota de crescimento é substituída pela agressão, que pode levar a morte, como no caso daquele episódio no último final de em Foz do Iguaçu. Sem procurar encontrar apenas um culpado, o certo é que há um clima de confronto no Brasil onde as posições caminham para um fanatismo que absolutamente na serve ao povo brasileiro que verdadeiramente quer o melhor para o país. E isso é estimulado pelos grupos, cujas lideranças em disputa, com as honrosas exceções de sempre, não estão dispostas a discutir suas propostas para o país, mas impor suas crenças aos demais.

O triste nesse cenário de radicalização é que a população, em sua maioria, pelo que mostram os números das pesquisas de intenção de votos, embarcou de mala e cuia nessa campanha que é até aqui um deserto de proposta para tirar o país dessa crise profunda que atravessa faz mais de uma década. É preciso levar em conta que desde as eleições de 2018 os brasileiros e as brasileiras enfrentam contendas eleitorais marcadamente ideológicas, com diferenças nítidas entre uma direita mais assumida e uma esquerda que ainda não se assume com clareza, e por isso consegue manter alianças meio esquisitas com fragmentos da direita tupiniquim. E como consequência dessa ideologização o comportamento do eleitorado fica centrado nas lideranças que representam cada espectro.

Outro aspecto preocupante que se pode observar a partir daquele injustificável episódio de violência em Foz do Iguaçu é o envolvimento crescente de integrantes das forças de segurança do país, que são instituições de Estado, no processo político/eleitoral do Brasil. É claro, ninguém quer negar o direito de policiais, militares e civis, de participar da política e de eleições, afinal eles são representantes de corporações que agrupam milhares de cidadãos e cidadãs, mas não podem confundir seu papel de agente público com o de cabos eleitores. Como agentes de Estado, eles devem compromisso de disciplina e hierarquia a qualquer governo eleito pela população. É inadmissível, por exemplo, cenas como aquela em que policiais militares fardados aparecem jogando nos braços um candidato. Deveriam ser punidos com absoluto rigor.

Enfim, o que se deseja é que os responsáveis pelos atos de violência, que até aqui parecem ser isolados, restem punidos com rigor pelo crime cometido, sejam eles de que lado for.  Não há só culpados e só inocentes nessas demonstrações de violência explicita, sejam os autores, as lideranças que estimulam essas condutas; e até mesmo boa parte de população que parece inclinada a votar sem que seus candidatos preferidos digam com clareza como governarão o Brasil, no caso de vitória. Nesse sentido, todos nós temos uma parcela de responsabilidade pelo eventual clima de violência que venha a ser criado no presente processo eleitoral brasileiro, desde que continuamos pensando em votar em candidatos sem propostas.

DE FORA

Mais uma vez, os pré-candidatos a deputado estadual do PSC negam ceder uma das vagas ao pastor Isamar Ramalho, presidente da Assembleia de Deus de Roraima. Isamar diz não entender como seus correligionários de partido rejeitam incluir na nominata de candidatos a Assembleia Legislativa do Estado (ALE) um candidato puxador de votos, que poderá ajudar a eleição de mais representantes, inclusive evangélicos, no legislativo estadual. Como boa parte dos pré-candidatos do PSC é composta de pessoas que professam a mesma fé de Ramalho, ele atribui a resistência a seu nome a forças que vão para além da conveniência política. Isto é, na sua visão, são “cosas do demônio”.

REDUÇÃO

A medida legal aprovada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal que estabeleceu a alíquota máxima de 18% do ICMS incidente sobre os combustíveis atinge também a tarifa de energia elétrica. Em Roraima ela estava fixada em 25%, e com a determinação da lei deve também ser reduzida, com reflexo obrigatório na conta de energia. Só que até agora quase ninguém falou sobre isso, inclusive, a partir de quando os consumidores roraimenses vão sentir o alívio no bolso. Se ninguém pressionar fica tudo como está, afinal, é muita grana envolvida.

PAULO VASCONCELOS

A Parabólica registra com pesar a morte do economista Paulo Roberto de Oliveira Vasconcelos, ocorrida no último sábado em São Paulo, por conta de infarto fulminante. Paulo Vasconcelos, como era conhecido, era amapaense e veio para Roraima há quase 40 anos. Aqui foi chefe do Gabinete Civil do governo de Roraima, diretor do Sebrae e secretário de finanças do município de Mucajaí. Atualmente ele era diretor de planejamento do Ministério Público de Contas. Registramos os votos de solidariedade a Nana, sua esposa de mais de 30 anos; e aos filhos Caio e Camila. Ele deixa também dois netos.

            

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