Opinião

Opiniao 14271

Política nacional deve suprir carência de acesso à saúde e garantir qualificação dos médicos brasileiros

*Dep. Hiran Gonçalves

O Brasil está entre os países com o maior quantitativo de médicos credenciados do mundo. Com 10 profissionais recém-formados a cada 100 mil habitantes, superamos, por exemplo, os Estados Unidos, com 7,8, e o Canadá, 7,7. Este retalho da realidade nos colocaria, em tese, lado a lado de países desenvolvidos, no quesito assistência a saúde. Mas, há um dilema a ser enfrentado: quantidade x qualidade x interiorização. Em todo o território brasileiro existem mais de 350 cursos de Medicina, porém, segundo o Conselho Federal de Medicina, apenas 20% possuem a infraestrutura necessária para a formação dos profissionais.

A situação vem sendo observada com bastante preocupação pela Frente Parlamentar de Medicina, na Câmara dos Deputados. Entre as medidas defendidas pelo grupo, está a suspensão da abertura de escolas de Medicina privadas, enquanto não houver normas claras para autorização concedida pelo Ministério da Educação. Atualmente, mantenedoras de ensino superior travam batalhas judiciais para obter licenciamento para lançamento de novos cursos e vagas para Medicina, mesmo sem cumprir os quesitos necessários para graduação dos novos médicos, como a inexistência de convênios com unidades hospitalares para as práticas durante internato e residência – etapas obrigatórias.

De acordo com a Lei 12.871/2013, para que seja instituído um novo curso de Medicina, o MEC deve abrir edital para chamamento público, para convocar municípios interessados, para a pré-seleção e posterior avaliação das propostas. Na Lei, são consideradas a relevância e a necessidade social para a oferta de curso de Medicina. Os locais são definidos a partir das demandas de cada região, com a finalidade de diminuir, gradativamente, a concentração de médicos nas grandes cidades, levando saúde para populações mais vulneráveis, por meio da internalização e regionalização dos profissionais.

Para garantir que a carência de médicos no interior do Brasil seja suprida, a Frente Parlamentar defende que, além da maior transparência do modelo atual para formação de médicos, seja criada a carreira médica de Estado. As medidas irão contribuir para que novos profissionais graduados e especializados tenham condições de exercer seu trabalho em suas cidades ou estados natais, arrefecendo a migração de médicos para as metrópoles. Este é um dos grandes desafios do país, o qual precisamos sobrepujar, com políticas públicas consolidadas, evitando a excessiva judicialização. Atualmente, cerca de 180 processos pleiteiam liminares para a abertura de novos cursos e vagas de Medicina, por vias alheias à legislação vigente e burlando a fila de análise do MEC.

O Brasil já ultrapassou a marca dos 500 mil profissionais, segundo demografia do CFM. O número é robusto, demonstrando que não há déficit de médicos ou de cursos. Por isso, o país deve dedicar-se à organização das normas que poderão assegurar, no futuro, tanto a excelência na qualificação de nossos médicos, como a acessibilidade do atendimento à saúde em regiões de menor densidade populacional. Para que a evolução ocorra, o momento requer comprometimento e união de esforços da sociedade civil, por meio de entidades representativas, de parlamentares, dos próprios conselhos de Medicina, para que apoiem a adoção de medidas para o enfrentamento da precariedade dos cursos em funcionamento, bem como de critérios rigorosos para novas ofertas de formação profissional, evitando a capitalização de cursos sem a devida qualidade. Portanto, para investir em saúde e educação é preciso, antes, acolher as demandas sociais como prioridade máxima.

*Hiran Gonçalves é deputado federal pelo estado de Roraima, pelo Partido Progressista e é médico com especializações em medicina-legal e oftalmologia.

Dois Brasis

Marlene de Andrade

“Como é feliz a nação que tem o Senhor como Deus…”(Salmos 33:12 a)   

 

Assisti a um vídeo, no qual a pessoa dava sua opinião em relação às eleições vindouras, ou seja, dividir o Brasil em duas partes. Numa metade os nove dedos seria o presidente da republiqueta canhota e na outra metade, o Bolsonaro ficaria com o Brasil de direita. Dessa forma: os idiotas úteis iriam entender o que significa estar debaixo da espada vermelhopata.  

O próprio vice de Lula, Alckmin, afirmou certa vez: “Os brasileiros não são tolos e estão vacinados contra o modelo lulupetista: confundir para dividir, iludir para reinar, mas veja a audácia dessa turma depois de ter quebrado o Brasil diz que quer voltar à cena do crime. Lula será condenado nas urnas pela maior recessão da nossa história. As urnas o condenará pelos 15 milhões de empregos perdidos, pelas milhares de empresas fechadas, pelos sonhos desfeitos, pelos negócios falidos, por ter sucateado a nossa saúde… As urnas o condenará”.  

E aí? Vai entender essa confusão?! Uma hora ele é vice de Lula, mas já afirmou que esse homem faliu o Brasil, todavia agora nas eleições de 2022 Alckmin afirma que Lula é o homem capacitado para governar nosso país. Como entender isso?  E o pior de tudo é que há pessoas que acreditam nesses discursos desencontrados, calculistas e perversos, pois apesar de serem inchados de mentiras e maledicências são adoçadas com mel.  

O que nos resta agora? Tomar muito cuidado em quem vamos votar nas próximas eleições para que o Brasil não se torne um país aos moldes da Venezuela, Cuba e, por exemplo, Argentina. Ficar em casa no dia das eleições é um equívoco sem precedentes. Precisamos avançar cada vez mais para à direita sem retroceder e votar em políticos do bem e que querem fazer do nosso Brasil um país de pessoas sérias e honestas e não escravizadas pela agenda ideológica esquerdista.  

Os políticos têm grande responsabilidade diante de Deus e da nação de por ordem no país e por isso devem fazer justiça e guiar o povo com amor, sabedoria e cuidado, visto que o político que não agir dessa forma vai ser julgado por Deus de acordo com suas ações omissas e pecaminosas. É verdade que temos que orar e respeitar as nossas autoridades governamentais, mas elas nem sempre agem com amor ao próximo e por tal motivo muitos países estão entrando em derrocada e é por isso que temos que votar com muita responsabilidade.  

Médica formada pela UFF 

Especialista em Medicina do Trabalho/ANANT 

Perita em Tráfego/ ABRAMET 

Perita em Perícias Médicas/Fundação UNIMED 

Especialização em Educação em Saúde Pública/UNAERP 

Técnica de Segurança do Trabalho/SENAI-IEL 

CRM-RR 339 RQE 341 

 

Concentre-se em você mesmo

Afonso Rodrigues de Oliveira

“À medida que você ficar mais velho, tente trabalhar mais e mais nas áreas em que você é mais forte. Se você o fizer, estará mais perto de evitar o estresse e encontrar o sucesso”. (John Maxwell)

Não há por que se entregar à velhice. Ela é apenas um acúmulo de idades que fazem arte da vida. Quando somos ativos no decorrer da vida, preparamo-nos para encarar a velhice como o caminhar da vida. Aprimore-se sempre no que você faz durante a vida, para poder viver até os últimos dias. E viver não significa vegetar, mas estar ativo para viver a vida como ela deve ser vivida. Lamentavelmente a maioria das pessoas não se atenta para o valor que tem para viver feliz.

O Alphonse Daudet já nos despertou para isso: “Os homens geralmente envelhecem, mas raramente amadurecem”. Que infelizmente é o que acontece com a maioria dos seres humanos. Vamos levar mais a sério as nossas vidas. Vamos vivê-las intensamente, mas na intensidade da racionalidade. Vamos manter dentro de nós a criança que já fomos, para ser sempre a criança adulta. Vamos prestar mais atenção às criancices dos nossos filhos e netos. Porque eles estão vivendo a época deles, e nós estamos vivendo com eles, e não eles conosco.

Na minha infância, que já está bem distante, aprendemos muito, nas escolas, nos livros da época. Eles traziam historinhas infantis que não vinham para divertir, mas para ensinar. Já devo ter falado, de dois exemplos que me divertiram na escola, e nunca saíram de minha memória. Primeiro foi a historinha daquela garotinha que estava se balançando, em pé, numa rede. De repente o pai da garotinha a advertiu:

– Cuidado, você vai cair!

– Caio não, pai.

O alerta se repetiu por três vezes, até que de repente a garota caiu se esparramando no chão. O pai correu para socorrê-la, mas ela levantou-se, pôs o dedinho em riste para o pai, e falou sorridente:

– Eu estou apostando que o senhor não é capaz de fazer
isso que eu fiz, é!

Infelizmente não tenho mais espaço disponível para o segundo exemplo. Ele se estende mais do que o primeiro. E por isso vou deixá-lo para amanhã. Mas prometo que não vou me esquecer. Ele é bem interessante e educativo. É só ser ativo para prestar atenção à decisão de uma criança divertida. Que é o que devemos ser mesmo quando a velhice já estiver dificultando as coisas. Não desperdice sua vida com a vassoura da velhice. Porque a velhice não é realmente uma velhice, mas o indicativo de que nós vivemos o suficiente para amadurecer. E quando amadurecemos sabemos viver. E quando sabemos viver não nos apoquentamos com o tranco da velhice, que é parte da vida. Pense nisso.

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