Bom dia,

Hoje é segunda feira (01.08). Apesar da hipocrisia legal de proibir a campanha eleitoral até que as candidaturas homologadas nas convenções partidárias sejam registadas na Justiça Eleitoral, já está formado o cenário de disputa para todos os cargos em disputa nas eleições que ocorrem no dia 02de outubro próximo. Podem ocorrer pequenas alterações, mas sem a capacidade de alterar muito o quadro de opções para os eleitores.

No caso de Roraima, e mesmo do Brasil, as principais agremiações partidárias já escolheram seus candidatos aos cargos majoritários – presidente da República, governador e senador-, nas eleições proporcionais, deputados federais e estaduais. É muita gente, no caso do nosso estado, os eleitores e as eleitoras roraimenses, terão mais de 600 opções para escolher. Apesar do período curto da campanha permitida pela Justiça Eleitoral, dá tempo para pesquisar a vida e a proposta dos candidatos e das candidatas na busca da melhor escolha. Vamos lá.         

APOIO 1

Presente à convenção regional da coligação MDB/PL/PSB que homologou as candidaturas de Teresa Surita/Édio Vieira Lopes, ao governo do estado e de Romero Jucá ao Senado Federal, no último sábado; o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, disse que o presidente Jair Bolsonaro (PL) vai apoiar a aquelas candidaturas ao governo estadual. Costa Neto fez referência a conversas que teve com Bolsonaro onde ele manifestou o desejo de ver Romero Jucá de volta ao Senado Federal para contar com seu apoio num eventual segundo mandato.

APOIO 2

Na contramão dessa informação de Costa Neto, o deputado federal Hiram Gonçalves, que é candidato do PP, ao Senado Federal, e apoia a reeleição do governador Antônio Denárium, do mesmo partido; não tem dúvida da posição do presidente Jair Bolsonaro em relação às eleições de Roraima. Em entrevista ao programa Agenda da Semana, da Rádio Folha FM 100.3, ontem (domingo), Hiram Gonçalves disse que Bolsonaro já garantiu publicamente de que lado está na política roraimense. Essa demonstração ficou clara em pelo menos duas oportunidades públicas, nas convenções nacionais do próprio PL e do PP, quando o presidente fez referência à parceria mantida com Denárium durante seus governos.

PARCEIRO

Aliás, por falar em apoio e parceria, o deputado federal Hiram Gonçalves disse que é o único candidato ao Senado Federal para o qual o governador Antônio Denárium vai pedir votos. Ele respondeu a pergunta de um ouvinte da Rádio Folha que queria saber a posição do governador em relação à candidatura à reeleição do senador Telmário Mota (PROS). Demonstrando estar convencido de que esse assunto está encerrado, lembrou das inúmeras vezes em que Denárium manifestou que só ele, Hiram, estará nas reuniões, nos comícios e propaganda institucional do governador. Na entrevista, Hiram Gonçalves, sem citar o nome do ex-senador Romero Jucá (MDB), definiu que ele será seu adversário preferencial.

BARTÔ

Bartolomeu da Silva, o Bartô, que é o candidato da federação PSOL/REDE ao Senado Federal disse que caso seja eleito senador vai lutar para acabar com os municípios de Pacaraima e Uiramutã, que voltariam a ser terras indígenas reintegradas respectivamente às TIs São Marcos e Raposa/Serra do Sol. Bartô, que é indígena e artista plástico, afirmou que no Senado Federal defenderá que a discussão sobre mineração em terras indígenas não é prioritária para o Brasil e para Roraima. Em compensação, o candidato disse que não é contrário à discussão sobre a eventual construção de uma hidroelétrica no rio Cotingo.

DESISTIU

E alguém tinha dúvida disso? Ontem, no Rio de Janeiro, o deputado federal pernambucano Luciano Bivar, que é presidente nacional do União Brasil, anunciou sua desistência de disputar a presidência da República. Vai tentar voltar à Câmara Federal por seu estado. Poucos acreditavam na sua candidatura à presidência, ela serviu para descartar Sérgio Moro – que depois de abandonar o Podemos, que lhe deu a legenda e apoio para ocupar o Palácio do Planalto-, filiou-se ao União Brasil para disputar o mesmo posto. Bivar insinuou que o União Brasil pode apoiar o petista Lula da Silva (PT), seu conterrâneo pernambucanos.

NÃO LEVA

Analistas políticos descartam a força do deputado federal Luciano Bivar para levar o União Brasil para apoiar o petista Lula da Silva. Primeiro por questões ideológicas, Lula é de esquerda e a maioria dos integrantes do União Brasil é de direita. Depois resta muito claro que o objetivo do partido, assim como de muitos partidos de tamanho médio, é conseguir fazer grande bancada na Câmara Federal para garantir mais grana pública, do Fundo Partidário e dos futuros Fundo Eleitoral. Assim, os candidatos do União Brasil vão apoiar candidatos a presidente e a governador que sejam mais convenientes.