Arrependimento e Renuncia

Debhora Gondim

Porque a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens. Ela nos ensina a renunciar à impiedade e às paixões mundanas e a viver de maneira sensata, justa e piedosa nesta era presente, enquanto aguardamos a bendita esperança: a gloriosa manifestação de nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo. (Tito 2: 11-13)

Quando obedecemos à ordem de Deus para cortarmos ou renunciarmos paixões, hábitos ou pessoas em nossas vidas podem vê-los nascer novamente mais forte e restaurado. Receberemos de volta em um momento que Deus nos perceba preparados. Tudo com a certeza de que quem faz crescer, que quem restaura é Ele. Se for realmente vontade Dele, se estiver dentro do propósito Dele para nossas vidas.

Apesar de que existirão momentos em que o que cortamos e renunciamos não voltará mais as nossas vidas, pois traria distanciamento da presença do Pai. Pois tornamos e voltaríamos a tornar aquilo ou aquele um ídolo, que disputaria espaço em nosso coração com a presença do Espírito Santo. Existem coisas que talvez nunca estejamos preparados para ter e/ou receber, devido a nossa humanidade caída e, fazer a escolha de renunciar é necessário.

Diante disso, caberá a nós exercer a fé de que o Senhor de nossas vidas nos ama e tem pensamentos de paz a nosso respeito. Trazendo consigo a Sua vontade perfeita para nossas vidas. Caberá também entender que Ele é um Deus zeloso, que nunca permitiria que outro ocupasse o lugar que pertence somente a Ele. Lugar este, comprado por um alto preço na cruz, por amor. “Nunca adore nenhum outro deus, porque o Senhor, cujo nome é Zeloso, é de fato Deus zeloso.” (Êxodo 34:14)

Mas só entenderemos a necessidade de renunciar o nosso eu quando compreendermos que precisamos de arrependimento diário diante de Deus por quem somos. Que façamos em Cristo quantas introspecções forem necessárias para entendermos melhor quem somos, nossas mazelas e entrar em genuíno arrependimento. Para assim, renunciarmos a tudo e todos que nos afasta de Jesus.  

“Pedro respondeu: “Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos seus pecados, e receberão o dom do Espírito Santo.” (Atos 2:38) “Arrependam-se, pois, e voltem-se para Deus, para que os seus pecados sejam cancelados,” (Atos 3:19)

Arrependimento leva a mudança de mente, de atitude, de direção. Este é o caminho da verdadeira conversão, prova que nasceu de novo. Achar que não tem o que confessar e pedir perdão a Deus te leva para mais longe Dele e para mais perto de Satanás.

A falta de arrependimento é substituída por máscaras, que tem a finalidade de esconder quem de fato somos e acaba por aparentar uma santidade fraudulenta. Tornando-nos hipócritas. Impedindo que a imagem de Cristo seja moldada em nós. “É bom desmarcar os nossos pecados, para que eles não nos desmascarem.” Thomas Watson

Reconhecer que somos pecadores e limitado é o passo para quebra de orgulho, o que leva ao verdadeiro arrependimento. Levando assim, a obter um coração quebrantado e humilde. Arranca as máscaras.

Antes de encerrar o texto refletirmos nestas perguntas: O que eu ainda preciso renunciar para estar mais perto de Jesus? Quais máscaras ainda uso? O que tem impedido de buscar por arrependimento de pecados? Coloquemo-nos diante de Deus em humildade, clamando em arrependimento, por transformação de vida. “Lembre-se de onde caiu! Arrependa-se e pratique as obras que praticava no princípio. Se não se arrepender, virei a você e tirarei o seu candelabro do seu lugar.” (Apocalipse 2:5)

Arrependam-se! Ore a Deus entregando seu coração caído. Ele é o único capaz de restaurar e fazer nova todas as coisas. Renuncie a tudo o que há em você e que vem até você e tem lhe afastado de uma comunhão intima com Deus.  

“Agora, porém”, declara o Senhor, “voltem-se para mim de todo o coração, com jejum, lamento e pranto. Rasguem o coração, e não as vestes. Voltem-se para o Senhor, para o seu Deus, pois ele é misericordioso e compassivo, muito paciente e cheio de amor; arrepende-se, e não envia a desgraça.” (Joel 2: 12 e 13)

Teóloga e Professora

Ainda não sabemos o que somos

Afonso Rodrigues de Oliveira

“Não fomos postos nesse mundo apenas para existir; fomos postos aqui para viver, e viver significa envolvermo-nos com os outros”. (Samuel Dodson)

Na hora em que o ser humano sair da fantasia e começar a viver a racionalidade, entenderemos o porquê do nosso atraso, no viver. Para nosso desenvolvimento racional temos que entender que a vida é o desenvolvimento. Quando não desenvolvemos, não vivemos. Continuaremos como seres que passam pela vida, mas sem vivê-la. Somos todos iguais, mas ainda não valorizamos a igualdade. Se prestarmos mais atenção às diferenças, sobretudo sociais, veremos que ainda estamos muito longe do desenvolvimento espiritual. E nunca sairemos do balaio da fantasia enquanto não nos racionalizarmos. Então vamos nos reconhecer no que somos, para sermos o que somos.

Procure tudo isso dentro de você, nos seus pensamentos. Considere o respeito pelo seu próximo, como um salto para o desenvolvimento racional. Não julgue nem meça as diferenças pelo metro do pensamento vulgar, da superioridade fútil. Quando entendemos isso procuramos ser mais responsáveis pelo que somos. Você pode estar fazendo bem à sociedade não jogando papéis e lixo no chão.

Hoje pela manhã fui ao supermercado. No caminho encontrei um gari varrendo o asfalto. Ele estava fazendo o dever dele, mas não por dever, mas por obrigação. É da limpeza que ele faz no asfalto que ele se mantém, e mantém a família. Mas talvez ele ganhasse o mesmo, em outro trabalho mais significativo, se nós não jogássemos o lixo no chão. Saí pela calça pensando em como muitas pessoas olham para aquele homem varrendo o asfalto. Em que posição social o colocamos, por ele ser um gari? Não estou exagerando, pensando que a maioria das pessoas
prefere nem olhar para o gari, por ele ser apenas um gari.

Vá refletindo sobre isso e analisando o nível social em que você vive. Se isso é realmente importante para manter o afastamento social. “Somos todos iguais nas diferenças”. O importante é que nos eduquemos o suficiente para analisar e respeitar o que consideramos diferenças. Menosprezar o outro por conta da diferença social, é uma irracionalidade. O que leva o outro a cometer o mesmo “pecado”, menosprezando você por considerá-lo superior.

Nunca deixe de cumprimentar uma pessoa por considerá-la inferior a você. Somos todos da mesma origem. Viemos do mesmo Universo, e todos teremos que regressar ao nosso mundo de origem. E só voltaremos, quando nos racionalizarmos. E tudo depende da evolução nos nossos pensamentos. Afinal somo o que pensamos, mas nem sempre somos o que pensamos que somos. Pense nisso.

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