NÃO PRECISAMOS DE MUITO
Sonhar com o melhor é direito de todo ser humano, mas viver reclamando do que ainda falta e nem sabemos se vamos conquistar, limita nossa vontade de viver.
Um dia desses fui apanhado de surpresa com um vídeo que minha mãe me passou via whatsApp. Nele tinham duas crianças brincando dentro de baldes com água e a cada movimento de uma criança as duas caiam em grandes e gostosas gargalhadas. Em cima do vídeo tinha a seguinte frase: “Não precisamos de muito”. Isso me levou a maus uma reflexão e que as vezes nos pegamos no total conflito interno entre o que temos, o que somos e o que podemos.
Segundo William Shakespeare: “O tempo é muito lento para os que esperam, muito rápido para os que tem medo, muito longo para lamentam, muito curto para os que festejam, mas para quem ama o tempo, o tempo é eterno”. Nós passamos a vida toda perdendo tempo, achando que estamos nos preparando para um futuro que não chega nunca e por isso, deixamos de viver a vida como deveríamos. Somos pessoas que idealizam cenários. Pessoas que se diminuem enquanto o momento é de crescer. Pessoas que deixam de viver para esperar algo que não chegara’.
Isso tudo serve para dizer que não podemos esperar o momento ideal para sermos felizes, que não podemos nos dar ao luxo de perder um segundo em nossas vidas. Deus nos brinda toda manhã com o melhor presente: abrir nossos olhos, mas não lembro de ter conversado ao longo da minha vida sobre a felicidade de amanhecer mais um dia. Mas lembro de várias conversas que tiver para reclamar da vida, reclamar do que eu não tenho, do que não consegui, do que os outro tem, do que me falta. Esse mar de lamentações nos impede de ver como a vida é simples e que a complicação está em nós, que o ar que respiramos é de graça, que papai do céu nos entregou a terra munida de tudo, como por exemplo: inteligência, mas deixou para nós descobrirmos a sabedoria.
E a sabedoria? Pois é, esse é o estágio que poucas pessoas param para se debruçar. A sabedoria é a aliada de todos, mas consegui alcançá-la quem consegue equilibrar a vontade de fazer com a experiência de quem já fez. Se você observar uma criança você entenderá melhor o conceito de sabedoria, pois ela não precisa de uma roupa de grife, uma mansão ou mesmo um carrão na garagem para sorrir, ela se contenta com a chegada do pai e da mãe ao fim de um dia de trabalho, com um pequeno doce ou mesmo o simples gesto de carregá-la no colo.
E nós? Nós somos os famoso “Rebeldes sem causa”. Reclamamos quando está quente e quando chove reclamamos também. Reclamamos do prato de comida e esquecemos que um grande número de pessoas não tem nada para colocar na mesa. Reclamamos de nossas roupas, enquanto muitos se vestem com o único modelito que tem: o de ficar nu. Criticamos os aconselhamentos dos nossos pais e choramos a perda deles sem poder contar, dali pra frente, com os tão importantes conselhos. Sonhamos, sonhamos, sonhamos e não fazemos nada para transforar esse monte de sonhos em realidade. Somos sim rebeldes, mas sem causa quase sempre.
Precisamos retomar nossa vontade de viver, temos que deixar de lado a falência moral e de motivação pela qual muitas pessoas estão passando. A motivação, que para alguns, é algo que se resume apenas em livros de autoajuda, deve ser visto como o combustível da vida. Precisamos ter motivos para agir, sem que precisem ser motivos milionários, mas sim a simples vontade de viver a vida.
Temos que nos tornar exceção no mundo, onde a apatia e a antipatia estão virando regra de conduta. É muito mais gostoso sorrir do que chorar, e caso precise chorar, chore de emoções boas, sorria do seu choro e assim você vai ver que para sorrir não precisa pagar.
Chegue em casa e vá direto ao encontro de quem você ama, convide-os para brincar num balde de água, aprenda com os outros, com as crianças que todos os dias nos dão lições maravilhosas sobre a vida e descubra que a vida é muito mais leve do que achamos que é.
Seja você, seja feliz e seja o melhor que puder ser para si e para o mundo.
Por: Weber Negreiros