Hoje é sexta-feira (09.09). O incidente – cujos detalhes ainda não foram devidamente esclarecidos-, envolvendo policiais militares do estado em atividades aparentemente criminosas deve servir para uma reflexão mais ampla. Trata-se de discutir o papel das forças policiais, uma instituição de Estado que deve rigorosamente ser pautada pelo interesse de todos, e que nalgumas vezes, parece ser aparelhada para atender a objetivos políticos/eleitorais de que eventualmente ocupa o poder. O que estamos dizendo é que as polícias civil e militar vêm sendo crescentemente por uma politização que não serve aos interesses da população em benefício à proteção e a busca de atender grupos eventualmente instalados em governos, ou mesmo, de interesses privados, o que decididamente foge à sua necessária característica de instituição estatal, e nesta condição realizar o bem comum.
Deixando bem claro, não se está aqui negando a participação de policiais civis e militares, enquanto cidadãos, na vida política do país. O que queremos dizer é que não é admissível ver a instituição policial aparelhada e transformada em bimbo para a defesa de interesses políticos partidários, econômicos e corporativos. Isso quase sempre descamba para a formação de milícias que são responsáveis diretas pelo surgimento de organizações criminosas, que no caso brasileiro disputam poder – e muitas vezes com vantagem-, com o Estado. Tem sido assim em muitos estados brasileiros, e em Roraima não é diferente ao que parece. É bom lembrar que faz pouco tempo, outro grupo de policiais militares envolveu-se no sequestro e tortura de um jornalista por razões políticas.
É preciso igualmente que os governantes e a própria sociedade discutam as escalas de trabalho dos policiais brasileiros. Todos defendem que eles sejam bem remunerados para sustentar com dignidade suas famílias, mas que tenham dedicação exclusiva ao serviço público. Não é compreensível que as escalas de serviço – isso não acontece apenas com os servidores policiais-, criem um tempo excessivo de folga incentivando-os a buscar outras atividades, às vezes criminosas. Não sem razão, quase sempre as corporações reclamam da falta de gente na tropa, obrigando o poder público a contratar novos integrantes, com impacto significativo nos orçamentos estaduais. É preciso dizer que o dinheiro que é gasto com novos policiais e seus custos inerentes faz falta para socorrer a população com saúde e educação, que no Brasil é um problema crônico.
IMPORTÂNCIA
A monarquia é evidentemente uma instituição importante para os ingleses. A rainha Elizabeth II foi uma monarca que esteve a altura de suas obrigações e representações para manter a instituição monárquica, que serve aos interesses ingleses e ainda dá muito dinheiro para a Inglaterra e seus países satélites da comunidade britânica. Com todo respeito aos sentimentos de seus familiares e compatriotas que a veneravam, dizer que sua morte abalou todo o mundo é um pouco da vassalagem que costuma muitos dos nossos admirar as instituições e valores alheios em detrimento a nós mesmos.
CASSADO
O Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR) teve, ontem, uma sessão plenária com o julgamento de uma pauta extensa. Além de confirmar o registro de várias candidaturas majoritárias – de Teresa Surita (MDB) ao governo estadual e Romero Jucá (MDB) ao Senado Federal, entre elas-, os juízes também decidiram negar o pedido de algumas pretensões, como a do ex-juiz federal Helder Girão (Mobiliza) de ser candidato ao Senado Federal, por conta de irregularidades na situação de seus suplentes. Por outro lado, candidaturas com a de Yonne Pedrosa (a deputada federal) e Chico Mozart (à reeleição de deputado estadual) que muitos acreditavam seriam negadas, foram aprovadas por unanimidade pelos juízes eleitorais.
BANDEIRADAS
O trafego na Avenida Venezuela, que já é normalmente complicado no final de cada dia, está ainda mais engarrafada por conta de presença de centenas de militantes, que portando bandeiras de todos os tamanhos atrapalham a visão dos condutores. É claro, as bandeiradas são estratégias muito utilizadas em campanhas eleitorais, mas é preciso respeitar o interesse dos que após um dia inteiro de trabalho querem chegar em casa para o merecido repouso. Ou mesmo daqueles que trabalham no começo da noite, como professores e alunos de nossas escolas e universidades.
SEGURANÇA
Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Auditores Ficais do Estado de Roraima, Kardec Jackson , o interesse dos auditores da Secretaria Estadual de Fazenda (SEFAZ) na aprovação da Emenda Constitucional Nº 07/2022, que tramita na Assembleia Legislativa do Estado (ALE) não é por motivo de aumento na remuneração da categoria, que afinal já está limitada a 90,25% da remuneração dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O que desejam é o reconhecimento na Constituição estadual de que suas atividades são de alto risco, e que por isso, eles devem ter autorização para portar armas. Segundo Kardec a medida não trará impacto nos gastos públicos estaduais.